Revolta Dos Malês E Cabanagem
Monografias: Revolta Dos Malês E Cabanagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaperaa • 25/9/2014 • 948 Palavras (4 Páginas) • 473 Visualizações
Revoltas Provinciais I: Cabanagem (PA) e Malês (BA)
JOÃO PEDRO GUIMARÃES
RAFAEL PEREIRA
SALVADOR
2014
INTRODUÇÃO
O trabalho tem como objetivo principal, o de destacar duas das mais importantes revoltas que ocorreram em solo brasileiro, buscando salientar o seu contexto histórico, desenvolvimento e desfecho. As duas possuem em comum o fato de que uma parte da população desfavorecida buscou se livrar das amarras impostas pela sociedade. Apesar de ocorrer em territórios distintos, a Cabanagem e a Revolta dos malês possuem diversos pontos em comum, e serão analisadas neste trabalho.
Cabanagem
Revolta popular que ocorreu entre os anos de 1835 e 1840 na então província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará). Uma curiosidade relacionada a esta revolta está presente em seu nome, que foi atribuído devido ao fato dos revoltosos morarem em cabanas na beira dos rios da região, sendo assim denominados cabanos, e sua respectiva revolta de cabanagem.
Diversas origens se uniram em prol de uma só causa, negros escravos e libertos, mamelucos, cafuzos, mulatos, mestiços e também brancos, viviam uma vida miserável, sem nenhum tipo de privilégio, habitando cabanas e com uma alimentação precária, os revoltosos buscavam uma melhoria em sua condição de vida, além de depor a tirania, que privilegiava uma minoria. A instabilidade política que a província vivia acabou por ajudar no desenvolver da revolta.
O estopim para o início da revolta foi a morte do cônego João Batista Campos, que acabou fugindo da cidade no fim de 1834, após diversas brigas com o então presidente da província, Bernardo Lobo de Souza. Acabou morrendo por causa de uma infeccção, mas para os cabanos a culpa era do presidente. Foi então que quando estava a sair do teatro, o presidente da província foi morto à bala por um índio tapuio e caiu em frente ao palácio do governo, que seria tomado pelos cabanos durante a madrugada. Os rebeldes controlaram a província durante o período de mais ou menos um ano.
Intrigas decorrentes de pensamentos divergentes resultaram no enfraquecimento da revolta, sendo que três líderes rebeldes presidiram a província. Durante o período dos conflitos, a situação da província era deplorável, caos e miséria tomaram conta da população, que passou a sofrer com doenças que dizimaram uma parte da massa populacional.
O primeiro contra-ataque do Império contra os revoltosos foi comandado por Francisco Vinagre, que pouco tempo atrás assumia a liderança dos cabanos.
Tal batalha provocou a fuga dos rebeldes para o interior, porém ainda conseguiram resistir, retomando a capital e nomeando outro presidente, agora, Eduardo Angelim, que seria o último presidente cabano, derrotado nove meses depois pela poderosa esquadra do brigadeiro Francisco José Soares de Andrea.
Ao fim da revolta, a província era composta em sua maioria por mulheres, crianças e idosos e acabou sem que os revoltosos conseguissem atingir o seu principal objetivo, todavia, ainda assim foi uma das maiores revoltas populares da história do Brasil.
Revolta dos malês
Tal revolta foi comandada por negros de orientação religiosa islâmica, conhecidos como malês, e pode ser compreendida como um conflito que deflagrou oposição contra duas práticas comuns herdadas do sistema colonial português: a escravidão e a intolerância religiosa. Entre os ideais defendidos pelos maleses, destacam-se a luta pela abolição da escravatura e o processo de africanização de Salvador por meio do extermínio de brancos e mulatos. Ocorreu no ano de 1835, em Salvador, na Bahia.
Anos antes da revolta, as autoridades proíbiram qualquer tipo de manifestação religiosa em Salvador. Logo depois, a mesquita da “Vitória”, considerada reduto dos negros muçulmanos foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram presos pelas autoridades.
Seu
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