Resumo: PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. Cap. 7 A Revolução Mexicana,( p.101-115).
Por: Leticia Batisteti • 19/3/2019 • Resenha • 976 Palavras (4 Páginas) • 736 Visualizações
Fichamento referente à: PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da
América Latina. São Paulo: Contexto, 2014. (Cap. 7 A Revolução Mexicana, p.101-115).
Em meados de 1867, com o apoio dos franceses os grupos liberais retornam ao
poder no México, elegendo Benito Juárez como presidente. No entanto, em 1876 houve um
levante militar que possibilitou a ocupação do cargo de presidente da república pelo, herói
das campanhas de resistência contra os franceses, Porfirio Díaz. Durante seu governo
pôde-se observar um significativo crescimento na economia do país, principalmente nos
setores voltados para o exterior. No entanto não houve melhoras na situação da maior parte
da população mexicana, a pobreza e a insatisfação social preponderavam. Sem embargo
surgiam as greves dos operários, sendo que os dois protestos mais relevantes – os das
fábricas de têxteis - foram reprimidos por Porfirio.
Mas além dos operários, a condição dos camponeses também se agravava, dado
que eles estavam perdendo a posse coletiva de suas terras para ceder lugar a propriedade
privada, o que ocorreu mais eficazmente em 1856 com a Lei Lerdo, que proibia totalmente a
propriedade coletiva de terras. Consequentemente, a perda de seus pueblos levou os
camponeses aos trabalhos assalariados nas fazendas, e à diminuição da agricultura de
subsistência. Posto que no sistema desmoralizado da época, esses trabalhadores não
recebiam o suficiente para quitar as dívidas adquiridas nos mercadinhos das fazendas, e
ficavam obrigados a permanecer no local até pagar esses débitos hereditários - compelidos
a uma semiescravidão. Em 1880 foi outorgada as leis de colonização dos “baldios”,
responsáveis pela enorme concentração de terras nas mãos de uma minoria de
proprietários da elite. Logo, o empobrecimento no campo, a perda das terras, e a opressão
dos grandes proprietários encorajaram a participação camponesa na revolução.
No entanto o estopim para a revolução foram as fraudes no âmbito político-eleitoral.
Durante as eleições de 1910 surgiu uma forte oposição à candidatura de Porfirio Díaz, vinda
do seu concorrente ao cargo, Francisco I. Madero (defensor da democracia e da não
reeleição). Todavia poucos dias antes da eleição Madero foi acusado por “incentivo a
rebelião” e passou na prisão todo o período eleitoral. Portanto, através das fraudes, Díaz foi
reeleito. Entretanto, Francisco Madeiro fugiu para os Estados Unidos e organizou o Plano de
San Luis, conclamando a todos para derrubar o governo de Porfirio. Com êxito, em 1925
Díaz assinava a renúncia e encaminhava-se para o exilio na Europa.
Por conseguinte, ao alcançar a presidência, Madero entendeu que a revolução já era
vitoriosa, e solicitou o desarmamento dos exércitos. Porém, o militar Zapata, um grande
contribuinte nas forças armadas para o sucesso da revolução, considerava que os objetivos
principais do movimento não fora alcançado, então considerou Francisco Madero como um
traidor. Em 1911, Zapata deu início ao Plano de Ayala, exigindo a recuperação das terras
tomadas dos camponeses no regime anterior. Embora os movimentos dos camponeses
colocassem em riscos o governo, foi o golpe dado pelo comandante do Exército nacional,
Victoriano Huerta que retirou Francisco I. do poder e prendeu-o, até mandar fuzilar o
presidente e seu vice José Maria Suárez.
Victoriano Huerta, agora como presidente do México, defendia a contrarrevolução,
trazia de volta os grupos ligados ao porfiriato, e tentava reprimir os levantes rebeldes.
Porém, no sul do país o exército Zapatista não se rendeu, e no norte, Pancho Villa surge
com seu poderoso exército, além de Venustiano Carranza e seu exército constitucionalista
juntamente com a frente de Álvaro Obregón, formando uma grande pressão para o
governador Victoriano. Ao mesmo tempo que nos Estados Unidos, Woodrow Wilson se
torna presidente, e seguidamente invade o México para intimidar Huerta a renunciar. Dessa
maneira, em agosto de 1914, Huerta se rende e foge para os EUA, onde morre alguns anos
depois.
Com o exilio de Huerta, o futuro político do México começa a ser disputado pelos
grupos de Zapata, de Villa, e de Carranza. Enquanto que Carranza
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