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O Rio De Janeiro Antigo ( Conjuntos Arquitetônicos Do Rio De Janeiro)

Trabalho Universitário: O Rio De Janeiro Antigo ( Conjuntos Arquitetônicos Do Rio De Janeiro). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/2/2015  •  5.915 Palavras (24 Páginas)  •  427 Visualizações

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Conjuntos Arquitetônicos do Rio de Janeiro

Angela Borges

Sumário:

A Praça xv de Novembro.

a Ermida de Nossa Senhora do ó e convento do Carmo.

O Beco dos barbeiros.

O Paço Imperial.

O Arco do teles ( residência dos teles de Meneses ).

O chafariz e o cais.

O Piso da praça.

A Cadeia.

A igreja da cruz dos militares.

O Mosteiro do São Bento.

O morro da conceição.

O Largo da carioca.

PRAÇA XV DE NOVEMBRO

A Atual Praça XV de novembro,com seu espaço delimitado desde o séc XVII nem sempre foi assim chamada. Já teve nome de Várzia de Nossa Senhora do Ô, Terreiro da Polé, Largo do Carmo, Terreiro ou Largo do Paço, Praça D. Pedro II e por fim Praça XV de Novembro, sua importância se deu até a república, transformando-se no centro cívico do país. Reunido no Largo do Paço temos grandes estruturas históricas como: Sua primeira estrutura foi a ermida de N. S. do Ó que fora doada aos carmelitas em 1590 e que mais tarde deu lugar a igreja de Nossa Senhora do Carmo ( Antiga Sé),convento dos carmelitas,Paço Imperial , residência dos Teles de Meneses, Chafariz e o cais. Enfatizemos que ao convento devemos a existência da praça, pois graças as suas exigências de ter vazio o terreno entre o convento e o mar é que devemos a delimitação da nossa praça XV de Novembro.

Ermida de Nossa Senhora do Ó e Convento do Carmo:

As Ermidas se caracterizavam por simples e toscas capelinhas, erguidas por um devoto ou um grupo deles, para abrigar uma só imagem. Estas simples capelinhas tinham um único altar e sacrário. A Ermida de Nossa Senhora do Ó, fora a primeira construção da praça, não se sabe ao certo sua data e nem quem a fundou, porém diz Moreira de Azevedo ter sido “uma mulher devota”, Nossa Senhora do Ó e a mesma invocação de Nossa Senhora do Parto. A devoção dos primeiros povoadores do Rio de Janeiro disseminou pela Várzea e pelos morros, neles foram construídas numerosas ermidas sob várias invocações, testemunhos de fé ou em cumprimento de promessas, muitas dessas capelas toscas deram origem a templos que no mesmo local se ergueram.

Em 1589, chegaram ao Rio de Janeiro os frades Pedro Ferraz e João Porcalho, que aqui vinham fundar a casa da Ordem de São Bento, não tendo como alojá-los, o governador, Salvador Corrêa de Sá , designou-lhes para residência da N.S do Ó e seu hospício. Nela não se detiveram por muito tempo os monges, pois receberam a doação de uma capela localizada no alto do monte chamado de “morro de Manoel Brito”, nome este do sesmeiro doador das terras, iniciando assim a construção do mosteiro em 1550, logo chamado de mosteiro de São Bento.

Houve então a desocupação da Ermida de N.S.do Ó, no mesmo ano de 1590,nela se instalou o Frei Pedro Viana e seus companheiros, que vinham estabelecer um convento da Ordem do Carmo,estes receberam varias propostas de se mudarem para outros locais,porém decidiram que nenhum era tão apropriado e satisfatório quanto aquele onde se achavam, em frente ao mar,assim lhes foi dada definitivamente a Ermida do Ó e suas dependências em 1611,porém só em 1619 iniciaram os carmelitas a construção de seu convento definitivo. Assim toda área onde hoje se localiza a praça XV, pertenceu aos carmelitas por longo tempo, até que em data desconhecida a câmara comprou a área fronteira do convento, porém os Frades cederam com a condição de usá-la como rossio “ Praça Publica” da cidade, isso prova o fato de no seu centro ter sido erguido o pelourinho ou “ Polé”, emblema da justiça e marco dos foros da cidade.Por este motivo teve o largo, durante algum tempo a designação de Terreiro da Polé.

Em 1683, os oficiais da câmara, pretenderam vender os lotes frontais do convento pertencentes a eles, alarmados os frades com a possibilidade de perderem a vista para o mar de que desfrutavam e impedidas as brisas de lhes chegarem as janelas, protestaram contra as intenções da câmara,o que foi atendido. Assim os carmelitas ocuparam o local até 1808, quando tiveram que ceder espaço para a chegada da Família Real. Hoje o antigo convento está ocupado pela Universidade Candido Mendes e a antiga capela de Nossa Senhora do Ó,posteriormente consagrada como Nossa Senhora do Carmo,esta sofreu ao longo do tempo inúmeras transformações até ser elevada a condição de capela real em 1808 , esta oficial da Família Real durante sua estadia no Brasil.Posteriormente foi elevada a categoria de catedral do Rio de Janeiro , se transformando assim em Igreja de Nossa Senhora do Carmo catedral da Sé. Grandes comemorações foram realizadas na catedral como: A única igreja das Américas que serviu de Palco para consagração de um rei e a coroação de dois Imperadores,foram realizados lá o casamento de Pedro I e Pedro II e batismos de grande parte da realeza etc.

Em 2008, em comemoração aos 200 anos de chegada da Família Real no Brasil, foram feitas escavações no interior da Antiga Sé, um convênio da Prefeitura do Estado do Rio de janeiro com o Instituto de Arqueologia Brasileira- IAB. Foram descobertas cinco estruturas diferente, desde o séc XVI ao XX, desde a antiga Ermida do Ó , até as construção atual, isso nos mostra os processos de reconstruções na qual ela passou dentro da História. Foi encontrado também em sua base ( ocupação mais antiga), um trecho de Paliçada;(técnica de barreiras de madeiras utilizada por nativos para se defenderem de invasores Europeus no séc XVI), porém, esta paliçada tem base de taipa de Pilão( madeira recheada de argamaça),técnica de origem Européia, assim podemos perceber que as técnicas nativas foram incorporadas e readaptadas pelos invasores do Sèc XVI. Foram encontradas ainda junto ao mesmo: uma fogueira e um machado rudimentar, segundo Professor Ondemar Dias; Arqueólogo coordenador geral do projeto.

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