Resenha do Vídeo História e Temporalidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA.

Departamento de História.

HIS110- Introdução aos estudos históricos. Resenha do vídeo.

Nome: Julia Maria Silva Souza. Matrícula: ES103247.

Resenha do vídeo: História e temporalidade. Programa da disciplina D21, Conteúdos e Didática da História, do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp.

O vídeo história e temporalidade, produzido em 2012 pelo curso de pedagogia da Unesp/Univesp, conta com a contribuição de dois historiadores, sendo eles o professor Carlos Bacellar e a professora Raquel Glezer, ambos do departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). O vídeo tem como tema central a relação do passado, presente e futuro no estudo historiográfico e o papel do historiador como mediador e pesquisador imerso nessas três temporalidades.

O vídeo vai de encontro com os textos trabalhados na disciplina Introdução aos Estudos Históricos, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), visto que aborda conceitos como o de História Problema, História Cultural e História Cotidiana.

Os professores presentes no vídeo citado, esclarecem que o historiador, visando compreender o presente, buscam estudar o passado. Essa explicação condiz com o conceito estabelecido pela Escola dos Annales de História Problema, em que o historiador, através de uma questão do presente, busca respostas e entendimentos no passado1. Mesmo a História sendo trabalhada com fenômenos verificados pelas fontes, é impossível ela ser totalmente imparcial, já que existe a pergunta do historiador2, e também não é possível uma história livre de lacunas, já que se trabalha com fragmentos do passado, que não expõem a sua totalidade. Além disso, é dito que a Escola dos Annales revolucionou a forma de se estudar a história, por se trabalhar

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1 BARROS, José D’Assunção. A Escola dos Annales e a crítica ao Historicismo e ao positivismo. Revista Territórios e Fronteiras, Cuiabá, V 3, N.1, jan/jun 2010. p. 92-94.

2 BARROS, José D’Assunção. A Escola dos Annales e a crítica ao Historicismo e ao positivismo. Revista Territórios e Fronteiras, Cuiabá, V 3, N.1, jan/jun 2010. p. 92-95.

com novos temas, como a História Cultural. Essa mudança é notável por vários motivos, principalmente pelo novo modo de se estudar a História, focando não somente na história dos grandes homens e acontecimentos como ocorria na Escola Metódica e Historicista, mas também no cotidiano social, ou seja, na história das pessoas comuns3.

É dito também no vídeo que o que fica ou não para a história é totalmente modificável através dos tempos. Essa fala pode ser exemplificada com a mudança do foco historiográfico ocorrida da transição da Escola Metódica e do Historicismo para a Escola dos Annales, em que se estabelece uma nova visão de história, focada não só nos grandes homens e acontecimentos, mas também na história cotidiana, trabalhada principalmente pela História Cultural, onde pequenos eventos cotidianos, antes não explorados, se tornam grandes objetos de estudo na historiografia4, além da modificação dos rumos da história de acordo com a pergunta do historiador5.