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Meneses, Ulpiano T. Bezerra De. A Crise Da Memória, História E Documento. In: Zélia Lopes Da Silva (Org). Arquivos, Patrimônio E Memória. Trajetórias E Perspectivas. São Paulo: UNESP/FAPESP,1999

Artigo: Meneses, Ulpiano T. Bezerra De. A Crise Da Memória, História E Documento. In: Zélia Lopes Da Silva (Org). Arquivos, Patrimônio E Memória. Trajetórias E Perspectivas. São Paulo: UNESP/FAPESP,1999. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/2/2015  •  928 Palavras (4 Páginas)  •  1.434 Visualizações

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Referência Bibliográfica: Meneses, Ulpiano T. Bezerra de. A crise da memória, História e documento. In: Zélia Lopes da Silva (Org). Arquivos, patrimônio e memória. Trajetórias e perspectivas. São Paulo: UNESP/FAPESP,1999

“ A problemática da memória vem-se transformando, nos últimos anos, em foco privilegiado de atenção, seja do ponto de vista das ciências biológicas (Neurofisiologia, Etologia), seja das ciências humanas (Antronitivos). [...]” ( p 11)

“[...] Em suma, já seria tempo- e tem havido apelos nesse sentido – de começar a fazer história da memória, mas se imbricasse nas práticas e representações mnemônincas e rememorativas das sociedades e grupos, incluído seus suportes e estratégias de apropriação, tendências, móveis, conflitos, efeitos, reciclagens etc. etc. [...]” ( p 11)

“ É nessa direção que me pareceu propor algumas reflexões sobre a memória como modalidade de representação social num quadro de práticas que caracterizam a sociedade capitalista avançada, ressaltando os problemas documentais que “a sociedade da informação” vem acumulando. [...]” ( p 12)

“[...] Também a memória como suporte dos processos de identidade e reivindicações respectivas está na ordem do dia. Estado (principalmente por intermédio de organismos documentais e de proteção ao patrimônio cultural), entidades privadas, empresas, imprensa, partidos políticos, movimentos sindicais, de minorias e de marginalizados, associações de bairro, escolas, e assim por diante, todos têm procurado destilar sua autoimagem – mais raramente e com dificuldade a da sociedade como um todo. Palavras-chave são “resgate”, “recuperação” e “preservação” – todas pressupondo uma essência frágil que necessita de cuidados especiais para não se deteriorar ou perder uma substância preexistente. [...]” ( p 12)

“ A memória, pois, tanto como prática como representação, está viva e atuante entre nós. Isso, porém, não significa estabilidade e nem mesmo situação de equilíbrio e tranquilidade. Pelo contrário, seus status é extremamente problemático [...]” ( p 13)

“[...] Após a Revolução Francesa, com efeito, a memória passou a ser fonte de inquietação intensa, que se manifesta na percepção radical da natureza opaca do passado e, consequentemente, da incerteza com relação a esse passado. [...]” ( p 14)

“ [...] a história se transforma pela primeira vez em experiência de massa: as massas são, de fato, forçadas a desnaturalizar a visão dos acontecimentos e a questionar a impressão de “ocorrência natural” para uma tão grande alteração da ordem vigente e que elas puderam apreender em seu próprio curso.” ( p 14)

“ A dimensão técnica da crise diz respeito a um progressivo processo de externalização da memória, que começa a operar já na transformação das sociedades orais em quirográficas e se acentua com a difusão da alfabetização e da escrita, reforça-se poderosamente com a invenção da imprensa e chega a seu cume com os registros eletrônicos.” ( p 15)

“[...] As formas de memória das sociedades tradicionais não são melhores que as sociedade de massas (nem piores, o problema não é esse), mas são hoje, definitivamente, obsoletas. [...]” ( p 16)

“ É inegável que as comemorações, em particular as cerimônias de “culto aos aniversários”, têm um peso ainda considerável em nossos tempos, como vetores de integração social e legitimação. A comemoração parodaxalmente dispensa a recordação, já que que a iminência do comemorado se abriga nos veículos que o suportam, favorecendo a partilha da memória alheia. [...]” ( p 17)

“[...] o pós-modernismo forneceu combustível novo ás comemorações, por atender quer à recusa de medir-se às vanguardas precedentes quer como

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