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Relatório de História Antiga (AD1) Grécia Antiga

Por:   •  20/3/2017  •  Resenha  •  4.736 Palavras (19 Páginas)  •  468 Visualizações

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NOME: BRUNO LEAL DA SILVA

MATRÍCULA: 15116090184

POLO: RESENDE

Relatório de História Antiga (AD1)

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1 A Grécia Antiga: o espaço geográfico e a ocupação humana

2.2 Campo e cidade no mundo helênico arcaico

2.3 Texto: O público e o privado nas assembleias de Ítaca

2.4 Documentário: Tróia

  1. CONCLUSÃO

  1. REFERÊNCIAS
  1. INTRODUÇÃO

          A busca pelo pretérito é fundamental para a compreensão de nossa formação humana e social, daí a importância de se conhecer o passado. O conhecimento histórico dos fatos nos possibilita entendermos o porquê de sermos o que somos e de estarmos em determinado espaço. Entender a evolução do homem, de sua cultura, idioma, formas de pensamento e ação é imprescindível para que possamos refletir e questionar nossas crenças e valores. Afinal, foi esta base formativa nos tempos antigos que construíram os pilares psicológicos, sociais, artísticos e geográficos nos tempos atuais.
        A história é construída principalmente através de vestígios: documentos, imagens, utensílios, moedas, literatura etc. Porém, eles por si só não querem dizer muita coisa. É necessário investigar, correlacionar, achar fatos em comum em informações na maioria das vezes fragmentadas, entender o modo de pensar e fazer de outras sociedades de forma imparcial, ou seja, ter alteridade. Deve-se ter consciência de que há vestígios antigos que foram manipulados para favorecer determinadas figuras ou ideias – por isso a necessidade de serem analisados, interpretados e criticados. Nesse relatório veremos que diversas disciplinas interagem com a História, ajudando-nos a desvelar a Grécia antiga, o mundo helênico e Tróia. A arqueologia, numismática, epigrafia, fontes literárias e a história da arte foram fundamentais para nos revelar o mundo antigo.
         Assim, todo esse conhecimento interdisciplinar foi utilizado nas pesquisas relativas aos assuntos que serão abordados nesse relatório. No desenvolvimento será abordada a Grécia Antiga, com o seu espaço geográfico e a ocupação humana, com base na aula 12 do material didático; o campo e a cidade no mundo helênico arcaico, com base na aula 13 do material didático; o texto “o público e o privado nas assembleias de Ítaca”, disponibilizado na plataforma; e o documentário “Tróia”, da National Geographic. Em seguida, será feita uma conclusão sobre os assuntos abordados, as dificuldades encontradas na realização da atividade, os conhecimentos obtidos e sugestões para um futuro aprimoramento da mesma.

 

  1. DESENVOLVIMENTO
  1. A Grécia Antiga: o espaço geográfico e a ocupação humana

           Este capítulo tem como objetivo apresentar a Grécia Antiga, o seu espaço geográfico desde 2000 a.C e os primórdios da ocupação humana, abordando, ainda, características, do período e a importância de se conhecer a Grécia da Antiguidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.), e o seu legado para o mundo moderno.

           São muitas as heranças da Grécia Antiga que atravessaram os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas ideias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. No entanto, não podemos confundir a Antiguidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar a mais de quatro mil anos atrás. Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas. O termo Grécia foi dado, posteriormente, pelos romanos, pois seu povo se denominava de Helenos e seu território de Hélade.
           Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua, que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.

          A civilização criada pelos gregos (ou helenos, como eles mesmos se chamam até hoje) se desenvolveu entre 2000 a.C. e146 a.C. no sudeste da Europa — mais precisamente, na península Balcânica e ilhas vizinhas. Essa porção de terra era habitada por grupos de pastores seminômades, os pelasgos. Por volta do ano 2000 a.C., começou a ser ocupada por povos indo-europeus, vindos das planícies euroasiáticas, como os aqueus, jônios, eólios e dórios. Os aqueus foram os primeiros a alcançarem essa região após se deslocarem sucessivamente atrás de pastagens que suprissem seus rebanhos. Chegando à Grécia, se integraram às populações nativas e, com o passar do tempo, deram origem aos primeiros centros urbanos gregos, como Argos, Tirinto e Micenas. Com a chegada desses povos, a civilização cretense entrou em declínio.

           Os aqueus, bando de guerreiros originários dos Bálcãs, expulsaram os jônios de parte de suas terras, e começaram a instalar uma civilização denominada micênica, caracterizada por reinos independentes subordinados a um só líder, com enormes muralhas e palácios fortificados.

Esse povo foi responsável por uma expansão marítima, em busca de novas terras, que originou a guerra de Tróia, além de aumentar o comércio, a pilhagem e a disseminação da cultura grega ao longo do mediterrâneo. Entre os séculos XV e XII a.C, a civilização micênica prosperou abundantemente, tudo registrado por meio da escrita. No entanto, no século XI a.C, os dórios invadiram essa região e destruíram toda a civilização micênica, ateando fogo aos palácios, submetendo os perdedores à escravidão e abandonando o uso da escrita. Tudo transformou-se em ruínas, dos imponentes palácios, à escrita e às obras de artes.

            Os séculos seguintes às invasões dórias, XI a IX, são bastante obscuros, tendo em vista a falta de relatos escritos e as descobertas se resumirem a poucos achados arqueológicos. Sendo possível inferir que a população vivia em aldeias e, com o sumiço da escrita, a poesia passou a ser recitada em público. Outras mudanças também ocorreram no “século das trevas”, como a substituição do bronze pelo ferro na confecção de materiais de metal e a estrutura das sociedades. Apesar dessa época ser caracterizada pelo atraso cultural e a alcunha de “Idade das trevas”, esse período foi a base da formação da Grécia clássica.

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