O conceito de necessidade de curso estudos de história local no ensino fundamental

1. O livro didático se configura um dos recursos pedagógico utilizados pelo professor no trabalho com a história. Pesquise em um livro didático de história; selecione uma imagem utilizada pelo(s) autor(es) em que você verifica que está trabalhando a “história local”.

Faça uma análise crítica sobre a forma como o conteúdo é tratado neste livro e considere na sua análise:

- Abordagem utilizada pelo autor, relações feitas, presença de visões ultrapassadas ou não, presença de possibilidades de reflexão crítica (10 a 15 linhas). (3,0 pontos)

A Coleção Histórias de Goiás é uma série de pequenas obras referentes à história regional do Estado de Goiás. São seis volumes, cada qual trazendo uma temática diferente. O grupo de autores das obras é formado por professores e mestres em História, formados pela Universidade Federal de Goiás. Trata-se de um projeto que foi efetivado graças ao apoio da Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira e à Universidade Estadual de Goiás.

Os desafios da história local envolvem a necessidade de se abordar uma história antes não retratada, cuja produção ficava subjugada à produção dos profissionais dos chamados “grandes centros”. Num primeiro instante, os estudiosos da história regional se preocuparam em escrever uma “outra história” e, militantemente produziram textos apaixonados e bastante subjetivos. No entanto esse foi um momento necessário. Percebemos hoje que a história local pode abordar o concreto e o cotidiano, fazer a ponte entre o individual e o social, sem defini-los separadamente – ou ainda, simplesmente sem defini-los. Dessa forma, a obra “História da transferência da capital” é um paradidático pensado para trabalhar o específico, o local, não descartando a história já produzida por outros profissionais locais, nem sobre outros lugares do Brasil ao longo dos anos. As representações sobre modernidade e patrimônio histórico estão presentes no nosso processo histórico. No entanto, a abordagem da história local, é pensada também no seu hibridismo, das memórias, das histórias que compõem esse campo do regional goiano. Vista como um ato político, a transferência da capital foi fundamentada – para Pedro Ludovico Teixeira e seus coligados à época da década de 30 do século XX – na falta de infra-estrutura e no pouco crescimento demográfico da cidade de Goiás. Em nome desse discurso, Goiânia – a nova capital e uma cidade planejada – foi planejada para surgir como uma cidade moderna, sobretudo em relação à antiga Vila Boa de Goiás – uma cidade de origem colonial. As casas, as ruas e os prédios administrativos da nova cidade começaram a emergir, se contrapondo às construções da antiga capital. O traçado presente no plano de edificação de Goiânia demonstrava que a nova capital precisava surgir para representar uma capital – uma cidade político administrativa. Em contrapartida, para enfatizar a modernidade proposta para Goiânia, enfatizou-se também o caráter religioso e colonial da “velha” Vila Boa: suas casas construídas a meias paredes; a falta de um sistema de água e esgoto; os morros da Serra Dourada como entraves para o crescimento da cidade. Portanto, a cidade de Goiás apareceu como um local em que o progresso era praticamente impossível.

2. Procure nos Parâmetros Curriculares Nacionais (História e Geografia), disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf os objetivos gerais de História para o Ensino Fundamental e associe a uma ou mais tendências historiográficas estudadas no livro didático, e cite a que não cabe nos objetivos apresentados. Justifique sua resposta com um texto de 10 a 15 linhas. (3,0 pontos)

O estudo da História possibilitará que os alunos gradativamente possam ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente comparando-a e relacionando-a com outras realidades históricas, situando-as nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço para reflexão sobre possibilidades e/ou necessidades de mudanças e/ou continuidades.

Objetivos:

 Resgatar sua história e a de sua família, tendo consciência que é também agente ativo no meio em que vive;

 Relacionar aspectos particulares e gerais no estudo da formação histórica e espacial brasileira;

 Reconhecer semelhanças e diferenças, mudanças e permanências entre os mais variados contextos;

 Compreender o processo de colonização do Brasil e suas especificações;

 Discutir as relações passado-presente,analisando criticamente o processo de desenvolvimento do homem;

 Compreender o processo de formação e consolidação do Estado Brasileiro nos séculos XIX e XX;

 Discutir as relações passado-presente, analisando criticamente o processo histórico brasileiro, bem como a cidadania e o desenvolvimento cultural;

 Conhecer e analisar criticamente diversos contextos históricos da Antiguidade e da Idade Média;

 Reconhecer semelhanças, diferenças, mudanças e permanências na comparação de diferentes contextos históricos;

 Conhecer, compreender e analisar criticamente o processo de formação histórica do mundo moderno e contemporâneo e o desenvolvimento político do Brasil;

 Reconhecer semelhanças e diferenças, mudanças e permanências na comparação de diferentes contextos históricos.

Espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos gradativamente possam ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas, e, assim, possam fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações.

3. No livro didático, você estudou sobre a importância do estudo da “História local”, nos anos iniciais. Abaixo transcrevemos o quadro com base na sugestão das autoras Schmidt e Cainelli (2004), para a investigação dos bens materiais. Escolha uma das três sugestões: edifícios históricos, monumentos e/ou estatuárias ou um topônimo e siga o roteiro apontado. O importante é escolher um destes