O Mercantilismo

Mercantilismo

A Europa no século XIV sofreu muito com a fome, a guerra e a peste. Milhões de vidas foram perdidas, plantações e cidades foram abandonadas pelos pobres sobreviventes. Porém, nos séculos seguintes, a economia européia voltou a se desenvolver. As descobertas tecnológicas aumentaram as forças produtivas da sociedade: os navios se tornaram mais seguros e conseguiu levar mais cargas, novas técnicas de mineração e de metalurgia ajudaram os artesões a fabricar objetos de melhor qualidade, navegadores e comerciantes conseguiam chegar à costa da África, da Ásia e da América, além da invenção da imprensa, na metade do século XV, que ajudou a espalhar os conhecimentos. A população cresceu, o comércio expandiu e assim, os reis e ministros acreditavam que deveriam incentivar e tirar proveito da prosperidade do reino, por isso os Estados absolutistas criaram regras para o funcionamento da economia. Esta intervenção do Estado sobre a economia é dado o nome de mercantilismo.

Desta forma, o Estado aumentava sua força política e se fortalecia economicamente, pois intervinha na economia e era beneficiado com essa intervenção. Os Estados criavam regras que limitavam algumas atividades e estimulavam outras, pois acreditavam que era a maneira proteger a economia, já que assim o reino teria prosperidade, a produção e o comércio cresciam e, portanto o Estado poderia recolher mais impostos, consequentemente, mais funcionários, palácios, soldados, portos e estradas.

Quanto maior o acúmulo de metais preciosos, ouro e prata, mais forte, rico e poderoso, seria o Estado. A este ideal dava ao nome de metalismo. Para conseguir metais preciosos, era necessário que o Estado obtivesse uma balança comercial favorável, que implicava em exportar (vender) mais do que importar (comprar). Para obter uma balança comercial favorável, o Estado adotava medidas como barreiras alfandegárias, que proibia as importações ou cobrava impostos dos comerciantes que comprassem produtos do estrangeiro. Porém, era necessário ter o que exportar, assim o Estado estimulou o desenvolvimento de manufaturas, permitindo as importações das matérias-primas necessárias e eliminando taxas para exportação de artigos manufaturados.

O Estado definia quem poderia ser dono de uma manufatura e o que ela produziria, dessa forma o burguês interessado em abrir um negócio, comprava do Estado a autorização, com a qual fazia com que o burguês tivesse o monopólio daquele tipo de negócio, pois o Estado não vendia o mesmo direito a outro, livrando o da concorrência e contribuindo também para o lucro do Estado, que aumentava sua riqueza com a venda de direitos de monopólio. O Estado dava grande importância às manufaturas de luxo, pois acreditavam que estes produtos de preços altos, proporcionavam maior riqueza, já que os pobres compravam pouco, mas os ricos burgueses e nobres, por sua vez, compravam muito.

Com as grandes navegações, buscavam produtos que poderiam ser vendidos na Europa, gerando grandes lucros. A colonização da América também estava ligada a este objetivo de exportar o máximo possível, a colônia deveria fornecer à metrópole produtos que seriam vendidos para outras nações. Assim os mercadores se uniam e formavam as companhias de comércio, que pagavam ao rei o direito ao monopólio de comércio colonial.

A agricultura era a atividade menos controlada, mesmo sabendo que a produção de matérias-primas melhoraria a balança comercial, porém a imprevisibilidade da natureza fazia com que o Estado a deixasse de lado. Assim o Estado dava mais atenção às atividades como a colonização, o comércio e as manufaturas.

O Estado acreditava também que quanto maior fosse à população de um país, mais pessoas estariam trabalhando nas manufaturas, além de servir ao exército e à marinha. Para isso não era necessário fazer com que os pobres tivessem filhos, mas garantir que eles chegassem à idade adulta. Desta forma o Estado promulgava leis para os pobres, que previam até criações de casas de assistência aos mendigos e órfãos, impedindo que eles morressem de fome e frio. Nessas casas, eles eram obrigados a aprender uma profissão e a trabalhar nas manufaturas do rei, com muito esforço e pouca recompensa. Aqueles que fugissem, poderiam ser presos, espancados e até enforcados.

Características do Mercantilismo

• Metalismo
  
  “O metalismo configura-se como a essência da atividade econômica. Consiste na concepção que identifica a riqueza e o poder de um Estado com a quantidade de metais preciosos por ele acumulados. A obtenção de ouro e prata viabilizou-se com a exploração direta das colônias ou com a intensificação do comércio externo.”

 [Portal Educação. http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/37289/principais-caracteristicas-da-politica-mercantilista#ixzz4DV3AyvI0 ].

• Balança Comercial favorável
  
  “Com o mercantilismo surge pela primeira vez o conceito de balança comercial, uma vez que os países se veem forçados a desenvolver ao máximo as exportações de produtos que são pagos em ouro e prata e reduzir ao mínimo possível as importações que seriam pagas nestas mesmas médias. Assim sendo, a balança comercial seria sempre favorável.”                                                [Portal Educação. http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/37289/principais-caracteristicas-da-politica-mercantilista#ixzz4DV3AyvI0 ].

• Protecionismo alfandegário.
  

“Restringia as importações impondo pesadas taxas alfandegárias aos produtos estrangeiros, ou até mesmo proibindo que certos artigos fossem importados.”

[Portal Educação. http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/37289/principais-caracteristicas-da-politica-mercantilista#ixzz4DV3AyvI0 ].

•  Intervenção na ordem econômica.
  
  “Buscando manter uma balança favorável, o Estado exerceu seu poder de forma altamente centralizada e buscando controlar em todos os seus aspectos a atividade econômica. Para isso, estabelecia um conjunto de leis que regulassem a produção e o comércio, como vias de se conseguir uma melhor organização que facilitasse sua implementação.”                                     [Portal Educação. http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/37289/principais-caracteristicas-da-politica-mercantilista#ixzz4DV3AyvI0 ].
• Monopólio
  
  “Os Estados absolutistas exerciam diversos tipos de monopólio: de comercialização, de exploração, de transporte, dentre outros. O monopólio era um importante componente da política comercial do Estado. Quando este não o exercia diretamente, transferia o direito de monopólio a particulares, sejam pessoas, sejam empresas.”                                                             [Portal Educação. http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/37289/principais-caracteristicas-da-politica-mercantilista#ixzz4DV3AyvI0 ].

• Pacto Colonial:

“Exploração das colônias a fim de se garantir balança comercial favorável. Aqui as colônias só poderiam negociar com a metrópole colonizadora.”