Resumo - A Fabricação do Rei
Por: Elimaira • 27/6/2017 • Resenha • 644 Palavras (3 Páginas) • 1.174 Visualizações
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A fabricação do Rei – Peter Burke
- O estudo busca a imagem coletiva formada sobre o Rei Luís XIV. Trata-se do estudo de sua imagem nas mais diversas áreas de seu tempo.
- Segundo o autor os estudos da imagem de Luís XVI –mesmo a negativa – foi vista de forma fragmentada pelo mundo de sua época.
- A intenção de Peter Burke é analisar as imagens de Luís XIV para mostrar sua imagem pública de seu tempo.
- Sua imagem forjada na “fabricação de um grande homem”, as relações da arte com o poder segundo Burke.
- A imagem do Rei era um fator essencial. A fabricação de sua imagem foi exemplo para outros Reis.
- Uma vasta documentação a respeito de Luís XIV foi preservada, o que permite analisar as “intenções e métodos” daqueles que fabricarão sua imagem, através de “vários meios de comunicação”.
- Suas representações variaram em seu reinado de 72 anos (conforme os “altos e baixos” de seu reinado).
- Segundo o autor, Clifford Geertz criou o conceito de “Estado de Teatro” ao qual era submetido o “Rei Sol”. O que segundo ele, agradaria os contemporâneos de Luís XIV, acostumados com a vida teatral e dela feito um palco.
- Até mesmo a morte de Luís XIV foi mencionada como um “espetáculo”.
- O encenamento da vida do rei, deveria ser cumprido para incentivar a obediência.
- Os rituais feitos, até aqueles das cerimônias públicas, eram importantes, pois, esses rituais faziam diferir as “gentes”, ou seja, esses rituais físicos tinham um impacto muito maior.
- Versailles, foi o palco para as encenações de Luís XIV, e também de suas ostentações de poder. A esse respeito diz o autor: “O acesso ao monarca era cuidadosamente controlado e comportava uma série de etapas. Os visitantes passavam de pátios externos a pátios internos, subiam escadas, esperavam em antecâmaras etc.,antes que lhes fossem permitido vislumbrar o rei.” (p. 19)
- A “fabricação” se dá por conta de um processo, e por isso o autor utiliza dessa palavra para designar e buscar a compreensão da fabricação de uma imagem, que segundo ele perdurou mais de um século. Além do mais o termo “fabricação” faz relação ao desenvolvimento de algo, no caso a imagem de Luís XIV.
- Para além do mais, o autor fala nas mitificações dos feitos, como a travessia do Reno em 1672, mostrado que a historia real do rei teve uma “continua revisão”.
- O Rei visto como figura sagrada, foi lhe atribuído o poder de curar doenças de pele, por exemplo, pelo simples toque.
- O carisma ao qual Luís XIV era envolto, precisa de manutenção constante e Versailles foi o palco para isto. “Era carismático em todos os sentidos, tanto no sentido original de ter sido ungido com óleo do crisma – um símbolo da graça divina- , como no sentido moderno de ser um líder envolto por uma aura de autoridade.” (p. 22)
- A fabricação do rei se deu a partir da necessidade de um Estado centralizado, ter um símbolo de centralidade.
- Luís XIV tinha retratos com “ar de grandeza ou majestade” trazendo símbolos de comando.
- Luís foi então personificado como “o grande” como um novo Alexandre. Luís desejava parecer um monarca moderno, aparecendo segurando seu cetro de cabeça para baixo como se fosse um bastão que empunhasse em público, adaptando segundo o autor: “a tradição clássica renascentista ao mundo moderno”. Em seus retratos aparece cercado de objetos que simbolizavam o poder, como: cetros, orbes e espadas.
- A cerimônia de sua coroação foi assistida por embaixadores e por uma multidão do povo. Luís afirmara que a sua sagração o tinha simplismente “declarado rei”, mas que sua sagração tornou sua realeza “mais augusta, mais inviolável e mais santa”. Prova disso era a cura pelo toque Real. Tocando e dizendo: “o rei toca, Deus cura”. A crisma tonava Luís semelhante a cristo e o sacre o tornava sagrado.
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