Os Pré-socráticos
Pesquisas Acadêmicas: Os Pré-socráticos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vitor.Santos • 9/10/2014 • 3.463 Palavras (14 Páginas) • 292 Visualizações
Os Pré-socráticos
Os Jónios
1. Tales de Mileto (624-548 a.C):
Tales tem uma vasta colaboração para o pensamento filosófico ocidental: era matemático e entre suas várias viagens, uma delas ao Egito, elaborou uma teoria de como se davam as cheias do rio Nilo. Também observou as pirâmides, através de um cálculo elaborado a partir da proporção entre cumprimento da sombra projetada pela pirâmide e sua altura, o que ainda hoje é um importante método geométrico para se medir áreas, o teorema de Tales. Mas como monistas/naturalista, Tales também cria que todas as coisas derivariam de um único elemento. Para ele, a origem, o 'arché' das coisas, estava na água.
Sentenças:
- A água é o princípio de todas as coisas
- O ser mais antigo é Deus, porque não foi gerado
- Todas as coisas estão cheias de deuses
- A coisa mais bela é o mundo, porque é obra divina
- A pedra magnética (imã) tem poder porque move o ferro
- O maior é o espaço porque dentro dele cabe tudo
- O mais veloz é o intelecto porque passa através de tudo
- A mais forte é a necessidade porque tudo domina
- O mais sábio é o tempo porque tudo revela
2. Anaximandro de Mileto (611-547 a.C):
Discípulo e sucessor de Tales, Anaximandro era matemático, filósofo, político e também monista. Ele cria que a origem de todas as coisas estaria no “áperion” (ou infinito), ou seja, uma substância indeterminada e infindável que gerava todos os outros elementos e coisas do universo.
Obs: Anaximandro chega a uma grandiosa conclusão: se o princípio das coisas não pode ter qualquer qualidade, determinação, ou limite, que os gregos chamam de “péras”, ele é o A-peiron, isto é, o In-finito, In-determinado, I-limitado. Mas, como é que o Infinito ou Indeterminado oculto gera as coisas determinadas, como o princípio oculto gera as manifestações no plano dos fenômenos? Anaximandro diz que isto se da através de seu movimento infinito e cíclico, o qual faz surgir e desaparecer infinitos mundos ou universos (kosmos) com seus fenômenos e opostos, eternamente.
3. Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C):
Também era monista, e acreditava que todas as coisas derivavam do vapor ou o próprio ar em si. Contestando a teoria da água de Tales, Anaxímenes buscou a origem da água e chegou ao vapor e, através dessa linha de raciocínio identificou no ar a origem do universo. O arché, para Anaxímenes, era o “pneuma” (ou ar).
Sentenças:
Da mesma forma como a nossa alma o ar nos mantém juntos, de forma que o sopro, bem como o ar, abraçam o mundo inteiro.
Os Efésios
4. Heráclito de Éfeso (540 - 470 a.C.):
Tinha uma característica altiva e melancólica, reconhecido por ser um pensador genial; porém, arrogante, que desprezava a plebe. Não se têm dados exatos sobre nascimento e morte, mas sabe-se que o florescimento de seu pensamento se deu em 504 -500 a.C. Heráclito cria que a origem das coisas não estava num único elemento, mas sim, em uma cadeia de fenômenos que gerava a mutabilidade constante das formas naturais e dos elementos. Era tido, por essa linha de pensamento, como um dos mais evidentes e geniais pensadores pré-socráticos.
Sentenças:
- Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio.
- A doença faz da saúde algo agradável e bom.
- O Deus é dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome; mas se alterna como o fogo, quando se mistura a incensos, e se denomina segundo o gosto de cada um.
- Os que procuram ouro escavam muita terra, mas encontram pouco metal.
- Procurei-me a mim mesmo.
- Tu não encontrarás os confins da alma, caminhes o quanto caminhares, tão profunda é ela.
- Este mundo, que é o mesmo para todos, não foi criado por qualquer dos deuses ou dos homens, mas foi sempre, é e será fogo eternamente vivo que ordenadamente se acende e regularmente se extingue.
- Se não esperares, não irás achar o inesperado, porque ele não se pode achar e é inacessível.
- É necessário seguir o que é comum a todos porque o que é comum é geral.
- São iguais, os vivos e os mortos, os que estão acordados e os que dormem, os jovens e os velhos: porque cada um destes opostos quando se transformam tornam-se o anterior.
- A luta é a regra do mundo e a guerra é que cria todas as coisas.
Os Eleatas
5. Parmênides de Eléia (530 - 460 a.C)
Parmênides é um filósofo que expôs seus pensamentos através da poesia em estilo homérico, mas nem por isso deixa de usar rigorosos argumentos dedutivos em suas colocações. Parmênides é o fundador da escola de Eléia e despertou grande admiração de Platão.
Dos seus poemas restaram-nos 154 versos e eles dividem-se em três partes. A primeira é uma introdução onde ele coloca como chegou às suas revelações. O filósofo conta a sua viagem imaginária pela morada da deusa da justiça que o conduzirá ao coração da verdade. A deusa mostra a Parmênides o caminho da opinião que conduz à aparência e ao engano e o caminho da verdade que conduz à sabedoria do ser. Cada um desses caminhos será tratado nas duas partes seguintes.
Na segunda parte ele argumenta que o que é é diferente do que geralmente os homens supõem que seja. Nessa parte, intitulada Caminho da Verdade (alétheia), ele coloca o que a razão nos diz e ele faz isso através da metafísica dedutiva. Começa por premissas que ele acredita serem verdadeiras e dedutivamente ele chega a conclusões que também devem ser verdadeiras. Seus argumentos lógicos reconstruídos podem ser expressos da seguinte forma:
1 - Ou algo
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