O Gombrich

Johann Paul Grundner

História da Arte

Profa Dra Adalgisa Arantes Campos

1. Gombrich critica as concepções acerca da existência de uma Arte com a maísculo , e leva em conta apenas os artistas ,com suas peculiaridades .Logo , não existe Arte , mas artes .Além disso , o próprio modo de apreciação é relevante em qualquer instância , não cabendo juízo de qualidade da obra.Para o autor , não há mal algum em chamar os diferentes tipos de contrução artística em de arte , arte com letra maíscula  teria , para ele , que ser uma construção imaginária e idealizada que , de fato , não acontece .Para Gombrich , fruir uma obra está diretamente relacionado aos nossos anseios e aversões . Se uma paisagem nos lembra algo positivo , aproveitaremos melhor a obra do que quando nos depararmos com algo que nos avilta ,que nos trará repugnância mesmo sendo uma obra de alta qualidade .
2. A beleza da Arte , para Gombrich , não está no objeto representado , mas na qualidade e na expressividade que artista consegue transmitir na obra .Ele diz que , muitas pessoas gostam de determinadas obras de arte o que elas querem ter na vida real , por isso a obsessão pelo jovem , bonito e pela natureza intocada . Os artistas não nos reprimem por essa obsessão , porém , nem sempre a representação é idealizada , e representa uma obra de arte de alta qualidade , pela expressividade da realidade.Como exemplo , ele usa a pintura do filho de Rubens e da mãe de Dürer , ele comenta que Dürer provavelmente desenhou sua mãe com o mesmo esmero que Rubens pintou seu filho ,o que nos gera a repugnância do desenho em carvão de Dürer é , provavelmente , a sua semelhança e honestidade com a velhice e a feiúra de sua velha mãe.Para ele , a beleza é relativa , e não é a beleza do tema que constiui a qualidade da obra , já que ele assume que a obra de Dürer é uma grande obra , mesmo representando uma mulher velha.

Depois da conclusão da beleza , ele destrincha a qualidade da obra por meio da expressão. Para ele , o que nos faz amar ou odiar uma obra está diretamente relacionado com a expressividade com a qual a obra foi feita . Para exemplificar ele cita um exemplo de duas pinturas de Jesus cristo , a primeira de 1639-40 de Guido Reni que representa Jesus de uma maneira muito bela e romântica e compara ao de 1175 de um pintor desconchecido da toscana , dizendo que o pintor do segundo quadro com certeza se esforçou tanto quanto Guido Reni para conseguir trazer expressividade para sua obra , mas , para conseguir entender seu modo de sentir a obra , precisaríamos entender seu procedimento de pintura.Ele continua afirmando que as pessoas não têm gosto pelo esboço , dando preferência a uma obra de Dürer que representa um coelho com maestria a um elefante esboçado por Rembrandt , dizendo que as pessoas não conseguem ter apreço pelo não terminado e pelo que não parece “real”, mesmo que seja feito com muita qualidade e rica em detalhes , como a pele rugosa do elefante de Rembrandt . Gombrich cita Walt Disney como exemplo , e diz que as suas obras , como o Mickey , não tem nada de proporcionais e reais , mas as pessoas aceitam e gostam , já que tiram os preconceitos e não se preocupam com a Arte com letra maíuscula ao ver a arte de Walt Disney porque querem apenas apreciar , já com os pintores modernos , dizem que não são capazes de fazer uma “boa arte “ quando não desenham com perfeição ou quando não estão em busca de retratar a realidade.Para desarmar este conceito , Gombrich cita a pintura do Galo e da Galinha feita por Pablo Picasso , no galo de 1938 ele representa uma figura pouco parecida com a realidade mas, para provar que fez este desenho daquela forma peculiar por mero prazer desenha em 1941-42 uma galinha com seus pintinhos , extremamente parecidos com a realidade , provando a maestria do pintor.

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