O Patrimônio Histórico
Por: Fernanda Ribeiro • 13/10/2015 • Abstract • 841 Palavras (4 Páginas) • 187 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO LICENCIATURA EM HISTÓRIA –
Modalidade EAD – Semipresencial
DISCIPLINA: Patrimônio Cultural Brasileiro
Professora-Coordenadora: Anita Correia Lima de Almeida
Aluno (a): Fernanda dos Santos Ribeiro Oliveira
Matrícula: 14116090224
Pólo: Duque de Caxias
QUESTÃO 1:
Conforme apresentado no texto, entende-se por noção de valor documental dos vestígios do passado, um documento histórico a ser preservado, visando à produção de conhecimento sobre as sociedades humanas. Portanto, definir o que deve ser preservado é de tanta responsabilidade, pois ao escolher/selecionar o que guardar do passado na memória e para gerações futuras, outros tantos vestígios são excluídos.
QUESTÃO 2:
De acordo com Nobert Elias, o processo de construção das nações é uma etapa do processo de formação dos estados nacionais. As nações são construções recentes, que tiveram início nas sociedades estatais européias da segunda metade do século XVIII. Elas se constituíram na medida em que os Estados assumiam características nacionais, isto é, quando, uma interdependência funcional entre diferentes extratos sociais se concretiza de tal forma que nenhum dos grupos ali circunscritos pode desconsiderar as expectativas ou as necessidades dos outros.
QUESTÃO 3:
As conexões entre as políticas de preservação do patrimônio e a formação de estados nacionais foram estabelecidas quando o investimento feito no sentido da escrita de uma história nacional apontava para uma origem bastante remota da nação e uma ancestralidade a ser perseguida e comprovada, em nada relacionada com o momento presente, no qual ela estava efetivamente sendo construída. Sendo assim, a preservação dos vestígios materiais teria o papel de comprovar a sua existência ancestral. Nesse momento, o interesse em se preservar monumentos e sítios históricos, que dariam concretude à biografia da nação e, concomitantemente, os instrumentos e normas para a preservação do patrimônio nacional começaram a ser formulados dentro dos processos de formação dos estados nacionais. Deu-se aí a convergência entre a genealogia da nação e o estabelecimento da proteção legal do patrimônio nacional.
QUESTÃO 4:
Esse recenseamento realizado ao longo do século XIX foi a ferramenta utilizada para responder àquela pergunta e conferir veracidade às escolhas do que foi definido como patrimônio histórico francês, isto é, aquilo que representaria as origens da nação francesa. O referido inventário levantou e registrou os vestígios materiais do passado medieval, escolhido como momento fundador da nação francesa. O mesmo inventário, por outro lado, ignorou os vestígios materiais da arte barroca, tendo sido renegados e até mesmo suprimidos nas restaurações realizadas naquele momento, especialmente por Violet le Duc (Choay, 2001). Desde então, os recenseamentos, censos ou os inventários, independentemente das metodologias adotadas, se disseminaram em diversas frentes de ação das políticas de Estado no século XIX.
QUESTÃO 5:
Algumas mudanças no modo de pensar, que ganharam corpo na sociedade brasileira na década de 1920, envolvendo a idéia de modernidade que se almejava alcançar criaram as condições de possibilidade para a associação sui generis entre modernidade e tradição que caracterizou a fundação das ações de proteção do patrimônio histórico e artístico nacional de modo bastante singular, no Brasil. Através de algumas características da conjuntura brasileira que tornaram viável a institucionalização de uma política de patrimônio, a adequação dessa política às políticas mais amplas implementadas pelo governo Vargas, e as características que a proteção do patrimônio cultural adquiriu em função da percepção da realidade e da visão de mundo dos agentes dessa construção.
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