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O Ciclo Da Influência Portuguesa No Brasil

Por:   •  11/3/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.662 Palavras (11 Páginas)  •  103 Visualizações

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UNIVERSIDADE ATENAS

MEDICINA

CLARICE CARVALHO DOS SANTOS

FELIPE RAFAEL CARDOSO

IDA BEATRIZ RAMOS LOPES TREVISAN

LIANDRA PEREIRA LUCA

MAICON LAZAROTTO

MARIA JÚLIA OCHIONI MENDONÇA

THIAGO RIFFEL KRASNIEVICZ

VANESSA FERREIRA FELINI

RESUMO DOS CAPÍTULOS II E VII DO LIVRO “CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DA MEDICINA NO BRASIL”, DE PEDRO NAVA

SORRISO – MT

2023


 CLARICE CARVALHO DOS SANTOS

FELIPE RAFAEL CARDOSO

IDA BEATRIZ RAMOS LOPES TREVISAN

LIANDRA PEREIRA LUCA

MAICON LAZAROTTO

MARIA JÚLIA OCHIONI MENDONÇA

THIAGO RIFFEL KRASNIEVICZ

VANESSA FERREIRA FELINI

RESUMO DOS CAPÍTULOS II E VII DO LIVRO “CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DA MEDICINA NO BRASIL”, DE PEDRO NAVA

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objeto principal de estudo a leitura dos capítulos II e VII do livro “Capítulos da História da Medicina no Brasil”, de Pedro Nava, com objetivo de compreender o processo de formação do conhecimento médico, desde o período grego, à sua estagnação com a queda do Império Romano e a ascensão do Império Árabe, bem como seu paralelismo com o conhecimento eurocêntrico até a influência dos portugueses no Brasil. Dessa forma, o presente trabalho utiliza-se da pesquisa bibliográfica como base de seus estudos, bem como o método descritivo, baseado na técnica de análise de conteúdo.


        Mudanças quanto às concepções médicas e patológicas estão em plena sintonia com as alterações do pensamento filosófico, bem como alterações estruturais quanto à inter-relação entre povos. À vista disso, no que tange ao início da Idade Média, a partir da queda do Império Romano do Ocidente, no século V, observa-se um movimento de grande miscigenação cultural entre seus invasores e os dominados, logo, havendo reflexos não só quanto a organização de suas comunidades, mas também na cultura e práticas comuns.

        Nesse sentido, diante do entendimento de unificação política e religiosa de grandes e pequenas comunidades, surgem impérios de grande influência territorial e poderio militar, como no caso do Império Árabe, que devido suas conquistas exercia domínio da Europa à toda bacia do Mediterrâneo, por exemplo. Dessa forma, essa zona de influência não se limita apenas ao ideal de submissão dos povos que estavam sob o seu poder, mas também ao conhecimento, que apesar de percorrer uma via de mão dupla, ainda assim possuía determinantes que marcavam a soberania do Império Árabe, principalmente diante da prerrogativa que as escrituras eram transcritas na língua árabe.

        Ademais, em consonância ao estudo histórico e sua relação com a Medicina, cronologicamente, é importantes ressaltar o reconhecimento de Rhazes, médico árabe responsável por grandes apanhados sobre a Medicina da época, sendo ele considerado pelos povos latinos e orientais o de mais importância do fim do século IX e início do século X. Sob esse ponto de vista, Rhazes, autor de trabalhos como “O Continente”, demonstra análises de apanhados históricos, religiosos e medicinais quanto ao corpo humano, que apesar de destoar da ideia de originalidade, garantiu um acervo de informações medianamente ordenadas, que recebeu grande aceitação.

        É perceptível a forma como o conhecimento, apesar de receber influências no decorrer do tempo, quando investigado, advém de um paralelismo em comum diante da perspectiva de ancestralidade, isto é, o conhecimento não é apenas criado e finalizado com o surgimento de novas sociedades, em sua maioria, o conhecimento apenas permanece na linha do desenvolvimento, recebendo refutações e informações válidas agregadas à fontes diversas, como no caso do renomado Ali-Abbas, que apesar de ter sido um autor reconhecido, em sua obra “Al-Maleki”, identificou-se certa semelhança quando comparado à obra “O Continente”, mesmo tendo sua criação cinquenta anos antes.

        Esse padrão de desenvolvimento empírico e científico primitivo, de forma relativa, também é identificado na obra “Canon”, de Avicena, o qual foi denominado como “príncipe dos médicos”, bem como redigiu cerca de mais de cem obras, que em sua maioria se manifestava como um grande compilado de informações ancestrais, transcrevendo tanto postulados sobre fisiologia, higiene, patologia, produção de remédios e entre outras áreas, de forma que houve uma perpetuação de sua influência durante todo o período da Idade Média e  Renascença, sendo quase que inexpressivo nas literaturas apenas no século XVII.

        Posterior à Avicena, surge Albucassis, que apesar de também redigir uma obra semelhante as outras, como a obra “Al-Tassriff” (Exposição de Matéria), trouxe uma importante peculiaridade que, ainda nos dias de hoje, auxilia os historiadores no entendimento da evolução da Medicina, uma vez que descreve importantes informações sobre o uso de instrumentos cirúrgicos, de modo que detalha seu uso direcionado ao tratamento patológico mais avançado. Além disso, Averroes, cordovano que viveu no século XII, absorveu grande conhecimento helênico mediante à tradução de outras obras, sendo ele responsável por comentar obras de Aristóteles, de forma que apesar de ter contribuído singelamente com o entendimento da Medicina, se identificou mais com o espírito filosófico, divulgando obras em tradução latina, como “Colliget”.

        Portanto, ao correlacionar as informações supracitadas é possível compreender que apesar da existência de muitos relatos e obras, em suma incompletas, a Medicina Árabe não se diferenciou drasticamente das outras (textos médicos gregos e latinos) na área da Fisiologia e Anatomia (dissecações, por exemplo, eram incomuns nessa sociedade), de forma que se limitou a certo pensamento, possuindo em seus compilados certa semelhanças e fidelidade uns aos outros, caraterística indicativa de um “progresso” sufocado e estacionado. No entanto, é importante ressaltar suas contribuições, principalmente em relação a diferenciação de febres eruptivas, fármacos em relação à xaropes, pomadas e entre outros, bem como quanto às terapias, como o uso purgativo do sene.

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