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O Cristianismo no Sistema Colonial

Por:   •  3/4/2023  •  Resenha  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  72 Visualizações

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Formulário para Atividade Online – AO 02

Nome da Disciplina:

História do Brasil II

Natureza:

Obrigatória

Cursista:

Vanessa Gonçalves Galvão

Polo:

UAB - Alto Paraíso de Goiás

Professora:

Patrícia Simone de Araujo

Turma:

A

Atividade: Resumo/Envio de tarefa

Estudante,

Com base no texto, “Pobreza no Brasil colonial: representação social e expressão da desigualdade no sistema colonial” de autoria de Maria da Penha Smarzaro Siqueira, construa um resumo, com no máximo de 3 (três) páginas, levando-se em consideração os critérios estabelecidos pela ABNT para a confecção de um resumo. São eles:

  • O resumo deve ser precedido da referência do documento;
  • O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único;
  • A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.

Dessa forma, os elementos, que serão cobrados no resumo, com a respectiva nota de cada um, são:

  1. A presença da referência do texto que será resumido, logo no início da atividade; (0,5 décimos)
  2. A compreensão e a apresentação concisa da ideia central do texto disponibilizado para a realização da atividade; (1,3 ponto)
  3. Utilização do verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular; (1,0 ponto)
  4. A coerência e a coesão no desenvolvimento de seu texto; (1,0 ponto)
  5. A adequação da forma e do conteúdo dos textos de resposta do estudante a norma culta da língua portuguesa e da ABNT; (1,0 ponto)
  6. O texto deve ser digitado a partir do formulário “Formulário_estudante_02” e você deve substituir no nome do arquivo as palavras “Formulário_do_aluno” pelo seu nome, salvar o texto em PDF e postá-lo no repositório da atividade. (0,2 décimos)

Boa atividade!

Digite seu texto aqui:

SIQUEIRA, Maria da Penha Smarzaro. Pobreza no Brasil colonial: representação social e expressão da desigualdade no sistema colonial. In: Revista Eletrônica do Arquivo Público do Estado de São Paulo, n. 24, 2009. Disponível em: <http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao34/materia01/texto01.pdf>. Acesso: 30/03/2023.

A reflexão sobre a perspectiva e a noção de pobreza no Brasil Colonial, embora, o artigo proposto para a elaboração desta produção textual enfoque mais especificamente a cidade de Vitória, também nos oportuniza a entender a realidade brasileira para se pensar a assistência social. Percebe-se que, a doutrina católica apresentava um aspecto dicotômico ao mesmo tempo em que ela se mostrava satisfatória para promover a caridade, contraditoriamente, ela se mostrava e, não oportunizando, eu vou colocar assim, condições satisfatórias para combater a pobreza e a miséria que se assolava pelas províncias.

Nesse sentido, a autora nos apresenta “as referencias iniciais sobre a pobreza no Brasil colonial, no ideário da construção ideológica cristã que se estruturava na caridade, e na expressão dos princípios da desigualdade social” (SIQUEIRA, 2009, p.1-2). Concernente, a organização da sociedade colonial criou-se atividades das ordens Mendicantes e da Misericórdia, apresentando, [...] como representação maior, a Santa Casa de Misericórdia, que em Vitória (lócus da pesquisa) foi de fundamental importância nas funções sociais da cidade (SIQUEIRA, 2009, p.2). Sobre a ordem cristã e a ação de caridade na égide do projetor colonizador, Maria Siqueira afirma que:

O ideário da doutrina cristã difundiu princípios que sustentavam a dependência social da pobreza e caridade, em uma construção ideológica que vai percorrer a sociedade colonial, independente das novas roupagens do discurso moderno predominante. Para Portugal, a colonização e a montagem de estruturas socioeconômicas hierarquizadas no novo mundo serviam ao claro propósito de preservar a antiga ordem metropolitana. No contexto do projeto colonizador, transferem-se para o Brasil os princípios lusitanos, que ressaltavam a noção de pobreza na concepção da religiosidade, e promoveram a expansão do projeto de assistência pela ação da Ordem da Misericórdia, que promovia auxílio espiritual e material aos necessitados, de acordo com a proposta de assistência social do Estado português (SIQUEIRA, 2009, p. 6).

Neste contexto, Piva (2005) nos diz que:

A criação da Irmandade da Misericórdia na colônia brasileira fundamenta-se nos princípios de reafirmação dos dogmas católicos com o movimento da Contrarreforma, “[...] a vigência do modelo caritativo impulsionado por instituições como a Irmandade da Misericórdia foi uma das consequências da vitalidade da Igreja católica em território português” (PIVA, 2005, p.36).

A prática de oferecer esmolas aos necessitados era um hábito comum em Portugal, principalmente através de caridades cristãs medievais, bodós e mercearias distribuíam alimentos a quem precisava. Além disso, com o surgimento dessas iniciativas de assistência, passaram a oferecer assistência médica e hospedagem em albergarias.

A Irmandade da Misericórdia foi estabelecida no final do século XV, onde, se tornou uma das mais importantes e permanentes instituições de assistência portuguesa. Ela veio para o Brasil “aliada ao projeto colonizador, e retrata uma concepção cristã [...] era a forma dos mais ricos exercitarem a caridade e ascenderem ao reino do céu” (SIQUEIRA, 2009, p.7).

Seu principal objetivo era promover assistência aos necessitados, a “Misericórdia” como era conhecida, prestava assistência aos pobres, presos, alienados, doentes, órfãos desamparados, inválidos, viúvas e aos mortos sem plano funerário. Para garantir recursos e contribuições para esta instituição procuravam os mais afortunados, ou seja, aqueles que tinham mais dinheiro para ajudar.

De acordo com a autora, “Dentre o amplo universo das instituições de assistência pela Irmandade, a mais significativa na colônia foi a hospitalar” (SIQUEIRA, 2009, p. 7). A partir desse momento, instituíram “hospitais públicos” e “Santas Casas”, originando a “Santa Casa de Misericórdia”, assim intitulada por ter sido constituída a partir da famosa instituição “Irmandade da Misericórdia”. Estes hospitais e Santas casas foram criados inicialmente com encargo mais de assistência do que terapêutico, prestavam atendimentos aos necessitados na doença, na vida e até mesmo na morte e no abandono.

Em nosso país, o desempenho desta Ordem de Misericórdia se instituiu, num primeiro momento, pela instituição da esmola, posteriormente pela atuação da assistência institucionalizada, percorrendo consecutivamente a compreender a ideia de filantropia higiênica, visto que, as doenças transmissíveis e as epidemias presentes nas cidades, colocavam em risco, principalmente, a população mais carente.

Conforme se viu ao longo do texto, a pobreza e a caridade andaram juntas na formação social da colônia brasileira, numa ideologia que presumia a logica conservadora do propósito colonizador, em que a miséria perfazia um papel político, social e religioso. Até hoje, numa houve na historia colonial, nenhum registro de indicação que denuncie a iniciativa por parte do governo e da Irmandade em produzir possibilidades sociais mais atuais para reduzir a pobreza e o combate aos inúmeros casos de misérias que se alastraram pelas províncias. Os papeis efetuavam-se no sentido da mensagem cristã, que verdadeiramente comprovava o modo como as pessoas mais carentes vivinha. Sendo assim, não havia perspectivas de transformações, já que o trabalho não era posto em prática.

Por fim, podemos dizer que, a autora se preocupou em abordar o cristianismo no Brasil sob o aspecto da noção de pobreza, onde, foi retratada a relação dicotômica de sua função social que estava pautada em questões como caridade e desigualdade social. Embora, o texto tenha abordado uma cidade específica (Vitória), ele conseguiu fornecer uma visão geral sobre um ponto pertinente para pensar a assistência social portuguesa, que consistiu na análise da expansão da ação da Ordem de Misericórdia.

Referência Bibliográfica Básica:

SIQUEIRA, Maria da Penha Smarzaro. Pobreza no Brasil colonial: representação social e expressão da desigualdade no sistema colonial. In: Revista Eletrônica do Arquivo Público do Estado de São Paulo, n. 24, 2009. Disponível em: <http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao34/materia01/texto01.pdf>. Acesso: 30/03/2023.

PIVA, Izabel Maria da Penha. Sob o estigma da pobreza. A ação da Santa Casa de Misericórdia no atendimento à pobreza em Vitória – ES (1850-1889). 2005. Dissertação de Mestrado, apresentada no Mestrado em História Social das Relações Políticas, UFES, Vitória.  


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