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Resenha Fanon e Davis

Por:   •  17/8/2021  •  Resenha  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  215 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA

IEAD – Instituto de Educação a Distância

CURSO: Gênero, Diversidade e Direitos Humanos.

DISCIPLINA: Colonialidade, Interculturalidade, Branquitude e Movimentos Sociais na luta pela igualdade de gênero.

PROFESSOR (A): Caterina Alessandra Rea.

ALUNO (A): Juliana da Silva Santos.

Atividade Unidade 1

Resumo das principais ideias expostas no texto de Frantz Fanon e Angela Davis

Após leitura atenta dos textos indicados de Frantz Fanon e Angela Davis, peço que vocês resumam as principais análises apresentadas pelos autores sobre a descolonização (Fanon) e a luta das mulheres negras contra a escravidão e o racismo norte-americano (Davis).

As discussões levantadas por Davis no capítulo 1 “ O legado da escravidão: parâmetros para uma nova condição da mulher” do seu  livro Mulheres, Raça e Classe gira em torno da condição da mulher escravizada trazendo pontos como a forma que essas mulheres eram tratadas, como elas eram vistas pelos escravistas, suas vidas familiares e suas condições de trabalho.

Nesse sentido e baseada no conceito de interseccionalidade, a autora inicia fazendo a constatação de que a situação das mulheres escravizadas, mesmo na década de 70, onde despontaram várias publicações sobre o tema permanece incompreendida. Para ela uma publicação que acabe com os mal entendidos sobre a experiência das mulheres escravizadas pode trazer esclarecimentos sobre a luta atual das mulheres negras em busca de igualdade.

Um dos pontos relacionados a isso que a autora nos traz é que o papel de centralidade que o trabalho ocupa hoje na vida das mulheres negras é um herança escravista pois nessa altura, mulheres e homens eram vistos igualmente como unidades de trabalho lucrativas.

Além das violências infligidas igualmente a homens e mulheres escravizadxs, as mulheres eram vítimas ainda de abuso sexual e outras formas de violências que lhes atingiam por serem mulheres. A questão reprodutiva agregava valor a mulher escravizada, no entanto não havia a condição de mãe para os senhores, pois, suas crianças eram igualmente comerciáveis.

O sistema escravista também desencorajava a supremacia masculina para não encorajar nos escravizados a função de chefe de família. Davis analisa a estrutura da família negra matrifocal. Os registros de nascimento das crianças negras tinham apenas o nome das mães, estabelecendo uma relação fluida e frágil com os homens.

Diferente das mulheres brancas, as mulheres negras não estavam confinadas ao trabalho doméstico, elas eram trabalhadoras agrícolas assim como os homens. Daí tanta importância a vida doméstica, por ser o espaço onde podiam viver como humanos. Davis afirma que na vida na senzala existia a igualdade sexual e que as mulheres resistiam e desafiavam a escravidão o tempo todo. Sua resistência ia além de fugas e rebeliões, elas aprendiam a ler de forma clandestina para transmitir esse conhecimento aos seus a fim de usarem como arma.

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