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OS REIS TAUMATURGOS - Marc Bloch

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Por:   •  9/4/2014  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  801 Visualizações

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

História – Medieval I

Os reis taumaturgos - Marc Bloch

“Em todos os países, os reis eram então considerados personagens sagradas; pelo menos em

certos países, era tidos como taumaturgos. “Tocaram as escrófulas”, significado que eles

pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa

moléstia; acreditava-se comumente em sua virtude medical.” (43)

Naquela sociedade profudamente enraizada através dos dogmas da igreja, naturalmente as

pessoas tinhas facilidade de crer em milagres. Como os reis tinham poder e prestígio, era fácil

dominar a forma de pensar das pessoas.

“O que colocou os reis em tal veneração foram principalmente as virtudes e poderes divinos

que se desenvolveram apenas neles e não nos outros homens.” (44)

Os reis eram escolhidos por deus. Já percebe-se uma exclusão do poder de todo povo.

“Pelo menos até onde os textos nos permitiam, seguimos as seculares vicissitudes do milagre

régio no decorrer dessa pesquisa, esforçamo-nos por esclarecer as representações coletivas e

as ambições individuais que, misturando-se uma às outras numa espécie de complexo

psicológico, levavam os reis da França e da Inglaterra a reivindicar o poder traumaturgico e

também explicamos o milagre em suas origens e em seu longo sucesso.” (267)

O rei viu uma oportunidade de aumentar seu poder podendo se aproveitar dessas

“representações coletivas” criadas pela igreja, formando uma “mentalidade ingênua” nas

pessoas da época.

“Quanto às multidões, estas nele acreditaram com toda a paixão.” (268)

As pessoas acredivaram na cura através do rei, pois sendo uma divindade, poderiam ser

ajudadas.

“No século XVII, os partidários do caráter sobrenatural da realeza protestaram diversas vezes

contra a ideia de que as curas, por eles atribuídas à sagrada mão dos reis, podiam ser produto

da imaginação.” (272~273)

Nessa passagem, o autor apresenta opositores ao método de cura. Eles diziam que não se

passada de ilusão por parte do povo. Que na verdade só queriam acreditar que poderiam ser

realmente curados. Não procuravam saber se o rei de fato curava.

“Não imaginemos que alguém tenha jamais exigido do toque um sucesso imediato.” ; “... se a

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