Maria Antonieta

6.BIOGRAFIA

6.1- A INFÂNCIA

Maria Antônia Josefa Joana nasceu em 2 de novembro de 1755 em Viena, no palácio Imperial de Hofburg. Penúltima dos dezesseis filhos da Imperatriz Maria Teresa da Áustria e do imperador Romano-Germânico Francisco I teve uma educação rígida que consistia em aprender a tocar harpa com o musico compositor Cristoph Willibuild Glunch, aprender italiano com o professor Pietro Metatasio.Entre outras atividades a que mais se destacava era a dança, elogiada por todos por sua postura graciosa,Maria Antonieta tinha aulas com o coreografo francês Jean-George Novere.

Era extremamente mimada pela governanta Condessa Brandesis que lhe fazia o papel de mãe, já que a Imperatriz era sempre muito ocupada envolvida em assentos do estado.

O Imperador, seu pai, morreu em 18 de agosto de 1765 de derrame durante as comemorações do casamento do Arquiduque Leopoldo. Esse acontecimento levou a Imperatriz Maria Teresa cair em um luto profundo e adotar uma postura rígida em relação a seus filhos, transformando seu filho mais velho em co-regente e formando alianças com outros reinos através do casamento de suas filhas Maria Carolina com Fernando I das Duas Sicilias e Maria Amalia com Fernando I de parma.

FIGURA 01: Maria Antonieta criança e familía

Tinha o desejo de fazer alianças entre Austria e a França, e para isso, pretendia fazer com que Maria Antonieta se casasse com o delfim Luis XVI. Era preciso, no entanto, convencer Luis XV e os diplomatas franceses que Maria Antonieta era apta a se tornar uma futura Rainha.

Aos 13 anos sua educação se intensificou estudando alemão, italiano e principalmente o francês. Sua aparência física também passou por transformações. O cabeleireiro parisiense Sleur Larsemmeur foi importado para cuidar de seus cabelos, este que eram uma massa indisciplinada de cachos louro-avermelhados em que o penteado consistia em puxados para trás por uma faixa de lã, seus cabelos foram domados em um penteado baixo, empoado e escovado para o alto salpicado de gemas decorativas em um estilo a La fraçaise.

No dia 6 de junho de 1769 o Marquês Deufort fez o pedido da mão de Maria Antonieta oficializando seu noivado com o delfim futuro herdeiro do trono Luís Augusto, no dia 13 de junho recebeu a proposta oficial de casamento do rei da França sendo então, o casamento marcado para 16 de maio do ano seguinte.

6.2-CHEGADA EM VERSALHES

Em 19 de abril de 1770 foi celebrado o casamento por procuração, nesse momento Antônia foi oficialmente chamada de “Marie Antoinette, Delphine de France”

Em 21 de abril de 1770 seguida por um cortejo de cinquenta e sete carruagens Maria Antonieta deixou Viena e viajou durante duas semanas e meia até chegar a “Ile de Epis” uma ilha considerada território neutro para a remise(cerimônia de entrega da noiva). Ali foi despida de suas roupas austríacas para vestir um pesado e brilhante tecido de gala feito de tecido de ouro decorado com laços de cetim “encrespado”, babados, rendas e pedras preciosas.Em seu rosto foi aplicado uma grossa maquiagem branca e círculos vermelhos de ruge em sua face, e seu penteado foi recoberto com pó branco, tudo para que se parecesse como uma legitima francesa.

Deixou tudo que remetesse a Áustria para trás, seus vestidos, suas joias e a comitiva que a acompanhava desde seu nascimento, restando-lhe apenas um pequeno relógio de ouro que havia ganhado de sua mãe.

O cortejo então retomou caminho da floresta de Campiegne onde a delfina era esperada pela corte francesa, lá conheceu o rei Luis XV, as masdames filhas do rei Adelaide, Sofia e Vitoria e, seu futuro marido, o delfim Luis Augusto o qual, percebeu que era muito diferente do descrito durante as negociações do casamento:era desajeitado, inábil e bastante forte para sua idade, os retratos enviados favoreciam grandemente sua aparência.

FIGURA 04-Luis XVI de Antoine-François Callet

Da pesada cauda ás volumosas saias, das mangas de rendas com babados ao corpete enfeitado com fitas, das jóias nos cabelos às fivelas do sapato, cada um dos artigos esmeradamente escolhidos para fazerem a menina parecer francesa foram removidos, confiscados como um vinculo simbólico com a Casa de Habsburg. (WEBER,2004,p.34)

6.3- O CASAMENTO

Maria Antonieta chegou em Versalhes no dia 16 de maio de 1770, logo ao chegar foi levada ao seus aposentos improvisados e começou a ser preparada para o matrimonio. Vestida com um grand habid (vestido formal de festa) feito de um tecido prata luminoso e coberto de grandes diamantes brancos entrou na Camâra do Rei onde o delfim, meio desconfortável com suas roupas douradas cravejadas de diamantes, a esperava.

(...)um bando de acompanhantes cobria energicamente seu cabelo com pó, seu rosto com uma maquiagem branca pastosa e suas faces com grandes e bem definidos círculos de ruge.(...)as mulheres apertaram-na num rígido e justo corpete, amarram-lhe paniers(estruturas para dar formato ao vestido que lembram cestas) e vestiram-na com um grand habit (vestido formal de festa) de rico brocado.(...) o que foi fornecido para se vestir era feito de um tecido prata luminoso e esbranquiçado: o material tradicionalmente prescrito para o vestido de casamento de uma delfina.Resplandecente de si mesmo, o vestido prata era realçado por grandes quantidades de diamantes brancos, que ela ganhara da mãe como presente de casamento e que sublinhavam sua posição oficial como mulher mais importante da corte(WEBER,2006,p.53).

FIGURA 05-Casamento de Maria Antonieta e Luís XVI

A cerimonia durou cerca de duas horas, ao término, o grupo seguiu para o salte de spetacles(teatro) onde ocorreu o jantar real.Mais tarde foram para o coucher, a cerimônia do deitar-se, o arcebispo havia abençoado o leito nupcial, e como mandava a tradição Luis XV vestiu a camisola no neto e, Maria Antonieta foi levada a cama pela Duquesa de Chartres, com o ritual chegando ao fim toda corte se retirou, porém fora descoberto mais tarde que o casamento não havia sido consumado.

6.4-A VIDA NA CORTE DE VERSALHES

A vida em Versalhes era cheias de regras e etiquetas ainda desconhecidas a Maria Antonieta. Ao se levantar tinha o lever um ritual na qual a toalete formal era realizada por muitas auxiliares e deveria-se saber o grau correto de tratamento para cada pessoa que entrasse. Havia também o Grand couvert, onde todos