Missão De Paz Da ONU - Refugiados Sírios
Pesquisas Acadêmicas: Missão De Paz Da ONU - Refugiados Sírios. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ianfeldmann • 12/11/2014 • 1.009 Palavras (5 Páginas) • 330 Visualizações
INTRODUÇÃO
A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 130 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional. Quase três anos depois, as partes envolvidas e a comunidade internacional tentam estabelecer em conjunto os termos para paz.
Uma segunda conferência de paz, chamada Genebra II, foi realizada em janeiro na Suíça. Entretanto, após mais de uma semana de negociações, houve poucos avanços. Uma nova rodada foi iniciada em 10 de fevereiro, terminando no dia 15 novamente sem decisões e com acusações mútuas entre governo e oposição.
OS REFUGIADOS SÍRIOS
O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruição imensuráveis. Estima-se que mais de 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.
Calcula-se que 9,3 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 6,5 milhões são deslocados internos. Há mais de 2,3 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que 400 mil palestinos refugiados na Síria (80%) precisem de assistência urgente. Cerca de 180 mil deles tiveram que fugir de Damasco por causa dos bombardeios e confrontos nos arredores.
O denso deslocamento populacional e a higiene precária aumentam o risco de piolhos, sarna, leishmaniose, hepatite A e outras doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora a situação e oferece tratamento em diversas áreas do país.
A maior parte dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.
Muitos hospitais não têm remédios essenciais, como insulina e antibióticos, além de banco de sangue. Diversas operações são feitas sem anestesia ou fios de sutura.
REFUGIADOS NO LÍBANO
O Líbano enfrenta a ameaça de colapso econômico e político à medida que o número de refugiados vindos da Síria deve exceder um terço da sua população, disse o ministro de Assuntos Sociais, Rashid Derbas.
Debars afirmou que o total de refugiados deverá chegar a 1,5 milhão até o fim do ano, um peso excessivo para um país com apenas 4 milhões de pessoas. Ele disse também que o fluxo de refugiados da guerra civil síria terá custado à já frágil economia do Líbano cerca de US$ 7,5 bilhões entre 2012 e 2014.
Comunidades fronteiriças que abrigam os exilados sírios estão sob especial pressão, por causa do aumento das pessoas dispostas a trabalhar por baixos salários. “O desemprego dobrou, especialmente entre mão de obra não especializada e não qualificada em áreas principalmente pobres”, disse o ministro, alertando que a crise dos refugiados “ameaça nos levar para um colapso econômico, político e até mesmo de segurança”.
Os problemas do país vizinho não prejudicaram apenas a economia do Líbano, mas também agravaram tensões sectárias e aumentam a violência. O país atualmente abriga cerca de 1,1 milhão de refugiados sírios registrados. “Sabemos que estamos trabalhando com o cenário de termos mais de 1,5 milhão de refugiados registrados até o fim de 2014, o que representa mais de um terço da população local”, disse Derbas em um encontro de ministros libaneses e grupos internacionais de ajuda.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Líbano recebeu 38 por cento de todos os refugiados sírios na região, mais do que qualquer outro país.
REFUGIADOS NO BRASIL
Guerra civil, fuga, burocracia e caridade: essa é a trajetória dos sírios que vêm para o Brasil como refugiados de uma guerra civil terrível sem iminência de um fim.
Os sírios já são a quarta nacionalidade
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