Os Desafios de ser professor/a de História na atualidade
Por: Susana Fernandes • 6/11/2015 • Seminário • 1.126 Palavras (5 Páginas) • 2.100 Visualizações
Larissa Machado Leonetti – Noturno.
Os Desafios de ser professor/a de História na atualidade
Introdução
O texto a seguir compreende de forma breve algumas dificuldades do ensino de História nas escolas, com base nos textos lidos em sala de aula na disciplina de Prática de Ensino de História e Estágio Supervisionado I, procurei dissertar sobre o papel do professor de História em sala de aula e o uso dos livros didáticos como material base do ano letivo, assim como o conteúdo historiográfico dos mesmos e as possíveis abordagens dos temas históricos para torná-los mais interessantes em sala de aula.
Os professores são as principais vias de ligação entre as políticas educacionais e escola. São eles que vão organizar e conduzir as atividades escolares, e sua inserção está marcada pela sua história pessoal, formação profissional, e as maneiras escolhidas de se apropriar e articular as normas, condutas e valores sociais. Os professores trazem para a sala de aula sua visão de mundo, dos seres humanos e de conhecimento que são trocados entre outros professores, diretores, funcionários e alunos.
Mesmo com um papel importante em sala de aula e na escola, os professores de várias disciplinas, aqui em um recorte na disciplina de História, encontram grandes dificuldades e resistências tanto no relacionamento entre alunos e colegas de trabalho, quanto dificuldades nas condições de trabalho. Uma das dificuldades encontradas é em relação ao material didático, sendo carência desse material ou orientações da instituição onde lecionam sobre como conduzir as aulas de acordo com os livros didáticos disponibilizados.
Quando os professores são orientados pela instituição escolar que atuam, não lhes é propiciada oportunidade para desenvolver um trabalho da área ou interdisciplinar. Essa situação é agravada por outros fatores como: falta de recursos didáticos, infra-estrutura escolar precária, dificuldade de encaminhar um trabalho motivador para os alunos que concilie os conteúdos ensinados em sala e a própria realidade dos alunos, e a postura dos alunos em sala de aula.
Ao mesmo tempo que os professores de História , já formados e atuantes no ensino, estão presos em um molde generalizado de ensino da disciplina, fica difícil para os recém formados entrando no mercado de trabalho um rompimento com essa prática de ensino “livresco”, que provém unicamente dos livros e não da experiência, esse tipo de transmissão de ensino na disciplina de História não propicia ao aluno a vontade da investigação histórica.
A investigação histórica seria a prática do ensino da História, ou seja, a problematizarão, o questionamento da bibliografia, dos livros didáticos e textos escolhidos em salas, e a constatação da realidade e contexto histórico social que estão inseridos. Sem a parte prático do ensino da História, forma-se alunos reprodutores de uma ciência já pronta, aquela História factual e linear, e incapazes de colocarem-se diante do processo social, capaz de agir e transformá-lo.
Os graduando do História, e futuros professores, passam quatro anos ou mais estudando a disciplina e, de repente, se vêem diante da realidade depois de formados. Os recém formados professores quase sempre não tem segurança nem da sua própria concepção de História e de ensino, e diante disso tentam reproduzir o que foi aprendido nas salas de aula da graduação com a intenção de se fazer o melhor possível. E confuso até quanto aos critérios da escolha do livro didático a ser trabalhado em classe, e como aplicá-lo, pois são livros com visuais modernos mas com conteúdos antiquados.
O livro didático na sala de aula é mais que um material base para o ano letivo, assim como qualquer outra produção textual ele é filho do seu tempo e do contexto político e social regente na época de sua publicação, e também é um limitador para o aluno estudante de história pois é um material baseado nas teorias psicológicas de estímulo resposta. Impossibilitando assim o estudo prático da disciplina de História.
Guiando as aulas dos professores durante o ano, os livros didáticos tem ausência quase que completa de textos filosóficos ou sociológicos integrais, tornando assim a atividade da leitura completa de um estudante quase que escassa. Além de que há docentes que escolhem como único material de ensino o livro didático, e no ensino de História essa escolha pode também ser a escolha da corrente Histórica a ser ensinada.
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