Nado Crawl

A HISTÓRIA DO NADO CRAWL

Anteriormente ao nado crawl somente existia o nado peito, também chamado de "clássico". O nado crawl começou a surgir por volta do ano de 1859 através de modificações aplicadas ao nado peito. Um nadador chamado Payton apareceu em uma competição em Baths (hoje Lamberth) num estilo que não lhe valeu a classificação por não ser considerado ortodoxo. Este estilo foi o mesmo que, mais ou menos 10 anos mais tarde, era apresentado por Trudgen, valendo-lhe a anexação do seu nome ao novo estilo, que rapidamente se espalhou por todo o mundo, pois apresentava vantagens de render mais e ser mais veloz que o nado peito.

Por suas características, o nado de Trudgen era mais utilizado nas provas de grandes distâncias. Alguns historiadores afirmam que a data do surgimento do Trudgen está por volta de 1870 e 1890.

Veio então o nado "crawl" australiano, em 1902, com o inglês Frederick Cavill nadando as 100 jardas em 58"2, tempo fantástico para a época. Os irmãos Cavill imitaram este estilo dos nativos do Ceilão, que o praticavam como o conhecido nado indiano, cujas as características principais eram o grande deslizamento na água, pernas extendidas e movimentos alternados da braçada.

Logo depois, os americanos, aperfeiçoando tudo para o proveito de todos, os grandes mestres da propaganda, tomaram o já famoso crawl australiano e introduziram-lhe algumas modificações que trariam, mais tarde, o célebre crawl americano, que tantas glórias esportivas levou para os Estados Unidos. Percebe-se que não é de hoje que ocorre uma grande disputa entre americanos e australianos dentro da natação. Os americanos introduziram uma movimentação maior de pernas com o obejtivo de manter o corpo aproximadamente horizontal, com fácil flutuação e deslizamento. Foi assim que o americano Charles M. Daniels apresentou essas novas possibilidades para o crawl batendo os recordes de Cavill. Daniels foi vencedor de quatro medalhas olímpicas, e em 1910, estabeleceu a incrível marca para a época de 54"8. Sete anos mais tarde Daniels marcou o tempo de 53"0.

Foi então que surgiu o havaiano Duke Kahanamoju utilizando pela primeira vez na história a pernada de 6 tempos. Kahanamoju teve como seu sucessor o célebre Tarzan dos cinemas, o popular Johnny Weissmuller, que também nadava com a pernada de 6 tempos, e que fez história sendo o maior recordista de todos os tempos, o único que, juntamente com o russo Aleksander Popov, possui duas medalhas olímpicas consecutivas na prova dos 100m livre (1924 - Paris / 1928 - Amsterdan).