O LIVRO "PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICO"
Tese: O LIVRO "PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICO". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thiago81 • 14/10/2014 • Tese • 416 Palavras (2 Páginas) • 336 Visualizações
FICHAMENTO CAP. 6 LIVRO “PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA”. Autor: D. SAVIANI
ALUNO: THIAGO SANTOS DE OLIVEIRA - 120190095
O autor distingue a emergência do movimento pedagógico e a escolha da nomenclatura desse movimento, observando que o movimento tornou-se necessário para aqueles que buscavam uma alternativa ao processo pedagógico oficial. Isso ocorreu no final da década de 1970, reflexo de um movimento internacional, que analisava criticamente o caráter reprodutor da pedagogia oficial. Sofreu forte influência do marxismo e de variantes deste, como o maoísmo, versão chinesa do marxismo, que se contrapunha à versão russa. Esse movimento nasceu das reflexões que induziram à rebelião de maio de 1968, que fracassou. Na opinião do autor tentou-se, então, com as teorias crítico-reprodutivistas, explicar esse fracasso.
Concluiu-se que o fracasso se deu porque a mobilização objetivava revolucionar a sociedade por meio da cultura e, dentro da cultura, pela educação. O problema é que não é a cultura que determina a sociedade, mas ocorre o oposto. Neste sentido, desenvolveu-se a teoria da escola como um aparelho ideológico do Estado, cuja função é a de reproduzir e reforçar as condições sociais dominantes. Surgiu também a teoria da violência simbólica, que busca reforçar e legitimar, de maneira dissimulada, as relações sociais já existentes, usando para isso não só a escola mas também os meios de comunicação de massa. Ainda nos anos 1970, na França, surge uma teoria que sugere que a escola inculca a ideologia burguesa e reproduz as relações de dominação existentes naquela sociedade, inclusive em membros do proletariado. Esses mesmos autores entendem, futuramente, que o sistema de ensino é constituído por duas redes: SS (secundária-superior) e PP (primária-profissional), tendo ambas a função de arraigar a ideologia e a reprodução das relações sociais de produção dominantes.
A questão que se impunha, contudo, era a seguinte: se a pedagogia oficial era inaceitável, então qual era a alternativa aceitável? A visão crítico-reprodutivista não respondia a essa pergunta, mostrando assim que não havia solução para o problema. Mesmo com a crítica à política educacional do regime militar, e estando aquele regime à beira da falência, nada mudou no campo educacional brasileiro.
A proposta pedagógica histórico-crítica objetivava articular o processo pedagógico às relações sociais que formavam a base da sociedade. Suas bases teóricas se fundamentaram no marxismo, considerando o processo de formação e consolidação das relações sociais, até a inserção da educação nesse processo. Essa proposta sugere que a educação seja vista como mediadora entre o empírico e o concreto, sendo o professor o mediador entre o aluno e o conhecimento desenvolvido socialmente.
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