Perímetro Histórico do Rio de Janeiro
Por: serramon • 30/3/2019 • Trabalho acadêmico • 1.033 Palavras (5 Páginas) • 146 Visualizações
Aula de campo:
O Processo de Urbanização e as mudanças nas relações sociais e arquitetônicas.
Objetivos:
- Mostrar o processo de urbanização do Rio de Janeiro e toda alteração na dinâmica do Centro e da Cidade do Rio de Janeiro.
- Apresentar que em diferentes momentos da história aconteceram processos parecidos de higienização.
- Explicitar essas mudanças a partir do espaço físico, pensando que a todo o momento existe um conflito entre tradição e modernidade.
- Mostrar monumentos que caracterizem diferentes tempos históricos nesses 450 anos.
1º momento:
O Bairro da saúde e sua importância no desenvolvimento urbano na cidade do Rio de Janeiro
- Perímetro
[pic 1]
- Praça Mauá
Surgida em 1801 como o Largo da Misericórdia, somente em 1887 receberia o nome que vigora até nossos dias, como homenagem ao empresário capitalista Visconde de Mauá. Oriunda de um grande terreno alagadiço, conhecido como Praia de Nossa Senhora e, posteriormente, Prainha, localizava-se desde a encosta do Morro da Conceição até o Morro de São Bento. Sua importância econômica estava pautada na ancoragem de embarcações que forneciam os gêneros alimentícios para toda a cidade.
Observa-se o papel de centralidade exercido pela região, definido pelo fluxo material e imaterial provenientes do transporte marítimo, e que atualmente é marcado pela dinâmica dos veículos automobilísticos.
Na Praça Mauá está situado o Marco Distrital e o Paço Municipal, além de grandiosos prédios como o do jornal “A noite” – primeiro arranha-céu brasileiro, considerado um marco na arquitetura carioca e no próprio processo de verticalização das grandes cidades brasileiras, processo este intenso e precoce –, construído na década de 1930. Foi sede da Rádio Nacional e acabou deixando de ter destaque com a “derrocada” do papel do porto.
Produzindo um contraste arquitetônico em relação ao prédio “A Noite”, o edifício RB1 – ponto de partida do nosso trabalho de campo – é construído a fim de revigorar a Praça Mauá e seu entorno. De tipo pós-moderno, observam-se na construção estilos arquitetônicos vários – o cume, representado por uma estrutura triangular, sugere um estilo greco-romano, assim como o relógio explicita o caráter neoclássico.
Além de ambos os prédios, o atual prédio que abriga o MAR – Museu de Arte do Rio – representa toda uma mistura entre o clássico e o moderno.
- Rua Sacadura Cabral
- Rua São Francisco da Prainha
- Chegada à Pedra do Sal
“Os moradores do Estácio diziam que na Pedra do Sal se tocava maxixe, que é uma derivação do samba, como tantas outras, afinal. Já o pessoal da Pedra do Sal acusava a turma do Estácio de fazer marcha, e não samba”. O Largo João da Baiana, ou Pedra do Sal, ficou conhecido por ser um verdadeiro Gueto de resistência dos Negros.
Naquela área existiam duas figuras que representam o poderio feminino dentro da Cultura Afro-brasileira, as Tias. Ciata e Bibiana se tornaram grandes expoentes, conhecidas como grandes Matriarcas do Samba.
- Pequena África
- Pedra do Sal monumento histórico e religioso do Rio de Janeiro
- Rua Argemiro Bulção
- Rua Jogo da Bola
- Travessa Joaquim Soares
- Ladeira do Pedro Antônio
- Chegada ao Cais do Valongo
Rio de fato que nos ata ao porto de suor e sangue, do banzo de Benim, Angola e Congo nos elos da corrente do Cais do Valongo. Da África que veio pro lado de cá.
O que percebemos é que o espaço “guarda” diversos tempos históricos consigo, mesmo que “ressignificados” conforme o tempo. As diversas formas arquitetônicas presentes na área da saúde representam um pouco disso, do polêmico debate entre: Tradição x Modernidade.
O casamento indissolúvel entre o espaço e o tempo é notório no bairro da Saúde onde estão representadas as noções de espaço vivido e de espaço concebido, principalmente as mutações geográficas vivenciadas pelos moradores mais antigos.
Ex: Assim o bairro da saúde aparece dotado de firmas e instituições, muitas vezes de caráter comunitário, como, exemplos de instituições, O Observatório do Valongo (Centro de astronomia da UFRJ), a igreja São Francisco da Prainha, O Serviço geográfico do exército, e o espaço público institucionalizado (as quadras de esporte). Já como exemplos de firmas, temos o salão de beleza, lan house, botequim, entre outros serviços comunitários.
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