Os Fatores que corroboraram para o esfacelamento do Império Romano
Por: Brenda Dias • 31/1/2018 • Ensaio • 1.224 Palavras (5 Páginas) • 250 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE HISTÓRIA
BRENDA PANTOJA DIAS
Os fatores que corroboraram para o esfacelamento do Império Romano
BELÉM – PA
2018
BRENDA PANTOJA DIAS
Os fatores que corroboraram para o esfacelamento do Império Romano
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BELÉM – PA
2018
A adoção do modo de produção escravista foi fundamental para o crescimento das sociedades do Período Clássico, por meio desta, foi viável um brilhantismo inigualável à época. Todavia, este também, foi uma das maiores contradições geradas no seio da civilização romana que, associado a outras, provocaria a sua decadência até sua desestruturação com as invasões bárbaras no século IV da era em que vivemos. É importante ressaltar que tais invasões foram apenas o estopim para a decadência da civilização romana, haja vista que, os males já estavam instalados e necessitavam somente de um catalizador para elucidar a eclosão do império.
A UTILIZAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA ESCRAVA
A vantagem mais significativa da utilização de escravos dentro da produção, era o fato deles serem uma mão-de-obra de baixo custo, sem isto, ela se tornaria inviável, tendo em vista que, o nível de contingente de produção era demasiadamente baixo, pois os escravos não nutriam o interesse em aumentar essa produção em benefício único e exclusivo de seu senhor. Outro ponto a ser abordado a cerca da escravidão, era o que se referia ao escravo pacato, onde este seria bem mais interessante ao sistema pois assim, a possibilidade de haverem rebeliões seria menor.
A medida que o império crescia, a necessidade de mão-de-obra se tornava cada vez maior, mais escravos eram recrutados, no entanto, diante da expansão significativa do império, o número de escravos existentes não seria capaz de suprir a demanda necessária por meio da guerra. Devido ao período julgo ao qual eram submetidos os escravos, a taxa de mortalidade era consideravelmente alta. Apesar do fato da concubinagem[1] possuir um grande incentivo por parte dos senhores, haja vista que, um nascido escravo seria mais fácil de domesticar, ou seja, seria bem mais dócil, a taxa de natalidade era considerada baixa e não supria a necessidade de atender a demanda de um sistema carente de mão-de-obra, em crise, que já dava sinais que levariam ao seu inevitável esfacelamento.
CRISE E PROBLEMAS NO CAMPO
Com efeito, os problemas no campo eram “gritantes”, no entanto, esses problemas não limitavam apenas ao campo, acabavam por ecoar nas cidades, já que a produção se encontrava em crise, ocasionando níveis baixos de aproveitamento, logo, começou a emergir a escassez de alimentos nas cidades, o que viria a prejudicar a então “política do pão e circo”[2], adotada pelo governo, como forma disfarce da atual realidade em que o império se encontrava, essa escassez foi um dos fatores que fomentaram o êxodo. Em vista disto, mesmo que a população romana tenha sido grande incentivadora e agente no processo de estabilização do latifúndio, as médias propriedades seriam as mais rentáveis por serem detentoras de um maior controle sobre seus escravos cativos, o que traria uma maior produtividade da mão-de-obra.
O INEVITÁVEL ESFACELAMENTO DO IMPÉRIO
Como uma tentativa de preservar o império por volta do século I nasceria a adoção do colonato[3], todavia no século IV, a realidade em que o colono se encontrava, se assemelharia em muito com a dos escravos, mesmo que o colono fosse uma premissa do camponês da Idade Média. Esta política de exploração da mão-de-obra, atrelada à outras realidades, como a estrutura hipertrófica do Império Romano, suscitaria a seu fim, o que já havia sido anunciado por meio de uma leitura detalhada da sociedade, dos problemas pelos quais estava passando, toda a crise no campo, a baixa na produção de alimentos, foram fatores que tornaram inevitável a desestruturação do império romano.
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