O Trabalho de História
Por: Leticiacesar • 30/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.402 Palavras (6 Páginas) • 96 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL SÃO ROQUE
ESCRAVIDÃO NEGRA NA AMÉRICA PORTUGUESA:
Causas da escravidão negra
Guilherme Lopes Pires
Letícia Cesar de Jesus Silva
Professor Sandro Zarpelão
São Roque – SP
2021
Introdução
A escravidão no Brasil foi uma prática social violenta e desumana que existiu durante mais de 300 anos, sendo responsável pela escravização de milhares de indígenas e africanos. Os primeiros escravos africanos chegaram ao Brasil em meados no século XVI, pouco depois da frota de Pedro Álvares Cabral chegar às terras.
O tráfico de escravos foi, durante séculos, uma das atividades mais lucrativas do comércio internacional. A escravidão se estabeleceu no Brasil na década de 1530, quando as primeiras medidas de colonização foram inseridas pelos portugueses, sendo o sistema das capitanias hereditárias e deram início ao processo de colonização da América Portuguesa.
Inicialmente, o trabalho utilizado pelos portugueses foi a do escambo com os indígenas, mas logo introduziram a escravidão. A escravidão negra afetou milhares de indígenas e africanos e disseminou preconceitos em diversas sociedades.
Capitulo 1 – Como era a escravidão africana antes da chegada dos portugueses?
Durante um bom tempo, acreditava-se que a escravidão ocorrida na África fora mais moderada e humanista comparada à escravidão inserida na América até o século XIX. No entanto, não se pode comparar a violência da escravidão na África com a da escravidão na América.
A escravidão africana sempre existiu no Continente da África, já que exercida por muitos povos da região. Geralmente a tribo vencedora de um conflito impunha ao vencido a servidão como espólio de guerra.
As pessoas se tornaram escravizadas na África principalmente por guerras. Outra forma de escravidão na África foi a escravidão por dívida: o indivíduo endividado passava a ser escravo do credor da dívida.
Os africanos escravizavam-se uns aos outros por causa da identidade cultural. Eles não se conheciam como africanos, eles se identificavam de diversas maneiras como: pela família, tribo, etnia, língua, religião, etc.
Tinha várias maneiras de um indivíduo se tornar escravo na África. O mais comum era o escravo de guerra, como citado anteriormente. Guerras entre vizinhos produziam um número de indivíduos capturados significativo que poderia ser vendido na Costa como escravo.[pic 1]
Estudos apontam que a existência da escravidão na África refere-se a antiguidade do Egito, ressaltando que, desde a I Dinastia, havia escravos negros, provenientes de regiões como Núbia, Cordofã e Darfur.
Início da escravidão na África
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravidao-na-Africa.htm
Capitulo 2 – As razões religiosas na escravidão negra
Por que a Igreja Católica se calou e até mesmo incentivou a escravidão negra no Brasil? Essa é uma questão que historiadores tentam descobrir até hoje.
Inicialmente temos que pontuar que os religiosos eram contra a escravidão indígena, pois, queriam converter os mesmos. Por outro lado, a Igreja não era contra a escravidão negra e não tinha como ser, porque tinha um alto problema de mão-de-obra para tocar o projeto colonial, e a escassa população portuguesa dificultava qualquer possibilidade de estabelecer uma política emigratória de mão-de-obra assalariada para a colônia. Não teria outro método que a igreja pudesse apresentar para resolver esse problema sem ser os escravos. A escravidão negra naquele período era considerada estrutural e inevitável, alguns ousavam dizer que sem a escravidão não existiria Brasil.
A união entre a Igreja Católica no projeto colonial já se iniciava no continente africano, onde os religiosos ficavam nos navios negreiros catequizando as almas dos negros escravos. A Igreja Católica tinha muito a ganhar nessa união com o estado português, apesar de se subordinar a eles, os católicos tinham exclusividade de ação nas terras conquistadas pelos portugueses, por outro lado o rei poderia recolher o dízimo dos fiéis. Nesse sistema a coroa teria obrigação de remunerar o clero e construir e zelar pela conservação dos edifícios da Igreja.
Essa união servia, principalmente, para justificar a escravidão negra, conforme Hornaert, a Igreja servia como uma “lavagem cerebral” nos escravos e ao tempo os mesmos iam se entregando completamente a essa vida de escravo, se tornando submissos.
Os Católicos, por outro lado, também eram proprietários de terras e precisavam de mão-de-obra para sua manutenção e, assim, também se apossaram de escravos. Muitos religiosos se tornaram senhores de engenhos, e não só aceitavam a escravidão como também usavam de violência contra os escravos negros.
Capítulo 3 – A dupla função econômica da escravidão negra
A função econômica da escravidão negra era suprir a mão de obra das grandes fazendas produtoras de cana-de-açúcar. Os portugueses já haviam dominado o litoral africano e assim começaram a busca pelos negros, foi daí que se estabeleceu o tráfico negreiro uma prática que atravessou séculos e forçou diversos negros a saírem de seus locais de origem para terem seus corpos escravizados.
Além de fazendas, os escravos também eram, amplamente, na mineração e nas demais atividades agrícolas, que ganharam espaço na economia entre os séculos XVI e XIX. Sendo assim, os escravos foram essenciais para a manutenção da economia. Vale lembrar que alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos e/ou urbanos.
Os escravos eram a base da economia colonial e imperial. A economia do Brasil colonial se consolidou sobre a grande propriedade territorial, em que se tinha um empreendimento comercial para fornecer a metrópole gêneros alimentícios e os metais preciosos, sendo utilizado principalmente a mão de obra escrava.
[pic 2]
Mão de obra escrava
Fonte: http://historiollando.blogspot.com/2013/11/mao-de-obra-escrava-economia-colonial-e.html
Capítulo 4 – Qual era a diferença entre a escravidão feita por reinos africanos da realizada pelos portugueses?
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