Resenha
Artigos Científicos: Resenha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fernandarey2014 • 29/3/2014 • 310 Palavras (2 Páginas) • 943 Visualizações
Resenha "Deus do México Indígena"
"Deuses do México Indígena - Estudo comparativo entre narrativas espanholas e nativas", escrito por Eduardo Natalino dos Santos, publicidade pela Editora Palas Athena, no ano de 2002, na cidade de São Paulo, SP.
A autor Eduardo Natalino dos Santos, é professor na Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Especialista em História da América Pré-hispânica e História da América Colonial.
Em sua obra, Natalino dos Santos busca traçar um paralelo entre narrativas espanholas e narrativas nativas. Para isso, Natalino selecionou três crônicas religiosas espanholas do século XVI, que falam dos deuses mesoamericanos. A partir da análise dessas crônicas o autor pretende mostrar, "que a aproximação entre os deuses dos povos da Mesoamérica e os deuses da tradição ocidental, gregos e romanos, é antes fruto da forma como os espanhois dos tempos coloniais entenderam e enquadraram os povos indígenas na explicação de mundo cristã o do que de semelhanças reais"
Um apontamento interessante que o autor faz e nos leva a pensar, é sobre o descaso que há no que se refere a tratar dos povos nativos da América, os índios. "O exílio ao qual o mundo ocidental lançou as culturas indígenas reflete sua necessidade de desconsiderar ou hierarquizar as diferenças culturais e, assim, justificar a imposição de seu modo de vida por todo o globo, ou seja grande parte do mundo ocidental acredita que as culturas chamadas primitivas desejariam ser como o Ocidente, que assim se incumbe da caridosa tarefa de ajudá-las nesse processo de suposto progresso".
Esse pensamento ocidental, custou caro às populações nativas, que foram escravizadas, dizimadas e tiveram sua cultura vista como selvagem e atrasada. Concordo com o autor quando ele diz que, a compreensão mais ampla dessas culturas, contribui para que "não os tratemos de forma inferiorizada e infantilizada e para que relativizemos a validade e alcance de nossos valores"
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