O IMPÉRIO ROMANO

VEYNE, Paul. “O Império Romano”. In: DUBY, G.; ARIÈS, P. História da Vida Privada: do Império Romano ao ano Mil. São Paulo: Cia das Letras, 1989, PP 61-101.

Segundo o autor, os escravos no império romano eram tidos como propriedades e tratados como seres inferiores, deviam obediência e total fidelidade ao seus senhores. Por mas que dissessem que o escravo era tratado como ser humano e não como objeto, percebe-se que, a relação estabelecida entre senhor e escravo era de total desigualdade. Devido ao tratamento recebido, o escravo por muitas vezes se rebelará contra seus senhores, por conta dos sentimentos conflitantes de amor e ódio, resultando por vezes em tragédia e ataques sanguinários, como são relados nos anales criminológicos.

“Em Mogúncia, um epitáfio imortaliza o trágico fim de um amo de trinta anos que o escravo assassinou antes de se jogar no Main para encontrar a morte” p.61

Haviam diferentes tipos de escravo, muitos deles exerciam diferentes papéis no âmbito social, político e cultural, muitos deles até mais ricos que homens livres.

A escravidão na Roma não esta ligada apenas a etnia e ao tráfico, se constituía por muitas vezes por escravas que não tinham opção de ficar com seus bebês, por serem propriedades de seu amo e assim as crianças por vezes eram vendidos ainda sanguinolentos , adultos também se vendiam pra não morrerem de fome, assim como também haviam aqueles que se vendiam por interesse de se tornar em administradores de nobres.

Um exemplo de ambicioso que se vendeu com a finalidade de benefício financeiro, foi Pallas, descendente de uma nobre família da Arcádia, se vendeu como escravo para ser administrador de uma dama da família imperial e acabou como ministro das Finanças e eminência parda do imperador Cláudio. Os escravos e libertos que trabalhavam para imperador eram chamados de colbert ou fouquet, e trabalhavam na parte financeira do príncipe, que era seu senhor.