Resenha Ilha das Flores
Por: Walter Lopes • 21/5/2020 • Resenha • 485 Palavras (2 Páginas) • 197 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
1° PERÍODO
RESUMO DO DOCUMENTÁRIO: ILHA DAS FLORES
RECIFE
2019
“Ilha das Flores” é um documentário brasileiro, dirigido por Jorge Furtado e narrado por Paulo José. Ele é uma narrativa baseada em uma sequência de fatos que vão intercalando-se ao longo da história que o filme reproduz. O documentário consegue prender bem a atenção, pois ele transmite informações de uma maneira rápida e concisa, dessa forma não temos outra opção a não ser ficar atento ao vídeo, o que se torna uma tarefa fácil visto que o conteúdo dele é interessante e muito impactante.
A história do documentário começa pela trajetória de um tomate, desde a sua plantação, segue seu destino para algum supermercado, depois para uma mesa de jantar em família, em seguida para o lixo para por fim, o tomate ser rejeitado como alimento para os porcos e ser posto como único alimento de famílias pobres que residem na comunidade de Ilha das Flores, em Porto Alegre. No decorrer do filme apresenta-se diversas críticas indiretas à sistemas econômicos e acontecimentos históricos, essa crítica é dada não só por comentários do narrador, que de uma forma simples e didática expõem os fatos fazendo uma conexão entre eles, onde esse recurso revela-se ser bem construído pelo produtor, mas também de curtos vídeos de eventos históricos como a bomba nuclear e o holocausto.
O documentário que foi lançado em 1989, apesar da data, permanece bem atual na maioria dos aspectos e também continua impactante. Um dos pontos que podemos realçar, e que podemos problematizar é a questão de como o vídeo mostra como a família é composta: por pai, mãe, filho e filha; hoje em dia, não temos mais esse padrão conservador. Porém podemos perceber que, no restante do documentário a mensagem que Jorge Furtado quis passar, até hoje é presente no Brasil com maior frequência, e no mundo. Pessoas ainda passam fome nessa mesma ilha e ainda presenciamos no mundo cenas impactantes como as do holocausto, o que chama muito a atenção pois como foi dito repetidas vezes no vídeo, nós somos mais desenvolvidos que os animais presentes na terra contudo, não conseguimos viver em uma sociedade justa e pacífica.
O documentário recentemente ganhou a premiação de melhor curta-metragem da história do Brasil pela Abraccine, em uma votação que envolveu críticos, professores e pesquisadores de todo o Brasil. O curta também ganhou o prêmio Urso de Prata em Berlim, no ano de 1990, no 40° Festival de Berlim, um dos mais importantes festivais de cinema da Europa. Dois prêmios merecidos, pois trata de assuntos polêmicos de uma maneira ácida e inteligente.
Ao término do vídeo, é citada uma frase contida no livro “Romanceiro da Inconfidência” de Cecília Meirelles, que pode nos deixar a uma reflexão sobre a “escravidão moderna” do consumismo, “Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.
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