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Mundo corporativo

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Por:   •  24/11/2013  •  Tese  •  2.365 Palavras (10 Páginas)  •  396 Visualizações

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1. Contextualização.

O mundo corporativo tem, portanto, um papel fundamental na garantia de preservação do meio ambiente, com o desenvolvimento da tecnologia, as organizações, através de suas atividades de exploração dos recursos naturais, estão comprometendo o padrão de vida da sociedade, causando diversos malefícios a população devido aos impactos no meio ambiente. Tais problemas originam-se de que maneira os recursos naturais são consumidos, e na relação de quais são os efetivos benefícios desses consumos. Esses benefícios como, eletrodomésticos, ambientes artificialmente climatizados, transportes, entre outros, embora satisfaçam as necessidades e desejos da sociedade, podem ao mesmo tempo, trazer doenças e a escassez de recursos naturais necessários para a sobrevivência de nosso planeta. Manter o grau de necessidades e desejos da população permitindo que os recursos naturais estejam disponíveis para gerações futuras é um dilema que as organizações estão enfrentando nos últimos anos. Empresas socialmente responsáveis geram, sim, valor para quem está próximo. E, acima de tudo, conquistam resultados melhores para si próprias. A responsabilidade ambiental deixou de ser uma opção para as empresas. É questão de visão, de estratégia e, muitas vezes, de sobrevivência. Atualmente os profissionais da classe contábil estão preocupados com a preservação do meio ambiente, estando atentos à questão da responsabilidade social e no desenvolvimento sustentável. Para mensurar essas constantes mutações em nosso meio ambiente, as organizações ligadas diretamente com a extração de recursos naturais estão implantando a Contabilidade Ambiental em suas atividades. A Contabilidade Ambiental está sendo uma grande conquista para a classe contábil, pois além de ter uma legislação muita bem elaborada acerca do meio ambiente, está sendo de grande valia para as organizações, identificando, avaliando, registrando, demonstrando e analisando os fatos ambientais decorrentes de sua atividade exploratória. A Gestão Ambiental, igualmente como a Contabilidade Ambiental, através de seus procedimentos auxilia os gestores da organização em suas tomadas de decisões que tem por fim a redução ou eliminação dos impactos ambientais e, portanto, melhorando a qualidade de vida e sua imagem perante a sociedade. Os assuntos ambientais estão crescendo em importância para a comunidade de negócios em termos de responsabilidade ambiental, do consumidor, desenvolvimento de produtos, passivos legais e considerações contábeis. A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da administração amplia substancialmente todo o conceito de administração. Os administradores cada vez mais têm que lidar com situações em que parte do patrimônio das empresas é simplesmente ceifada pelos processos que envolvem o ressarcimento de danos causados ao meio ambiente, independentemente desses danos poderem ser remediados ou não. Portanto, a participação da Contabilidade é de extrema importância, pois vai despertar o interesse para as questões ambientais, ajudando a classe empresarial a implementar, em sua gestão empresarial, a variável ambiental, não apenas para constar na legislação, mas por uma verdadeira conscientização ecológica. Neste sentido, não podemos ficar para trás, não podemos perder mais esta oportunidade de nos inserirmos no meio da sociedade, assumindo uma nova postura como cidadãos e como profissionais perante a sociedade. Porém, está aí o desafio para nós, contadores: fazer uma Contabilidade adequada ao um modelo ambiental, integrada e competitiva, que compreenda movimentos econômicos, movimentos operativos e movimentos ambientais.

2. Problemática:

Mundialmente, a partir dos anos 70, a preocupação com o meio ambiente, devido a gravidade e urgência, teve o reconhecimento da sociedade, com maior repercussão na Primeira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente das Nações Unidas (CNUMAD), realizada em Estocolmo, na Suécia, onde foram abordados os problemas ecológicos e os impactos ambientais e industriais. Tal preocupação deve-se ao fato de que o uso indiscriminado dos recursos naturais sem que haja prudência ecológica e responsabilidade na utilização deles, acarretará a degradação e o caos. No início dos anos 80, as empresas passaram a trabalhar no combate a causas em vez de trabalhar as consequências. Nesta mesma época, houve o aparecimento do ativismo ambiental, em que os grupos formados, como o Earth First dos Estados Unidos, começavam a pressionar as empresas com o objetivo de mudarem suas políticas em relação ao meio ambiente. Nos encontros preparatórios para a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1986 e 1987, emitiu-se o relatório Nosso Futuro Comum (Our Common Future), apontando a pobreza como uma das principais causas dos problemas ambientais, contribuindo para disseminar o conceito de desenvolvimento sustentável. Também, nos anos 80, as empresas líderes de mercado mudaram a concepção em relação aos gastos com proteção ambiental, passando não as ver como custos, mas sim como investimentos, consequentemente, uma vantagem competitiva.

Em junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, foi realizada a CNUMAD, também conhecida com ECO – 92, onde se reuniram 178 países com a participação de 112 Chefes de Estados, objetivando elaborar estratégias em relação aos efeitos da degradação ambiental, de forma a interromper e reverter este quadro, promovendo o desenvolvimento sustentável num ambiente saudável em todos os países.

A Contabilidade Ambiental passou a ter status de novo ramo da Ciência Contábil em fevereiro de 1998, com a finalização do ‘Relatório Financeiro e Contábil sobre o Passivo e Custos Ambientais” pelo Grupo de Trabalho Intergovernamental das Nações Unidas de Especialistas em Padrões Internacionais de Contabilidade e Relatórios ( ISAR – United National Intergovernmental Working Group of Expert on International Standards of Accounting and Reporting). (TINOCO; KRAEMER, 2004, p. 32).

A 7ª Reunião da ONU evidenciou as normas contábeis sobre a contabilização dos elementos de proteção e recuperação ambientais e sobre o nível de divulgação adequado. IPECAFI apud Ribeiro (1992, p. 67) faz a seguinte observação sobre a evolução da normatização contábil:

É interessante verificar a evolução das exigências com relação à divulgação de informações sobre o que a empresa esteja gastando ou sendo obrigada as gastar, quer na forma de investimentos ou de despesas com relação ao controle do meio ambiente. Mais do que uma contabilidade de gastos ambientais, é a ideia do environmental

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