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Portfólio - A Historiografia Sobre a Transição da Antiguidade para a Idade Média (História 4º Semestre)

Por:   •  16/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.526 Palavras (19 Páginas)  •  478 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

1.1 Debates, Contuidades e Rupturas.........................................................................4

DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5

2.1 As Origens da Controvérsia Historiografia        .5

2.1.1 Conceito de Antiguidade Tardia e Embates Historiograficos I............................6

2.1.1 Conceito de Antiguidade Tardia e Embates Historiograficos I............................7

2.1.1 Conceito de Antiguidade Tardia e Embates Historiograficos I............................8

2.1.1 Conceito de Antiguidade Tardia e Embates Historiograficos I............................9

2.1.1.1 Atual Embates Historiográficos e Considerações Finais..................................9

3 PASSAGEM DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO.............................................10

3.1 A Idade Média – O Nascimento do Ocidente....        .11

3.2 A Ideologia Alemã e Considerações Finais..........................................................12

3.2 A Ideologia Alemã e Considerações Finais..........................................................13

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................14

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................15


  1. INTRODUÇÃO

A Transição da Antiguidade para a Idade Média em sua forma cronológica resumida, teve seu início no ano 193 com a crise do terceiro século do Império Romano, no ano 285, Diocleciano salva o Império Romano do Colapso, dando a ele o seu último fôlego de vida, em 313 com o Édito de Milão, o cristianismo deixa de ser perseguido, dando assim a liberdade dos cristãos fazerem seus ritos sem ter complicações por causa da sua fé. No ano 391 com o Édipo de Tessalônica, Teodósio I torna o cristianismo a religião oficial do Império Romano. Por volta de 451, A Batalha dos Campos Cataláunicos na qual o exército romano sai vencedor, porém, com enormes baixas. E por fim chega-se o ano 476 findando assim com a queda definitiva do Império Romano do Ocidente. Em meados do século III, o Império Romano passava por uma grande crise econômica e política. Instalou-se uma grande corrupção dentro do governo e os recursos para o investimento no exército romano foram gastos com luxos desnecessários.

Chegando ao fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caía o pagamento de tributos originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber soldo, deixavam as obrigações militares. Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. Após o ano 395, com a morte do imperador Teodósio I, o império foi definitivamente dividido em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, com capital em Constantinopla. A queda de Constantinopla teve grande impacto no Ocidente. Os cronistas da época confiavam na resistência das muralhas e achavam impossível que os turcos pudessem superá-las. Chegou-se a iniciar conversações para uma nova cruzada para liberar Constantinopla do jugo turco, mas nenhuma nação poderia ceder tropas naquele momento. Em 476, o Império do Ocidente caiu após a invasão por diversos povos bárbaros. Foi o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada Idade Média. 


1.1 DEBATES, CONTINUIDADES E RUPTURAS

Mediante tamanha grandeza de fatos no decorrer da história, muitos historiadores retratam essa transição como um período de grandes descobertas onde cada um tem a sua própria visão sobre o assunto. 

Há cerca de noventa anos atrás, um importante artigo de Marc Bloch sobre a “História Comparada” (BLOCK, 1928, p. 15-48) buscou afirmar que um universo historiográfico estava prestes a se revolucionar numa nova e instigante promessa historiográfica. O ambiente intelectual europeu mostrava-se então bastante propício à formulação de novas ideias no campo da historiografia, e esta estava de fato prestes a conhecer uma verdadeira revolução historiográfica, tanto a partir de um grupo que logo ficaria conhecido como Escola dos Annales, na França, como a partir dos novos desenvolvimentos do Materialismo Histórico, por todo o mundo. Contextualizando esse ambiente revolucionário em termos de inovações teóricas, metodológicas e interdisciplinares, não tardariam a surgir inúmeras modalidades historiográficas que deixariam para trás o monolítico universo da História Política que se fazia no século XIX. De fato Block (s.d.: 158) na sua cruzada contra a História Política excessivamente mecanicista e capaz de gerar sérias deformações devido ao rigor com que os fatos políticos eram tomados como parâmetros de datação, aceitam plenamente a existência não de um tempo único a reger a tudo uma historicidade particular e que se manifestam em concordância com a heterogeneidade dos próprios seres e das coisas. No momento em que essa descoberta é assimilada pelos historiadores, cujo objetivo primordial, além do homem, é o tempo, a duração, conforme afirmava Marc Bloch (s.d.: 29), o todo compacto, cristalizado, uniforme que era a sociedade, se desfaz e nesse movimento liberta os homens, suas ações, obras e instituições da historicidade que os mantinha unidos no interior de um discurso que não mais se sustenta. Percebe-se claramente, a partir daí, que a sociedade é um todo, isso não se pode negar, mas um todo heterogêneo e ao mesmo tempo harmonioso, constituído por múltiplos níveis ou sistemas de acordo com a natureza dos fenômenos sociais, sejam eles econômicos, políticos, ideológicos e outros. Diante de inúmeras pesquisas e de grandiosos historiadores nessa imensidão chamada Historiografia, pode se dizer que alguns nomes foram notáveis no decorrer da história, grandes pesquisadores que trouxeram novas visões dentro dos estudos historiográficos, tais como Peter Brown, Jacques Le Goff, Pierre Nora, Bryan Ward-Perkins, Karl Marx, Max Weber, Flávio Biondo, Pierry Anderson e muitos outros deixaram marcas na história com as suas visões e opiniões. 

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