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Resenha Sobre O Plano Real

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Por:   •  29/11/2014  •  519 Palavras (3 Páginas)  •  1.101 Visualizações

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Universidade Federal de Alagoas

FEAC/UFAL

Liara Maria Cavalcante da Silva

Economia Brasileira II

Capítulo V – OS IMPACTOS DO PLANO

O Plano Real acarretou desequilíbrios na estrutura econômica mesmo tendo atingido seu objetivo, que era uma queda na inflação. A partir da crise do México em 1994, a instabilidade sistêmica se revelou, a crise nos países asiáticos e Rússia auxiliaram também para isso. Tal instabilidade gerou diversos déficits na balança comercial brasileira, o número de importações excessivo tirou a competitividade das exportações.

Altas taxas de juros sustentaram a abertura econômica e a âncora cambial, pois existia a necessidade de muitas reservas. Isso acarretou em queda do crescimento do produto, estagnação, recessão, desemprego. A consequência foi o crescimento da dependência externa no país. Diante das crises o socorro do FMI veio antes da desvalorização da moeda. Antes do período real a balança comercial brasileira acumulou um saldo positivo, após o mesmo, ocorreu um déficit. Os dados apresentados apontam que as contas externas entraram em desordem a partir do Plano Real.

Ao visar à inflação o sucesso do Plano Real foi incontestável, pois em todos os índices (IGP-DI, IPA-DI, IPC-DI, IPC-FIPE, ICV), ocorreu uma queda da mesma. Porém, como consequência ocorreu uma desestabilização externa devido ao crescimento da dívida liquida do país, ocorreu um excesso de empréstimos e financiamentos. Aumentaram as perdas do patrimônio publico com privatizações. O processo de desnacionalização se elevou e atingiu diversos setores industriais. Os bancos estrangeiros aumentaram suas participações e foram de grande importância.

Com a valorização do Real e crescimento das operações de crédito, os bancos ganharam bastante. Muitas instituições tiveram dificuldade de convivência com a queda da inflação, o que fez o BC intervir no sistema financeiro. A fragilização no sistema facilitou a entrada de capitais estrangeiros. A crise no México estacionou as expectativas dos primeiros meses do Plano Real com elevação da renda e consumo que geraram impactos positivos sobre a economia e emprego. Ocorre uma oscilação das taxas de desemprego de acordo com cada região no Brasil, o problema do emprego no Brasil iria se resumir a má qualidade dos postos de trabalho que estavam sendo construídos.

A ideia de desemprego como consequência da globalização passou a ser defendida. A falta de estrutura no mercado de trabalho foi acentuada pela precarização das ocupações existentes. A partir do Plano Real existiu uma redistribuição da massa de rendimentos de trabalho que aumentou a participação dos segmentos de renda mais baixa. Ao passar do tempo com o funcionamento do Plano Real ocorreu uma deterioração das contas do setor público. Com a “despoupança” recorreu-se ao setor externo, o que elevou o déficit na conta de transações correntes. O crescimento do déficit externo determinava o crescimento do fiscal, acelerando o crescimento das obrigações financeiras no setor público. Os juros se mantendo elevados como maneira de sustentar a “âncora cambial” endividava cada vez mais o setor público.

Em 1999 ocorreu uma piora

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