Resenha filme Amistad
Por: rodrigues2208 • 2/5/2016 • Resenha • 880 Palavras (4 Páginas) • 1.919 Visualizações
CENTRO UNIVERSITARIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ANÁLISE CRÍTICA
Filme Amistad
Trabalho elaborado pela aluna Camila Moreira Rodrigues, apresentado ao curso de História como parte dos critérios de avaliação da disciplina Antropologia, sob a orientação da professora Quininha
Volta Redonda,RJ
30/11/2015
CENTRO UNIVERSITARIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ANÁLISE CRÍTICA
Filme Amistad
Camila Moreira Rodrigues
Volta Redonda, RJ
30/11/2015
“A terra anda em duas rodas: uma é o amor e a outra é o ouro. ”
Castro Alves
UGB – Curso de História 2ª período
Professora Quininha
Filme: Amistad
O filme assistido previamente aborda questões vistas em aula sobre a sociedade e cultura tais como preconceito, perseguição e maus tratos, movimentos abolicionistas, capitalismo, consumismo, universo simbólico religioso, etc. Disserte sobre o filme mostrando, sob o ponto de vista histórico-social, os valores, as ideologias, e as utopias que permeiam a trama apresentada.
O filme amistad se contextualiza em uma época cercada de modificações acerca da escravidão. A trama se passa no ano de 1839 em meados do século XIX, muitos países já haviam abolido a escravidão e o mundo passava por uma modificação ideológica por conta dos ideais iluministas, até então o ato de escravizar seres humanos por conta da cor da sua pele era justificado por teorias raciais, que pregavam que pessoas negras pertenciam a uma raça inferior incapaz de organizar uma sociedade civilizada, porem agora ideias de igualdade eram propagadas.
O filme mostra logo no início uma rebelião no navio Amistad que carregava os africanos que foram capturados em serra leoa ilegalmente por um navio português denominado Tecora, essas pessoas foram levadas para Cuba e comercializadas e por fim embarcadas no Amistad onde ocorreu a revolva. Quando observamos as cenas que retratam o tráfico negreiro percebemos todo mecanismo que o envolve. Sabemos que a escravidão já existia na África antes da chegada dos europeus, geralmente as tribos entravam em conflitos e os perdedores eram escravizados, ou por alguns outros motivos uma tribo se submetia a outra como em caso de falta de alimentos. Esse tipo de escravidão dentro do continente africano não possuía um caráter comercial. Com a chegada dos europeus tomou-se outra proporção, as tribos passaram a fazer a guerra para obter escravos e vender para os brancos inserindo assim aquela pratica no sistema capitalista para obter benefícios como armas de fogo e produtos manufaturados.
Esses africanos escravizados não tinham sua cultura respeitada, dentro desses navios eram misturadas diversas etnias e quando chegavam no seu destino para se tornarem escravos não tinham suas práticas culturais permitidas. Vemos isso no filme em diversos momentos, irei citar dois que me chamaram bastante a atenção. E possível perceber africanos islamizados e outros não, dividindo o mesmo espaço no navio Amistad. Também percebemos esse choque cultural durante um ritual fúnebre, aonde já presos no EUA, os africanos não deixam que levem o corpo para um enterro cristão, eles entram em conflito para que possam enterrar o morto de acordo com sua tradição. E possível perceber claramente a todo momento que eles são tratados como simples mercadoria, no navio durante a viagem os doentes eram descartados ao mar como produtos com defeito. Percebemos duas correntes de pensamento, inclusive da população, uns defendem a humanidade dos negros e outros os chamam de selvagens reforçando a visão racista e etnocêntrica que começava a ser combatida pelo movimento abolicionista nesse período transitório.
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