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Resenha: As Raízes Puritanas

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Por:   •  7/5/2014  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  952 Visualizações

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CRETÈ, Liliane. As raízes puritanas. História Viva - Edição Nº 17 - março de 2005.

A autora busca apresentar que não foram os precursores do Mayflower os criadores da nação americana, mas sim os presbiterianos radicais de Massachussets. Traz ainda que a embarcação era composta por 102 ingleses, entre eles mulheres e crianças, e 35 destes eram presbiterianos, rumo à concessão assentada próximo da embocadura do rio Hudson. Lá ficariam por 7 anos. Vale salientar que os puritanos foram deixados de lado, sem nenhuma assistência, num momento difícil de suas vidas, ficando na dependência dos outros passageiros, e alguns não duraram o primeiro inverno, e os que resistiram passaram a se sacrificar com o trabalho.

A questão aqui é que a terra prometida trouxe a esses novos povos sua fração de amargura, mas mesmo com muitas dificuldades conseguiram se organizar tendo governador e conselhos, com leis limitadas no que diz respeito ao adultério e a fornicação. A autora se expressa de maneira matizada quando diz “Atenção, porém: embora a epopeia dos peregrinos seja parte integrante da história americana e o Mayflower Compact tenha servido de modelo a outras possessões na região do Atlântico, não é tanto a esses pioneiros que se deve o mérito de conceber a América do Norte. Esse tem de ser creditado, sim, a outro grupo puritano que se estabeleceu na baía do Massachusetts, alguns anos mais tarde. É por esse motivo que o primeiro governador, John Winthrop, ficou com o título de fundador da Nova Inglaterra" (mar. 2005).

O desejo desses homens e mulheres era fixar sobre essas terras ainda intactas uma nova disposição eclesiástica e política que lhes consentissem viver, segundo suas convicções, ou seja, sua fé religiosa. Os puritanos eram pessoas devotas e gostavam de trabalhar e eram determinados e entenderam sua migração ao Novo Mundo, crendo que Deus os conduziria a um local selvagem com o intuito de levá-los a Cristo. Para estes existia exclusivamente um soberano que era Deus, que os faziam irmãos que partilhavam dos mesmos interesses, opiniões e sentimentos. John Winthrop, que estava no navio Arabella, afirmou o seguinte: "Nós devemos agir nessa empreitada como um só homem, devemos alegrar-nos na companhia dos nossos, divertir-nos juntos, chorar juntos, trabalhar e sofrer juntos, tendo sempre presente no espírito a missão de nossa comunidade, na qual todos devem ser como membros de um mesmo corpo” (março, 2005).

Acrescenta-se que cada comunidade era de natureza religiosa, e tanto o estado quanto a Igreja dedicava-se a apoiar as comunidades e as deliberações deviam exprimir acordo comum, o que não era tarefa fácil, mas se houvesse a igualdade de opinião os puritanos não contradizia a decisão, pois criam que "Deus esclarecera suficientemente os pastores e os magistrados de seu próprio povo para que estivessem preparados para governar com base na certeza e na verdade” (março, 2005). Nesse intento, tanto no plano político como no religioso, acreditavam que a pessoa só tinha capacidade de progredir, se estiverem em liberdade.

Os puritanos tinham como certeza de que a liberdade concedia ao homem o propósito de submeter à vontade de Deus, e somente dava a liberdade de escolher o estado que iria governá-los e a igreja que iria louvar a Deus. E como a igreja da nova Inglaterra rejeitou toda hierarquia que possuísse a autoridade de impor sua conduta, cada congregação religiosa no Massachusetts era independente. Mas é importante deixar claro que os puritanos eram intransigentes com aquele que não considerava sua maneira de pensar, sendo que “o pensamento e a ação dos puritanos se inscreveram nos cânones de uma sociedade que primava pela ordem” (março, 2005).

Vale salientar que em 1641, os Massachusetts compôs sua legislação, preservou leis britânicas, “em certos aspectos, como está no código das liberdades de 1641, as leis do Massachusetts ofereciam mais garantias ao cidadão que as inglesas, por exemplo, no tocante à liberdade de expressão e de ir e vir, como no direito de se reunir” (março, 2005). Os puritanos, porém, tinham a Bíblia como suporte para suas

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