Resenha Do Primeiro Capítulo Do Livro Maldita Guerra: Nova História Da Guerra Do Paraguai De Francisco Doratioto
Pesquisas Acadêmicas: Resenha Do Primeiro Capítulo Do Livro Maldita Guerra: Nova História Da Guerra Do Paraguai De Francisco Doratioto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rogerlabel • 20/9/2014 • 1.236 Palavras (5 Páginas) • 2.825 Visualizações
Resenha do primeiro capítulo do livro "Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai" de Francisco Doratioto
DORATIOTO, Francisco. Tempestade do Prata. In______ Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, pág.:23-85. ISBN: 85-359-0224-4.
Nasceu em Atibaia, São Paulo, em 1956. Graduou-se em história e em ciências sociais pela Universidade de São Paulo. É mestre e doutor em história das relações internacionais pela Universidade de Brasília com a dissertação As relações entre o Império do Brasil e a República do Paraguai e a tese As relações entre o Brasil e o Paraguai (1889-1930): do afastamento pragmático à reaproximação cautelosa. É autor de livros didáticos e paradidáticos e de artigos publicados em revistas científicas sobre a política do Brasil em relação ao Rio da Prata. É professor no curso de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília e no mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco, membro do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais e membro correspondente da Academia Paraguaya de la Historia.
O primeiro capítulo do livro, tempestade no Prata, começa com o autor afirmando que o Brasil e a Argentina tiveram uma ligação muito intima com a história do Paraguai. E que a guerra foi resultado do processo de construção dos Estados Nacionais daquela região, Rio do Prata, e também marco nas suas consolidações. Ele explica o porquê da criação do Estado Argentino que foi o receio que a Espanha tinha do expansionismo português além de seu território. Então a Espanha cria o vice-reino do Rio da Prata, como sede em Buenos Aires, Argentina, para conter essa expansão.
A independência paraguaia foi legalmente proclamada em 1842, o Brasil foi o primeiro Estado a reconhecê-lo como independente. Entretanto, um pouco mais tarde, essa relação amigável entre Brasil e Paraguai se deterioraria, pois Francia, ditador paraguaio, pleiteou um tratado que definia os territórios entre Brasil e Paraguai, baseado no antigo tratado de Santo Idelfonso, de 1777, e recusou o critério, desejado pelo Rio de Janeiro, do uti possidetis ‘caberia a cada país o território que efetivamente estivesse ocupando por ocasião da independência, e assim seriam brasileiras as terras decorrentes do expansionismo colonial português’ (DORATIOTO, 2002, p. 24).
Francia se isolou de seus vizinhos para manter a independência em relação à Buenos Aires e à sua própria ditadura, sofrendo pressões internas e externas. Houve muita dificuldade do Paraguai ampliar o contato com o exterior, encontrando obstáculo em Rosas que não reconhecia a independência paraguaia e dificultava seu comércio com o exterior, só mais tarde com a derrota de Rosas, Paraguai implementou uma estratégia de ‘crescimento para fora’. Investiu na área militar.
Durante a década de 1850, Carlos López criou obstáculos à livre navegação do rio Paraguai por navios brasileiros, assim levando a ameaçar o Paraguai com uma guerra, que não estava preparado.
Na década de 1860 houve várias tensões na região: Paraguai, Francisco Solano López ascendeu ao poder, Argentina, reunificação nacional sob a liderança de Buenos Aires e, no Brasil, o Partido Liberal substituiu o Conservador no governo.
No poder, Solano López continuou com Paraguai autoritário, igreja do Paraguai foi nacionalizada, gastos com joias francesas para si mesmo. Houve uma modernização no seu governo, mas graças aos técnicos estrangeiros e também nessa época López começou a se interessar mais sobre os assuntos platinos.
Houve a criação do Estado Uruguaio com a intervenção da Inglaterra. Uruguai era muito disputado pelo Brasil e Argentina, tanto que em 1863, o caudilho colorado Venancio Flores invadiu o Uruguai com tropas recrutadas em Buenos Aires. Com medo dessas várias guerras, Uruguai nomeia Herrera como ministro das RE (Relações Exteriores) que implementa uma política externa independente, nacional, diferente da forma anterior. Uruguai vendo Paraguai com uma política estruturada que poderia enfrentar tanto Rio de Janeiro como Buenos Aires, o chanceler uruguaio faz uma aliança com Paraguai, para haver equilíbrio de poder regional. Pode-se afirmar que Venancio iniciou a guerra civil uruguaia, que serviu como catalisador para as contradições na região da Prata que levaram à Guerra do Paraguai.
A guerra do Uruguai integra o conjunto
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