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Resenha 1492 A Conquista Do Paraíso.

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Por:   •  18/3/2015  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  1.299 Visualizações

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O filme “1492- A conquista do Paraíso”, de Ridley Scott, apresenta um cenário grandioso e fascinante diante da beleza da nau Santa Maria, das caravelas Pinta e Niña, a belíssima música de Vangelis, a qual permeia todo o filme, além da ousadia de Cristóvão que se transforma em grande líder de uma conquista. Tudo isso dá um aspecto épico a odisséia de Colombo em busca do paraíso que se caracteriza em descobrir um novo caminho, uma nova rota para a Ásia navegada pelo Ocidente. Nesse cenário de expedição ultramarina em nome da Coroa Espanhola, em doze de outubro de mil quatrocentos e noventa e dois, Cristovão Colombo avista a Ilha de Guanani, atual San Salvador. Há também de se perceber no filme- até mesmo por essa produção fazer parte da comemoração dos quinhentos anos de “descobrimento” da América, e este longa ter sido produzido dentro da ótica americana - o quanto foi maquiada por Hollywood a relação entre Colombo e os nativos americanos. É difícil de acreditar que tamanha expedição tivesse como lema principal levar o povo a Deus. Porém, tal fato, serviu de pano de fundo para que pudesse por em prática os interesses de Colombo que, no filme, não é verdadeiramente mostrado, mas sim um líder benevolente que respeita as crenças e os hábitos dos nativos, punindo somente quando há uma desobediência. O que na verdade não foi isso que aconteceu, nem muito menos o pacifismo entre índios e europeus durou por muito tempo como demonstra; haja vista, em 1511, os relatos de Bartolomeu de Las Casas ante aos tratamentos dispensados aos nativos daquela ilha desde o início, pois os colonizadores possuíam o comprometimento de prestar contas a Coroa Espanhola e , com isso, não podiam perder muito tempo para logo apresentarem as riquezas em ouro e prata daquela terra conquistada. Apesar da inocência dos índios em se mostrarem encantados com a aparência dos visitantes e considerando- os como deuses, uma vez que estes vinham do mar semelhante ao dicas para emagrecer deus Sol que sumia ao fundo do oceano , o que se tem como relatos históricos é que a condição de colonizado sempre foi impregnada por batalhas sangrentas em busca de riquezas e estabelecimento de poder, e não foi diferente na América. É sabido que para impor uma cultura ou lei a uma determinada civilização conquistada era preciso, muitas das vezes, aniquilar para impor outra ordem. Não havia generosidade. Ainda mais se tratando de índios que, para os europeus, não tinham valor algum, não eram considerados como gente, além da nudez ser vista por eles como algo pecaminoso, o que aumentava ainda mais o abismo entre as duas etnias. Entretanto, quem assume o papel de algoz e ganancioso na ficção é o personagem Moxica, ausentando Colombo de toda crueldade para servir a ideologia de Ridley Scott diante de um filme encomendado para representar o descobrimento da América. "A conquista do Paraíso" como apoio didático nas aulas de História também se faz interessante, mas nunca se esquecendo que ficção é sempre ficção, ela possibilida ao autor trabalhar com inúmeras possiblidades de criação, portanto, não precisando ser fiel totalmente aos fatos , a realidade. Outra coisa interessante que consta no longa é a gravura inicial de abertura do filme. Na verdade se trata de pinturas do artista Theodore de Bry que , no filme, está tingida de vermelho, simbolizando com isso, que a colonização entre européus e

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