Reflexão sobre o filme Homo Sapiens 1900
Por: JanainaSantos10 • 26/9/2015 • Dissertação • 737 Palavras (3 Páginas) • 2.326 Visualizações
Reflexão sobre o filme Homo Sapiens 1900 Eugenia
O filme começa falando da inquietude do homem com sua imagem, que ele próprio criou, e com a ciência quer tentar achar a chave para se revolver todos os obstáculos e imperfeições. Como no exemplo de Frankenstein, em que um cientista descobre o segredo da vida, a vitalidade do ser humano, mas acaba criando um monstro.
O conceito no filme de Eugenia, começa com Galton, com a ideia de um estudo de características dos seres humanos entre qualidades e “defeitos” e sob o controle natural poderá melhorar a raça humana e apresenta duas alternativas: a eugenia positiva em que, os que possuem as características superiores iriam procriar; e a eugenia negativa que deveria se evitar das pessoas com características inferiores não se reproduzam. Portanto vemos que se usada para apenas o melhoramento da raça humana, pode ser uma coisa positiva, a partir dos preceitos que respeitem a humanidade.
Porém ao longo dos anos esse conceito foi se modificando, em 1985, o alemão Alfred Ploed, cria o termo Higiene Racial, seleção positiva acompanhada da eliminação dos seriam prejudiciais à evolução da raça humana, e diz ser uma “nova ciência”, e a ideia cresceu e acaba chegando as universidades, e começaram a nascer grupos adeptos e levando essa bandeira de Higiene Racial. A partir daí é possível notar que as coisas vão tomando outro rumo, que já se torna danosa ao ser humano.
Em 1900, a Biologia está em destaque e é nesse contexto em que se vê a oportunidade de intervir e modificar a natureza.
E a ideia se espalha, chegando aos EUA, no filme, do Dr. Haisenld, conhecido como Cegonha Negra, pois os bebês que não nasciam de acordo com o seu ideal de saudável, eram tiradas suas vidas, como uma coisa normal, a que ponto foi levado isso, e ainda tinha Davenport, pai da eugenia nos EUA, e foi bem aceito, tanto que em 1907, a primeira lei de esterilização compulsória foi aderida por mais de 20 estados, e dezenas de milhares são esterilizados.
A Suécia também ganha destaque, com o “melhoramento”, em 1922, cria-se o primeiro instituto para estudos biológico racial e 12 anos depois a lei de esterilização é aprovada por unanimidade.
Assim tem uma conotação mais cientifica, vários outros institutos semelhantes são abertos, o estudo da genética entra em pauta entre iamarckistas e mendelistas, com teses diferentes, mas mesmo assim com intenções eugênicas. A campanha nazista se identifica com os mendelistas, mas proíbe pesquisas genéticas, em 1942, a Alemanha está em guerra com os EUA e lá as ideias eugênicas estão em declínio não só pela atrocidade alemã, mas pela evolução da pesquisa genética.
Em 1943, na Alemanha se instalada o horror, a eugenia negativa leva a eliminar toda a ser humano que conforme a sua política racial é inferior. Além de 400 mil alemães são esterilizados, 100 mil foram mortos, isso antes de culminar em exterminação em massa. A guerra teve fim em 1945, mas na Suécia continuavam as práticas eugênicas, anos depois que revogaram a lei de esterilização.
O filmes nos traz o contexto histórico, cultural e político que proporcionou a evolução de um conceito de Eugenia e a que ponto isso chegou, como é diferente a perspectiva das pessoas que defendiam essa ideia, da falta de amor, como exemplo, aquela casa onde mãe soleiras de “raça pura” eram levadas para procriar.
Essas mentes beiram a sandice e a loucura, e pior é que ainda hoje vemos pessoas que pensam dessa forma, mas com argumentos diferentes, skinheads com sua política discriminatória e criminosa, ou até mesmo a ciência que ainda procura melhorar a raça humana, mas aí fica a pergunta, até onde isso é ético?
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