Mitos Extra-Bíblicos
Por: Andrey Auditore • 6/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.760 Palavras (8 Páginas) • 292 Visualizações
Mito babilônico Enüma Elish
Quando ainda não existiam o céu nem a terra, dois seres divinos, Apsú (o abismo, o oceano subterrâneo) e Tiámat (o mar, princípio feminino) se uniram, e desta união nasceram sucessivamente todos os outros deuses. Mas como esses perturbavam o sono de Apsü, o progenitor decidiu destruí-los. Mas o prudente Ea soube de tudo. Com fórmulas mágicas fez Apsú dormir e o matou. Com o seu corpo construiu o Apsú, isto e, o mundo subterrâneo com o oceano de água doce: assim Ea se tornou a divindade do subsolo, das fontes e dos rios. Tiámat, para vingar o marido, gera um exército de monstros, que aterroriza os deuses, os quais, depois de muita discussão, elegem Marduk, filho de Ea, seu herói. Marduk aceita com a condição que lhe sejam conferidas todas as prerrogativas dos outros deuses, o que lhe é concedido com enorme solenidade. Marduk, armado dos pés à cabeça, prende Tiámat numa rede, despedaça-lhe o crânio com o chuço, depois, fedendo-lhe o cadáver em duas partes como uma ostra, com a parte superior forma o céu, pondo ferrolhos para represar as águas. Feito isso, Marduk, forma os astros e outras criaturas[...].
As circunstâncias da criação da humanidade são estas: os deuses partidários de Tiámat deveriam ser escravos dos outros, mas numa assembléia os deuses vitoriosos decidem sacrificar um deles, o seu líder Kingu. Matam-no, e com seu sangue Marduk constrói a humanidade, à qual impõe o serviço dos deuses em lugar dos vencidos. Depois disso, em sinal de gratidão para com seu soberano, os deuses lhe constroem uma Babilônia celeste, com um templo para a sua residência. O poema termina com a celebração dos cinqüenta nomes de Marduk.
Mito guarani – Terra sem males
“Quando Nosso Grande Pai, Nhanderuvuçú, criador e destruidor da terra, resolveu acabar com a terra, devido à maldade dos homens, avisou o Grande Pajé (Guiraypoty) e mandou que dançasse. Este obedeceu-lhe passando toda a noite em danças rituais. A dança suspendeu a ameaça do cataclismo. Mas, quando o “Grande Pajé” parou de dançar, o “Nosso Grande Pai” retirou um dos esteios que sustenta a terra, provocando um incêndio devastador. Para fugir do perigo, o Pajé partiu com sua família em direção ao mar. Para apagar o fogo, o mar engoliu a terra e, novamente, emergiu, desta vez pelo mar, a ameaça da destruição do mundo. O “Grande Pajé” construiu uma casa de tábuas, onde resistiu com sua família, dançando, e a mulher batendo a taquara contra um esteio da casa. As águas subiam e o Grande Pajé entoou o ñheengaraí, o canto solene guarani. “E a casa se moveu, girou e flutuou sobre a água, subiu e subiu. Chegaram à porta do céu e logo atrás veio também a água”. Mas, a água não teve mais nenhuma força destruidora sobre o grande jabuticabal, nem sobre as bananas amarelas que ali se comem, nem sobre o mel que ali se bebe. Esse lugar, para onde foram, chama-se “Terra sem Males” (yvý marane’ỹ). Aí as plantas nascem por si próprias, a mandioca já vem transformada em farinha e a caça chega morta aos pés dos caçadores. Neste lugar, não há sofrimento. As pessoas não envelhecem e nem morrem.
MITO AFRICANO DE CRIAÇÃO – IORUBÁ
O povo iorubá, residentes do continente africano, principalmente nas regiões que compreendem hoje a Nigéria e o Benin, contam desde um passado remoto, a criação do homem a partir das mãos dos orixás. Tudo começou quando Olodumaré, o deus supremo, criou o universo, então o mesmo enviou o orixá Obatalá (também conhecido como Oxalá) para criar o mundo, contudo, Obatalá teria caído em um sono profundo após se embriagar, com isso, Olodumaré incumbiu a orixá Odudua de criar o mundo. Odudua cumpriu com sua missão e criou a terra, as plantas e os animais, então quanto Obatalá despertou de seu sono, ficou inconformado por ter perdido seu trabalho para Odudua. A fim de evitar confusões, Olodumaré incumbiu Obatalá de criar o ser humano, o mesmo aceitou o dever, então tentou criar o homem a partir de diversos elementos, mas todas as tentativas acabaram fracassando, até que a orixá Nanã vendo a tristeza de Obatalá, lhe deu uma ajuda, ela lhe ofereceu barro ou lama. No fim, Obatalá conseguiu criar a raça humana e assim povoou o mundo com esta, moldando o ser humano do barro e lhe dando o sopro da vida.
Ou nesse formato....
MITO AFRICANO DE CRIAÇÃO – IORUBÁ
Tudo começou assim...
Olorum chamou Obtalá.
E mandou que ele fosse criar o mundo.
Obtalá então chamou os outros orixás para irem com ele.
Obtalá disse que antes de viajar tinha que dar uma obrigação.
Todos os orixás partiram e Odudua ficou.
No caminho Obtalá encontrou Exu.
E Exu lembrou a Obtalá que ele tinha esquecido de dar suas obrigações antes de viajar.
Obtalá não ligou e seguiu viagem...
Mas adiante sentiu sede, mas não parou...
A sede foi ficando insuportável.
De repente Obtalá viu um Ijiopé (palmeira).
Sem conseguir se conter, diante da sede, abriu o tronco da palmeira com seu opá-xoró (cajado).
E bebeu vinho da palma até desmaiar....
Enquanto isso Oduduá vai consultar Ifá.
E fez suas obrigações, conforme o jogo do babalaô.
A última coisa que Oduduá tinha que fazer era levar uma oferenda a Olorum.
Quando Olorum viu Oduduá ficou zangado, dizendo que tinha dado ordens para que todos os orixás acompanhasse Obtalá.
Oduduá explicou que estava seguindo ordens de Ifá.
Olorum então aceitou a oferenda.
Neste momento Olorum lembrou que tinha esquecido de entregar a Obtalá o saco de terra, um dos ingredientes necessários para a criação do mundo.
Pediu então a Oduduá que levasse o saco a Obtalá.
Oduduá viajou...
E, encontrou Obtalá ainda desmaiado, na beira do caminho, com outros orixás à sua volta sem saber o que fazer.
Oduduá tentou acordar Obtalá, mas não conseguiu.
Oduduá, então, pegou o saco de volta para Olorum.
Olorum ouviu toda a história e...
Decidiu entregar o saco a Oduduá, com a terra de criar a terra.
Oduduá pegou o saco, foi até o lugar determinado por Olorum e criou a terra.
A Criação do Mundo - Mitologia Egípcia
Antes que existisse o ar, a terra ou mesmo o céu, havia somente água, turbulenta e borbulhante, da qual surgiu Rá, o primeiro deus. Rá transformou-se em um novo elemento no cosmo: o sol. Mas a carência de outra vida logo lhe pesou e, em comunhão com a sua própria sombra, gerou uma filha, Tefnut. Ela também era um novo elemento: a umidade.
E Shu, o outro filho de Rá, tornou-se o ar. Por sua vez, eles também tiveram seus próprios descendentes, Geb e Nut (a terra e o céu). Logo foi estabelecida toda uma ordem cósmica. Contudo, essa ordem veio acompanhada de desafios não previstos.
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