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Revolução Francesa

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Por:   •  22/8/2014  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  359 Visualizações

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A Revolução Francesa não é um movimento isolado. Está inserida num quadro de revoluções que se iniciaram na América do Norte em 1770, difundindo-se em seguida. Atingiu a Inglaterra e Irlanda (1781-1782), Países Baixos (1783-1787), Bélgica (1787-1790) e Gênova (1782). Depois de iniciada na França (1789), atingiu a região renana da Alemanha, Países Baixos (1795), Norte da Itália (1796) e Suíça (1798).

A Revolução iniciada na França em 1789 consolidou-se em 1799, com Napoleão, que a difundiu para o restante da Europa. O fim do Império Napoleônico em 1815 não pôs fim à Revolução, que renasceu em 1830 e 1848 na França e em toda a Europa.

A Revolução Francesa foi, portanto, apenas um momento do amplo movimento revolucionário que assolou todo o Oci­dente, o qual podemos denominar Atlântico ou Ocidental, e que atingiu seu ponto máximo na França.

Em 14 de Julho de 1789, o povo toma a Bastilha, a prisão-símbolo da opressão do Absolutismo dos Bourbons. Foi a Revolução Francesa um dos pontos culminantes das Revoluções Atlânticas, significando o mais duro golpe no Antigo Regime. Dez anos depois, ela terminaria nas mãos de um só homem: Napoleão Bonaparte.

Fatores

Os motivos que levaram a Revolução Francesa são idênticos aos fatores de todos os movimentos revolucionários ocorridos nos fins do século XVIII.

A população europeia crescera extraordinariamente durante o século XVII. Houve aumento do consumo de produtos e também do número de produtores. No campo, 155 novos métodos de cultivo da terra e, principalmente, no­vos produtos permitem maior engorda dos animais. Vê-se uma melhora no nível alimentar da população.

A Revolução Industrial aumentou a produção de arti­gos industriais, baixando os preços e estimulando o consumo.

Este desenvolvimento econômico deu poder à bur­guesia, que passou a pretender o poder político, monopolizado pela nobreza. Por outro lado, os camponeses que possuíam terra queriam libertar-se das obrigações feudais que deviam aos senhores.

A partir de 1770, há crises sucessivas. Faltam produ­tos agrícolas e os preços são exorbitantes, dando origem a revoltas.

Os filósofos aproveitam estes problemas sociais nas suas críticas. Apresentam soluções bem radicais, princi­palmente Rousseau, quando prega a soberania política do povo.

As ideias dos filósofos são difundidas pelas socieda­des culturais formadas na época: salas de leitura, lojas maçônicas, sociedades agrárias.

É duvidosa a possibilidade de uma eclosão revolu­cionária sem uma crise política. Assim, é preciso consi­derar que as guerras levam ao caos financeiro. Os sobe­ranos aumentam os impostos, taxando nobres e clérigos, até então isentos. Esta medida provocou revolta geral dos corpos privilegiados-

Na França, todos estes fatores são particularmente graves, o que explica o caráter violento que a Revolução adquiriu nesse país. A sua população era a maior da Eu­ropa e não podia ser sustentada adequadamente. A rica e progressista burguesia era excluída do poder político mais sistematicamente do que em ou­tro país da Europa. Os campone­ses estavam cada vez mais con­scientes da situação e menos dis­postos a arcar com as taxas feu­dais. Em nenhum lugar da Eu­ropa os filósofos foram tão lidos como na França. A participação da França nas guerras da Revo­lução Americana completou a ruína financeira do Estado.

Vários outros problemas se associam para tornar a crise ain­da mais aguda. O acordo feito em 1786, abrindo o comércio francês aos ingleses, levou à falência vá­rias indústrias por causa da con­corrência. A péssima colheita do ano de 1788 gerou a fome.

O inverno do ano de 1789 foi muito rigoroso. De tudo isso resultava uma massa de mendigos que percorria os campos, esfaimada. As revoltas se sucede­ram nas cidades.Fases da Revolução Francesa

Pré-revolucionária:

Uma forma de tentar amenizar a situação de tensão que havia entre a burguesia e os aristocratas foi convocar a assembléia dos Estados Gerais, que não se reuniam desde 1614, com o objetivo de reavaliar a situação financeira e decidir sobre quem o aumento dos tributos seria maior. Esta era composta pelos três estados: o primeiro e mais importante (mesmo que minoria), o alto e baixo clero; o segundo também importante, a nobreza de sangue e a toga, e finalmente o povo, incluindo os burgueses. É claro que havia muito mais representantes do povo e o normal seria que a opinião deles prevalecesse, levando, assim, o clero e a nobreza a pagarem impostos mais altos. O que eles não esperavam é que a votação fosse por estados (três votos), o que os levou a derrota, e mais uma vez ao aumento dos impostos.

A tomada da Bastilha:

Depois de invadirem a sala do jogo da péla e exigirem uma constituição à França, declaram formada uma Assembléia Nacional Constituinte, o povo e a burguesia ganhavam cada vez mais apoio. Tinham o exército como seu aliado, o que lhes fornecia armas, e um novo exército formado pelo povo. E no dia 14 de julho, a rebelião consumava-se. A fortaleza da Bastilha foi tomada. Lá, conseguiram mais armas e libertaram muitos presos. Depois disso, a desordem tomou conta de todo o território Francês. Saques ocorreram nos grandes castelos feudais e mercados, e junto a isso, as pessoas sentiam mais medo.

Revolucionária:

Assembléia Nacional Constituinte:

Os direitos dos trabalhadores foram restabelecidos, abolindo os privilégios garantidos aos senhores feudais. Forcado pelos revolucionários, Luís XVI assinou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Dentro dos princípios do liberalismo defendidos pela burguesia, a Constituinte eliminou a monarquia absolutista, os Estados Gerais, as ordens, os privilégios, o feudalismo. Em seu lugar instituiu a monarquia constitucional, a soberania da nação encarnada pela Assembléia, igualdade de todos perante a lei, a cidadania e a divisão dos poderes.

Agora, com os três poderes com suas devidas funções e as injustas leis sendo revogadas, a briga tornou-se pelo poder na Assembléia Nacional, agora Legislativa, com o voto censitário. Eram principalmente dois grupos políticos: os girondinos e os jacobinos. Os últimos era donos das propostas muito radicais, como nada de guerras enquanto não se resolvesse os problemas internos,

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