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Principais autores simbolistas portugueses

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Por:   •  13/6/2013  •  Artigo  •  720 Palavras (3 Páginas)  •  1.661 Visualizações

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Simbolismo

CONTEXTO HISTÓRICO

Na época em que o simbolismo se desenvolveu no Brasil na Europa a Itália e a Alemanha buscavam a unificação e reinava uma paz que foi usada na preparação para a Primeira Guerra Mundial. La o simbolismo era forte e o parnasianismo fraco. Aqui começava a República e o movimento foi abafado pelos parnasianistas que dominavam a produção literária da época.

CARACTERÍSTICAS

- Misticismo, religiosidade

- Desejo de transcendência e integração com o cosmos

- Interesse pelo inconsciente e subconsciente

- Subjetivismo

- Pessimismo

- Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte

- Retomada de elementos da tradição romântica

- Atração pela morte e elementos decadentes da condição humana

Principais autores simbolistas portugueses

Eugênio de Castro autor da “Oaristos”, nasceu em Coimbra, em 1869 morreu em 1944.

Antônio Nobre nasceu na cidade do Porto, em 1867, sua única obra publicada em vida foi a obra “Só” faleceu em 1900.

Camilo Pessanha é o terceiro autor mais destacado do Simbolismo português nasceu em 1867, e faleceu de tuberculose em 1926.

SOMBRA E CLARÃO

Eugênio de Castro

De mãos dadas, lá vão avó e neta,

- A Saudade e a Esperança de mãos dadas! -

A neta é loira, a avó tem cãs prateadas,

Uma leva a boneca, outra a muleta.

Uma arrasta-se e a outra salta inquieta;

Aos suspiros vai uma, outra às risadas;

A avó desfia contas desgastadas,

E a neta colhe iriada borboleta.

Uma vai confiada, outra bisonha;

Uma lembra-se, triste, e outra sonha;

Leves asas tem uma, outra coxeia...

E eu, que as vejo passar, com mágoa infinda

Penso que a avó talvez já fosse linda,

E que a neta, que é linda, há de ser feia!

Menino e Moço

Antônio Nobre

Tombou da haste a flor da minha infância alada,

Murchou na jarra de oiro o púdico jasmim:

Voou aos altos Céus a pomba enamorada

Que dantes estendia as asas sobre mim.

Julguei que fosse eterna a luz dessa alvorada

E que era sempre dia, e nunca tinha fim

Essa visão de luar que vivia encantada,

Num castelo de prata embutido a marfim!

Mas, hoje, as pombas de oiro, aves da minha infância,

Que me enchiam de Lua o coração, outrora,

Partiram e no Céu evolam-se, a distância!

Debalde clamo e choro, erguendo aos Céus meus ais:

Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,

Elas, porém, Senhor! elas não voltam mais...

Estátua

Camilo Pessanha

Cansei-me de tentar o teu segredo:

No teu olhar sem cor, --- frio escalpelo,

O meu olhar quebrei, a debatê-lo,

Como a onda na crista dum rochedo.

Segredo dessa alma e meu degredo

E minha obsessão! Para bebê-lo

Fui teu lábio oscular, num pesadelo,

Por noites de pavor, cheio de medo.

E o meu ósculo ardente, alucinado,

Esfriou sobre o mármore correcto

Desse entreaberto lábio gelado...

Desse lábio de mármore, discreto,

Severo como um túmulo fechado,

Sereno como um pélago quieto.

Principais autores simbolistas brasileiros

Cruz e Sousa (1861- 1898) Alphonsus de Guimaraens (1870- 1921) Pedro

Kilkerry (1885-1917)

BRAÇOS

Cruz e Sousa

Braços nervosos, brancas opulências,

brumais brancuras, fúlgidas brancuras,

alvuras castas, virginais alvuras,

latescências

...

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