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Monarquias Nacionais

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Por:   •  6/4/2014  •  2.300 Palavras (10 Páginas)  •  320 Visualizações

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Formação das Monarquias Nacionais

Foi também no século XIV que ocorreu na Europa o início do fortalecimento do poder central por meio das monarquias nacionais, apontando para a organização do Estado moderno, O processo de formação desse Estado foi bastante contraditório, tornando difícil sua definição. Na realidade ele refletia um longo período de transição, em que forças políticas e sociais renovadoras (como a burguesia) pro-curavam seu espaço político e outras lutavam para manter o poder e seus privilégios (nobreza).

Para a burguesia, os particularismos europeus dificultavam o desenvolvimento das atividades comerciais e financeiras, na medida em que cada região mantinha pesos, medidas, moedas, tributos, leis e taxas diferenciadas. Logo, de sua parte havia interesse na instituição de um poder unificado, pois isso corresponderia à unificação desses padrões.

O poder centralizado também interessava ao rei, que procurava contra-por-se aos poderes locais e fortalecer-se politicamente para não se submeter à autoridade da Igreja e sua tendência universalista (que impõe sua autoridade considerando o conjunto de suas idéias, convicções e valores como uni¬versais, não aceitando outros). Por isso, estabeleceu-se uma aliança entre reis e burguesia, direcionada para a formação das monarquias nacionais. Para concretizá-la era preciso organizar uma burocracia política e administrativa e um exército nacional, tarefa que seria financiada, por meio de impostos, pelos ricos banqueiros e comerciantes. Eles se tornaram, na prática, patronos do Estado e, em troca, receberam concessões comerciais alfandegárias; sobre¬tudo, através das monarquias nacionais, obtinham a legitimação e o zelo da nova ordem sócio-econômica.

Contraditoriamente, porém, essa mesma monarquia nacional também favoreceu parcela da aristocracia. Para a nobreza, que começava a perder seus privilégios com a desestruturação do feudalismo, o Estado centralizado representou uma forma mais ágil e eficiente de se apropriar da riqueza gera¬da no campo e no comércio. Ao organizar a máquina burocrática centralizada, o Estado permitiu que a nobreza penetrasse na sua estrutura, ocupando cargos e funções importantes

Símbolo dos reis católicos Fernando e Isabel

Dessa forma, parte da aristocracia se beneficiava dos recursos arrecadados e coletados pelo Tesouro real, graças às concessões tributárias dadas pela monarquia; formava, assim, um segmento social parasitário repleto de privilégios.

O poder centralizado também interessava ao rei, que procurava contra-por-se aos poderes locais e fortalecer-se politicamente para não se submeter à autoridade da Igreja e sua tendência universalista (que impõe sua autoridade considerando o conjunto de suas idéias, convicções e valores como uni¬versais, não aceitando outros).

Por isso, estabeleceu-se uma aliança entre reis e burguesia, direcionada para a formação das monarquias nacionais. Para concretizá-la era preciso organizar uma burocracia política e administrativa e um exército nacional, tarefa que seria financiada, por meio de impostos, pelos ricos banqueiros e comerciantes. Eles se tornaram, na prática, patronos do Estado e, em troca, receberam concessões comerciais alfandegárias; sobre¬tudo, através das monarquias nacionais, obtinham a legitimação e o zelo da nova ordem sócio-econômica.

Contraditoriamente, porém, essa mesma monarquia nacional também favoreceu parcela da aristocracia. Para a nobreza, que começava a perder seus privilégios com a desestruturação do feudalismo, o Estado centralizado representou uma forma mais ágil e eficiente de se apropriar da riqueza gera¬da no campo e no comércio. Ao organizar a máquina burocrática centralizada, o Estado permitiu que a nobreza penetrasse na sua estrutura, ocupando cargos e funções importantes

Dessa forma, parte da aristocracia se beneficiava dos recursos arrecadados e coletados pelo Tesouro real, graças às concessões tributárias dadas pela monarquia; formava, assim, um segmento social parasitário repleto de privilégios.

Essas contradições de um Estado centralizado que se modernizava e beneficiava a burguesia e o rei, ao mesmo tempo que atendia aos interesses da nobreza, chegaram ao limite no interior dos Estados absolutistas (Idade Moderna). Esse quadro político produziu durante a Idade Moderna inúmeros conflitos, que se resolveriam em parte no século XVIII, com a reação, principalmente, da burguesia; o caso mais exemplar ocorreria na França no final daquele século."

ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ESTADOS ABSOLUTISTAS.

INTRODUÇÃO

Entre a época dos modos de produção feudais e capitalistas encontra-se uma outra época com características bastante peculiares: a mercantilista. Durante o mercantilismo desenvolveram-se várias atividades comerciais, políticas, sociais antes não vistas. No campo político podemos destacar a criação dos Estados absolutistas que tiveram um papel crucial nessa transição do feudalismo para o capitalismo. Neste relatório, baseando-se em outros textos, foram retratados as principais características e os principais aspectos que desencadearam na formação de tais Estados. Uma das afirmações que merecem destaque é que, como já pôde-se perceber, não há uma ruptura do feudalismo para o capitalismo e sim uma transição. Alguns aspectos econômicos também foram retratados, mas com menor destaque, somente para possibilitar o entendimento das questões ligadas ao tema principal: os Estados absolutistas.

ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ESTADOS ABSOLUTISTAS

A organização dos Estados modernos não surgiu de uma hora para outra. Foram vários séculos de organização e formação de limites e fronteiras, ocorridos principalmente durante e em conseqüência do mercantilismo.

Podemos considerar o mercantilismo um período de transição do feudalismo para o capitalismo, o qual não tem características estritamente feudais ou capitalistas. Além da convivência de características feudais e capitalistas ao mesmo tempo, há também características exclusivamente mercantilistas, as quais não podem ser encontradas em nenhum outro modo de produção, apesar de que o mercantilismo

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