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Seminário De Teoria Da História

Por:   •  13/7/2021  •  Resenha  •  1.619 Palavras (7 Páginas)  •  94 Visualizações

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Disciplina – Seminário De Teoria Da História 2

História 4º Semestre

Fevereiro de 2016

Atividade Avaliativa

Iniciemos com as seguintes reflexões: O conhecimento histórico pode oferecer verdade? Qual o grau de verdade? Até que ponto o conhecimento histórico é capaz de ser objetivo? Quais as relações entre verdade histórica e interesse, crença, ideologia, valores, princípios filosóficos, e tendência política? Qual a dimensão da presença e da repercussão do sujeito na produção do conhecimento histórico? Quais as condições de possibilidade da verdade em história? Verdade e mudança são compatíveis?

Historiadores e até mesmo filósofos já pensavam nesses problemas, sendo que este é um questionamento conhecido na teoria da história, onde vários autores, famosos e importantes escreveram a respeito do tema. A exemplo disso, Foucault diz que na arqueologia do saber, logo após o ano de 1960 a história se afastou da filosofia e das questões sobre si mesma. Para José Carlos Reis¹, os problemas da teoria do conhecimento científico apresentados pela nova história são outros. Para ele, a constituição de corpos verdadeiros e únicos de documentos, o estabelecimento de um princípio de escolha, a definição do nível e da escala de análise, a especificação de um método de análise, a delimitação dos conjuntos e subconjuntos que articulam o material que será estudado são os verdadeiros problemas.

A atividade histórica se limita ao elaborar um material documental sem usá-lo como intenção para o levantamento de questões metafísicas. Ao levar o sujeito à totalização de si mesmo, a problemática da filosofia sobre a história remete que o sujeito temia a descentralização, a perda da soberania e queria se salvar em uma história global feita de ilusões, assim ele não sofreria perdas e nem separações. Os historiadores do século XX optaram por evitar essas questões filosóficas a respeito do conhecimento histórico. Eles adotaram a prática de observar o que a comunidade faz e definir o conhecimento e as verdades possíveis pela própria prática histórica. Diante disso o único filtro a ser levado em consideração é o da intersubjetividade, que decidirá o que é relevante e irrelevante, rigoroso e fabuloso na história. Diante disso, Reis¹ salienta que esta é apenas uma posição atual e não a verdade, o mesmo diz que, Foucault também é um filósofo, e que as grandes polêmicas sobre a história e a possibilidade de seu conhecimento foram protagonizadas por filósofos.

Vários autores agem de forma invariavelmente crítica em relação à possibilidade de haver uma verdade histórica. Os argumentos céticos em relação à possibilidade de se conhecer a história são numerosos. Os historiadores, em geral se mantêm surdos às objeções feitas ao seu saber, eles não deixam de fazer seu trabalho só pelo fato de alguns pensadores que são exteriores a sua disciplina lhes dizerem que o que fazem é impossível, ou até mesmo precário quanto ao rigor do resultado. Não aceitam que uma legislação exterior, feita por não historiadores, venha arrogantemente estabelecer o que seria um conhecimento histórico legítimo. É possível observar uma grande quantidade de argumentos céticos em relação ao conhecimento histórico. Para Edward Hallett Carr “o conhecimento histórico estaria dominado pelo anacronismo, pelo subjetivismo, pelo relativismo, pelo presentismo, pelo ideologismo, pelo intuicionismo, pelo psicologismo, pelo irracionalismo.”¹ (p.152)

Para Popper o conhecimento objetivo seria aquele que é válido para todos, que é isento de afetividade e parcialidade, que é válido de modo necessário, universal e atemporal. O conhecimento objetivo seria analítico, descritivo, problematizante, apolítico, exterior ao sujeito lógico, submetido à regra, intersubjetivo, válido de modo necessário e universal.¹ (p.152)

A partir do século XIX, a história científica não se apoiou mais em pressupostos metafísicos. A história passou a criar métodos e técnicas para o controle humano do conhecimento. Ao historiador cabe estabelecer as bases da teoria do conhecimento que produz. No grupo dos realistas metafísicos estão Ranke, Weber, Marx, Ricoeur e Marrou, pois eles se referem a um real, universal e conhecível. Já no grupo dos nominalistas estão: Foucault, Michel de Certeau, Duby e Kosellek esses já se referem ao combate do realismo metafísico dos autores anteriores, eles não se referem a um real em si, e não se interessam por um inatingível universal. Para esses, o conhecimento é sempre parcial e discutível, admitem e assumem o relativismo, a historicidade do objeto, e da presença do sujeito. O conhecimento histórico acaba sendo uma construção de sujeitos determinados, dominados por códigos linguísticos, práticas especializadas, regimes de verdade, poderes institucionais históricos e finitos.

O fato é que a verdade histórica não pode se reduzir a um enunciado simples, fechado, homogêneo e atemporal. Conhecer a verdade de um tema histórico é reunir e juntar todas as interpretações do passado e do presente sobre ele. A verdade histórica é uma face infinita, que jamais poderá ser vista integralmente pelos olhos humanos.

Ao analisarmos o texto a história, os homens e o tempo, de Marc Bloch, percebemos que, a palavra história é uma palavra antiga e às vezes até nos cansamos dela. O próprio Bloch se refere à mesma como uma palavra antiquíssima. Ao aprofundar os estudos é possível perceber que a palavra história sofreu muitas mudanças em seu conteúdo desde que surgiu, há mais de dois milênios. Bloch acha errado falar que a história é a ciência do passado, pois a ideia de que o passado pode ser objeto de ciência é absurda. Para o mesmo, a historiografia não se limita a pensar que a natureza da história tem apenas o passado como seu principal objeto de estudo.

Os velhos analistas narravam desordenadamente nas origens da historiografia, acontecimentos produzidos geralmente no mesmo momento, pois o único elo entre eles eram terem sido produzidos no mesmo momento. Causando

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