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Museologia

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Por:   •  6/3/2014  •  Resenha  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  637 Visualizações

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Museologia

Museologia não é “ciência dos museus”, assim como Medicina não é “ciência dos hospitais”. Como vimos anteriormente, o interesse em colecionar objetos que, de alguma forma, despertam o interesse de povos e culturas distintas, remonta aos primórdios da humanidade. Waldisa Guarnieri (1990) informa que na Antigüidade, a princesa Bel Chalti Nannar da Caldéia registrou o primeiro inventário de objetos de uma coleção de que se tem notícia: os objetos do palácio de seu pai, no século VI a.C.

Desde então, muitos acontecimentos relacionados à coleção, exposição e à conservação de objetos têm permeado a história. A primeira especialização dessas coleções foi a pinacoteca: a primeira coleção de pinturas, em uma das alas dos Propileus da Acrópole de Atenas, na Grécia Antiga.

A partir de então, toda coleção de pinturas recebeu esse nome. Ainda na Antigüidade, temos o “Museu de Alexandria” e sua famosa biblioteca. Há quem diga que os museus da época moderna buscam ser o que foi este museu, com áreas de descanso e de exposição de objetos, anfiteatro, um parque botânico, um centro de estudos (o embrião de uma universidade) e até um zoológico. De acordo com Guarnieri (1990), o Museu

de Alexandria representou o primeiro dos cinco grandes momentos de desenvolvimento históricos dos museus.

Segundo Suano (1986), em Roma os museus, além de expressarem o conhecimento,

ou mesmo o “gosto” de uma camada privilegiada, tinham a função de demonstrar o poderio do império, suas conquistas, saques, butins.

O segundo momento de desenvolvimento dos museus corresponde à Renascença, em que encontramos um misto de “Galeria de arte” com o “Gabinete de Curiosidades” — já mencionado anteriormente. Esse tipo de museu configurava a manifestação do poder dos Príncipes. Os museus renascentistas contaram com curadores como Donatello e Leornardo Da Vinci e com aulas de numa nova disciplina: História da Arte.

GUARNIERI, W. Museu, Museologia, Museólogos e Formação.In: Revista de Museologia.

SP. IMSP, 1990. (p. 7).

O terceiro momento corresponde à passagem do “Museu do Iluminismo” para o “Museu do Romantismo”, ou seja, os museus abandonaram a ilustração caracterizada pelo acúmulo de objetos sem divisões temáticas — como uma grande enciclopédia — substituindo o acúmulo pelas coleções que expressavam os ideais da burguesia. Nesse período, surgiram os grandes museus nas capitais européias (o Louvre, o Museu Britânico ou o Museu do Prado) como expressões do poderio de grandes nações e impérios. Segundo Guarnieri (op.cit.), os “museus dos príncipes” tornaram-se

“museus das nações”.

O curioso é que este período marcou o início das primeiras preocupações com a origem do acervo. Os acervos desses museus foram obtidos por meio de pilhagens cometidas por Napoleão ou pelo Império Britânico. Este período caracterizou o fazer museal como museografia. Era o domínio dos padrões estéticos burgueses.

O quarto momento foi caracterizado pela urbanização, pela especialização e a profissionalização dos museus e a Museologia como uma

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