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Resumo critico sobre violencia contra a mulher

Por:   •  13/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.018 Palavras (5 Páginas)  •  248 Visualizações

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RESUMO CRÍTICO

Nota: 4,6

Íris de Almeida Silva[1]

NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Mulheres vítimas de violência doméstica: Compreendendo subjetividades assujeitadas. [a]Rio Grande do Sul, v. 37, p. 7-13, jan./abr. 2006.[b]

O presente artigo visa discorrer sobre as problematizações acerca da questão da violência contra a mulher. Assim sendo, as autoras apresentam alguns conceitos que subdividem a violência em categorias, como por exemplo a doméstica, intrafamiliar, física e a conjugal, bem como qual a posição a mulher ocupa perante essas situações de violências, que ora é de resistência e enfrentamento, ora é de aceitação e submissão. Ao longo do texto, é possível entender quais fatores influenciam para cada um dos modos de agir das vítimas.

A [c]violência é entendida como toda a relação em que acontece o abuso de poder, tendo como consequência o comprometimento do desenvolvimento pleno da cidadania e dos direitos humanos. No caso da violência que é sofrida pelas mulheres pode ocorrer de diferentes formas, sendo necessário compreender que essa não é uma questão privada, mas sim uma preocupação social.  A violência conjugal, como é apresentada no artigo, é um dos tipos de agressão mais comum sofridas pelas mulheres, por isso ela é considerada também como violência de gênero, já que em sua grande maioria a agressão parte do parceiro ao qual as vítimas mantem relação afetiva e sexual, podendo ocorrer no ambiente urbano ou doméstico, se caracterizando como física, psicológica ou sexual.

O texto apresenta dados estatísticos que são importantes, pois são informações enriquecedoras ao se discutir o tema da violência contra a mulher. Desse modo, é possível perceber os altos índices de casos e o quanto são recorrentes em todo o mundo, entretanto as autoras discorrem de forma breve sobre esses dados. Outro fator importante [d]relevante, é a criação da Delegacia da Mulher na década de 80, que se manifesta como um grande avanço para o referido problema da violência, fazendo valer os diversos artigos e documentos de prevenção a violência contra a mulher, que estão presentes na legislação brasileira. Infelizmente, essa delegacia da mulher ainda não foi implementada em todas as cidades brasileiras, o que é um grande déficit, além do despreparo dos profissionais ao receberem as denúncias e na forma que como tratam as vítimas que procuram a unidade para registrarem o boletim de ocorrência.  

Outro ponto a se intricar, é o desconhecimento por parte das mulheres dos seus direitos, haja vista que muitas delas não reconhecem certos tipos de violência e não tem a direção exata a qual seguir quando se encontram em situações de risco. Esse fator que está intrinsecamente ligado à vergonha, ao medo e à insegurança que sentem, o que acaba reduzindo resultando na redução da procura de ajuda das mulheres nos setores judiciais, o que justifica a permanência das mesmas nos relacionamentos abusivos e tóxicos aos quais estão presas emocionalmente.

Com embasamento em várias[e] referências, as autoras do artigo, focam [f]nas diversas subjetividades que perpassam a questão da violência, e que, de certa forma, a naturalizam. A pobreza, a dependência financeira e afetiva, os estereótipos dos papéis de gênero, a falta de informações e a presença de situações parecidas em outras gerações, são alguns dos principais pontos que transcorrem o ciclo violento e abusivo. Discorrer sobre o papel exercido pelas mulheres na dinâmica da violência conjugal é um dos objetivos do artigo, já que existem visões teóricas diferentes, referente à subversão e submissão da vítima, que está em circunstância de risco e vulnerabilidade.

No texto, as autoras enfatizam a importância da pesquisa acadêmica como possibilidade de empoderamento dos oprimidos historicamente. Com a utilização do exemplo de uma entrevista que foi realizada com uma mulher vítima de violência conjugal, elas mostram como a informação é um ponto crucial na vida dessas pessoas, que muitas vezes não têm nenhum tipo de apoio e se sentem desamparadas. Dessa forma, se faz necessário a conexão entre o setor acadêmico, a pesquisa, e a política como tentativa de resgate e de dar voz a essas mulheres, que, em sua maioria, estão desprotegidas.

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