Relatório do Filme as duas fases da guerra
Por: Pereira76 • 10/1/2019 • Trabalho acadêmico • 700 Palavras (3 Páginas) • 242 Visualizações
Disciplina: Tópicos em Historia da Guiné-Bissau
Docente: Artemisa Odila Cande Monteiro
Discente: Francisco Geovane do Nascimento Pereira
RELATÓRIO DOS FILMES:
As Duas Faces da Guerra
Trata-se de um documentário que é composto por um conjunto de entrevistas a antigos sobreviventes combatentes e dirigentes portugueses, guineenses e cabo-verdianos que viveram durante o conflito de 1963 e 1974, esclareço que esse conflito opôs o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde) às tropas portugueses. É interessante destacar que esse documentário teve seu ponto de partida em 1995 quando Diana Andriga foi até à cidade de Geba como repórter de um jornal diário Português chamado o "Público" e lá encontrou pedaços de uma pedra que continha o nome de soldados portugueses mortos em solo africano durante o conflito. Com ajuda de Flora Gomes, o documentário foi o resultado dos dois pontos de vista, tanto do o português quanto do guineense, de um dos conflitos armados que pode ser considerado um dos mais sangrento e sofrido, durante a guerra colonial portuguesa.
Nesse panorama Diana Andriga e Flora Gomes saem percorrendo as regiões de Mansoa, Geba, Bafatá e Guilege na Guiné-Bissau, além de Cabo Verde e Portugal, entrevistando os sobreviventes dessa guerra colonial e coletando seus testemunhos. No decorrer do documentário é possível perceber uma homenagem feita a Amílcar Cabral, que foi o fundador do PAIGC, um outro detalhe que fica nítido nesse documentário baseando-se nos testemunhos é a forma como o Amílcar Cabral mesmo estando em meio ao conflito entre portugueses e africanos tem um sentimento humano com os portugueses como também sendo um dos seus, ele percebia que alguns portugueses recrutados para as colônias estavam solidários com os movimentos de libertação, outra coisa que foi possível perceber era a visão que o mesmo tinha da relação entre os dois povos, uma relação para além da guerra, por que para ele a luta era contra o colonialismo e não contra os portugueses.
Em um contexto mais amplo e bem simplificado o documentário as duas faces da guerra trás a vitória dos dois lados envolvidos, por que de um lado temos as independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde e do outro lado à democracia em Portugal.
Bissau d'Isabel
O documentário narra o cotidiano de Isabel Nabalí Nhaga uma mulher guerreira, casada e mãe de sete filhos, que se tornou auxiliar de enfermagem durante a luta armada de libertação nacional, isso em1966, e logo depois foi enviada a Cuba em 1968, de onde adquiriu habilidades e tornou-se enfermeira instrumentista.
Logo depois o mesmo narra Isabel no seu dia a dia, Bissau D'Isabel escancara realidade e as dificuldades de Bissau, capital da Guiné Bissau. Explorando todo o território o documentário traça um rico resumo sobre a vida naquela cidade, percebe-se no mesmo que a cidade é efervescente e ruidosa, lugar onde todos os dias as pessoas tem que se reinventam na tentativa de encontrar uma maneira para sobreviver.
Nos dias atuais, Isabel trabalha no Hospital Nacional Simão Mendes. Como o que ganha é insuficiente a mesma se desdobra entre o hospital e o cultivo de hortaliças, na horta que ela e o marido e os filhos cultivam, no quintal de sua casa que fica localizada no subúrbio da capital, o que é colhido em especial é para consumo mais se sobrar a mesma leva até o centro da cidade para vender. Um outro ponto interessante na descrição do dia a dia de Isabel é a sua constante ida a cidade para a feira vender ou comprar o que é necessário para a sua família, varias coisas chamam a atenção dentre elas destaco as roupas que são feitas logo após a escolha do tecido.
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