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Os Papéis Do Professor E Os Desafios Da Inclusão Na Educação Infantil

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Por:   •  19/3/2014  •  4.185 Palavras (17 Páginas)  •  796 Visualizações

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OS PAPÉIS DO PROFESSOR E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

*Greice Helena Bueno Coelho

*Solange Francisca da Silva Santos

RESUMO:

Este artigo discute do processo de inclusão na Educação Infantil e todos os aspectos da educação de crianças com necessidades educativas especiais, procurando estabelecer a relação entre inclusão e o desenvolvimento global da criança que necessite de uma educação especial. Os objetivos principais deste artigo consistem em propostos na educação infantil têm o professor como mediador do processo ensino – aprendizagem, organizado de acordo a promover o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança. Neste sentido, descreve- se sucessivamente os passos em busca dessa integração entre inclusão e desenvolvimento da criança. Ele expressa as dificuldades e oportunidades de ensinar as crianças sobre diferenças individuais e sobre a aceitação do outro em suas diferenças.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Desenvolvimento. Criança. Aprendizagem

ABSTRACT:

This article discusses the process of inclusion in the childhood education and all aspects of educating young children with special needs, looking for to establish the relation between inclusion and global development of child that need a special education. The main aims of this article consist on the purpose that special childhood education has the teacher like mediator of the process teaching-learning, organized according to provide the social, affective and cognitive development of child. In this meaning, describe the successive steps to forward this integration between inclusion and development of child. It expresses the difficulty and opportunities to teach children about individual differences and about accepting individuals who are different.

KEY WORDS: Inclusion. Development. Child. Learning.

INTRODUÇÃO

O processo de inclusão como conhecemos e vivenciamos atualmente, desenvolveu – se ao longo da história marcado por forte rejeição e extrema, discriminação, piedade e comiseração, preconceito e até superproteção. Na Grécia Antiga as crianças anormais e débeis eram sacrificadas ou escondidas, na idade média acreditava que deficientes mentais eram possuídos por demônios enquanto aos cegos e surdos eram atribuídos poderes sobrenaturais no pensamento filósofo cristão a crença oscilava entre culpa e expiação de pecados até que com o Santo Tomás de Aquino, a deficiência passa a ser considerada como um fenômeno natural da espécie humana. No renascimento começa a busca por explicações para as causas das deficiências, mas ainda de forma segregada e excludente com caráter assistencialista e terapêutico, na França Charles M. Eppé criou o “Método de Sinais” para a comunicação com surdos, em Paris Valetin Hauy, criou o sistema de leitura e escrita por caracteres em relevo, aperfeiçoado por Louis Braille que criou o sistema braile, abrindo perspectivas de comunicação, educação e independência para as pessoas cegas. No século XIX o médico Francês Jean Marc Itard sistematiza um método de ensino inspirado na experiência do menino selvagem de Ayeron (sul da frança), que consistia na repetição de experiências positivas. No Brasil, a primeira escola especial foi criada em 1854, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, no Rio de Janeiro e, em 1857, o Instituto Imperial de Educação de Surdos. Na segunda metade do século XIX as escolas especiais começam a se proliferar por toda a Europa e Estados Unidos, no Brasil em meados do século XX surgem a PESTALOZZI e as APAES, só com o passar do tempo essas deficiências seriam tratadas através do processo de integração que vivemos atualmente.

No final do séc. XX, as lutas pelo respeito às diferenças culturais e de identidade ganharam visibilidade por meio de manifestações contra o preconceito, a discriminação, a exclusão e a marginalização social. A escola, como espaço social, não pode ficar alheia a essas discussões.

Assim, a idade contemporânea está marcada pelo paradigma da cientificidade, do psicologismo, da valorização dos testes quantitativos, do treinamento sensorial e motor. A Declaração dos Direitos Humanos (1948) vem assegurar o direito de todos à educação pública, gratuita. Essas ideias, reforçadas pelo movimento mundial de integração de pessoas com deficiência, defendiam oportunidades educacionais e sociais iguais para todos, essa igualdade é assegurada no artigo 3 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) no inciso I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola significa tratar os iguais como iguais e os diferentes como diferentes, contribuindo fortemente para a criação dos serviços de educação especial e classes especiais em escolas públicas no Brasil, a fim de promover a passagem do modelo educacional segregado para integração de pessoas com deficiências na escola, no trabalho e na comunidade, tendo em vista a igualdade e justiça social.

No âmbito da educação infantil e especial, a democratização do ensino traz consigo o conceito de educação como direito social e cultural que valoriza a diversidade como forma de aprendizagem, de fortalecimento e modificação do ambiente escolar e da comunidade para que aconteça a aprendizagem.

Nesse processo o professor realizará as adaptações, complementações ou suplementações em três níveis: no projeto pedagógico, no currículo desenvolvido na sala de aula e algumas vezes no plano individual que venham a ser necessárias para se trabalhar com a sala em um todo, uma vez que os parâmetros curriculares nacionais (BRASIL, 1999) recomendam a adoção de currículos abertos, diversificados e flexíveis quanto a organização e ao funcionamento da escola para atender a diversidade que ali se encontra presente, respeitando os eixos que compõem a estruturação do currículo da educação infantil, são eles: formação pessoal e social (identidade, autonomia, brincar, movimento e conhecimento de si e do outro) e conhecimento do mundo (diferentes formas de linguagem e expressão, artes, música, linguagem oral, escrita e matemática, conhecimento da natureza e sociedade), o professor deverá segundo GUIJARRO (1992) desenvolver uma proposta educativa e um programa curricular para os alunos com necessidades educacionais especiais que contemple os mesmos objetivos gerais que se pretende alcançar com os demais alunos. O que diferenciará são os objetivos didáticos e os tipos de ajuda que cada aluno possa requerer em função de suas necessidades

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