Movimento Cangaço Formação Sócio Histórica do Brasil
Por: Erikatgm • 8/9/2023 • Resenha • 482 Palavras (2 Páginas) • 68 Visualizações
Disciplina: Formação Sócio Histórica do Brasil
Alunos: Deborah, Erika, Gilberto, Larissa, Marco
Movimento Cangaço
Já no período colonial, com a plantation do açúcar, entre os séculos XVI e XVII um cenário social vai se construindo e constituindo, gerando concentração de terras e grandes latifúndios no nordeste. Somado a isso, a partir do século XVIII começou o ciclo do ouro e toda economia brasileira se deslocou do nordeste para sudeste, o que piorou ainda mais a situação dos sertanejos.
Final do século XIX e começo do século XX, a população nordestina sofria muita pobreza, miséria, descaso das autoridades e o cangaço vai ser fruto disso.
Com isso, uma parte da população vai para o banditismo social: unidos em bandos, com armas, atacam vilas, cidades, fazendas, como uma forma de sobrevivência.
Assim surge o Cangaço, grupo de pessoas que protestava contra a situação de precariedade e injustiça social na qual vivia a população da região Nordeste do Brasil, entre os séculos XIX e XX.
Porém, nem todos os cangaceiros agiam da mesma forma ou pertenciam ao mesmo grupo. É possível pensar em um Cangaço autônomo, no qual os cangaceiros agiam por vingança, em questões pessoais, muitas vezes por crueldade. Mas também havia cangaceiros de contrato, bandos contratados pelos coronéis e políticos da região para atacar rivais por vingança e que ganhavam algo em troca do serviço.
O primeiro cangaceiro de que se tem registro foi José Gomes, popular como Cabeleira, nascido em Glória do Goitá, cidade pernambucana, em 1751.
Mas os cangaceiros mais conhecidos foram: Lampião, Antonio Silvino e Corisco, principalmente, pela violência utilizada para saquear, sequestrar e matar fazendeiros como forma de protesto contra as desigualdades.
O cangaço gera conflitos, se por um lado, figuras poderosas estavam ameaçadas e uma parte da população era protegida, por outro lado, alguns cangaceiros promoviam terror, eram violentos com a comunidade, matavam sem causa aparente, sequestravam mulheres. Por isso é difícil afirmar se os cangaceiros eram justiceiros ou cruéis.
Em 28 de julho de 1938, entre os limites de Sergipe e Alagoas, o bando de Lampião foi pego em uma emboscada preparada pelas autoridades, na época, governados por Getúlio Vargas. Dos 34 presentes, onze morreram: Lampião, Maria Bonita, Luís Pedro, Mergulhão, Enedina, Elétrico, Quinta-Feira, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Os outros fugiram.
As cabeças dos que morreram foram expostas em praça pública nas cidades do sertão nordestino e seus corpos deixados para os urubus, como exemplo para aqueles que seguiam o cangaço, com o objetivo de enfraquecer o movimento. Somente com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965, as cabeças foram devidamente enterradas.
A morte dos líderes é um dos demarcadores do fim do movimento cangaceiro, o qual se dissipou pelo norte e nordeste. Alguns cangaceiros, com medo de serem degolados, se entregaram às autoridades. Outro demarcador foi a morte de um dos cangaceiros, que era amigo de Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido pelo nome: Corisco, em 1940.
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