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Teologia Negra

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Por:   •  16/12/2014  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  532 Visualizações

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Teologia Negra

Professor:Edirson Fagundes

Aluno:Pedro Henrique Cardoso de Castro

TEOLOGIA NEGRA

I.DEFINIÇÃO DA TEOLOGIA NEGRA.

1. A teologia negra é um movimento teológico que surgiu entre os cristãos negros nos Estados Unidos da América na segunda metade da década dos anos 60. Ela se concentra na reflexão teológica sobre a luta dos negros norte americanos, liderados no princípio pelo pastor batista Martin Luther King, Jr., para conseguirem a justiça e libertação sociais, políticas e econômicas numa sociedade dominada pelos brancos. Ela se baseia na Bíblia e nas características singulares da experiência religiosa dos negros americanos. Ele encontra na Bíblia uma base para o sentido político da libertação, isto é, o êxodo do Egito. E ele encontra na experiência religiosa dos escravos negros, manifestada nos seus cânticos, sermões e orações que destacam a ressurreição de Jesus, a base para o sentido escatológico ou futurista da libertação. A teologia negra pode ser classificada como um tipo de teologia de libertação, pois ela se preocupa basicamente com a libertação de um grupo de oprimidos. Contudo, ela se distingue da teologia da libertação latina americana e da teologia feminista ao evitar o uso da análise social-económica marxista.

2. E ao concentrar-se na libertação de uma raça oprimida ao invés de uma classe social-econômica ou de um grupo oprimido por causa de seu sexo. Entretanto, os líderes da teologia negra americana têm mantido um diálogo com os líderes da teologia da libertação latino-americana e asiática, da teologia feminista e da teologia Africana, especialmente na África do Sul.

II. O PLANO DE FUNDO HISTÓRICO PARA A TEOLOGIA NEGRA.

3. Para podermos compreender adequadamente esta nova teologia, é indispensável refletirmos um pouco sobre as condições históricas que geraram a necessidade para uma teologia especificamente negra nas Américas. Portanto, consideraremos os dois séculos da escravidão dos negros e o período subsequente de racismo institucionalizado. Os Duzentos Anos da Escravidão Racista (1600-1865). A fonte principal desta palestra é o artigo do teólogo negro norte americano James Cone, “Black Theology,” em The Westminster Dictionary of Christian Theology. Vale a pena mencionar que, diferente da maioria dos pensadores negros nos EUA, o influente filósofo cristão negro, Cornel West, utiliza a análise econômico marxista como um de seus métodos para compreender e criticar a civilização europeia-norte americana.

4. Certamente a escravidão não foi inventada no início do período moderno quando tantos africanos foram compelidos a deixar sua terra natural como escravos do homem branco. Conforme o historiador James Walvin, “A escravidão floresceu na região mediterrânea e Europa por mil anos,” antes do princípio da modernidade. Todavia, as pessoas não foram escravizadas neste período por causa de sua raça, mas, sim, por causa de conquistas militares e motivos econômicos. Por exemplo, na Itália no tempo de Cristo, até 40% da população foi composto de escravos, que em grande parte foram ex-prisioneiros de guerra e seus descendentes, cuja função era alimentar os moradores da cidade de Roma.

5. O chamado “tráfico de negros” foi iniciado em meados do século XV pelos portugueses que, ao procurarem ouro no literal ocidental da África, descobriram outra fonte de riqueza material, a saber, a venda de escravos negros primeiro na Europa e subsequentemente nas recém-descobertas terras do novo mundo. Do século XVI até quase o final do século XIX, os portugueses e outros europeus trouxeram, sob condições indescritivelmente cruéis a bordo dos navios negreiros, entre 10 e 20 milhões de escravos da África para o hemisfério ocidental. Isto aconteceu só para alimentar a demanda cada vez maior para a mão-de-obra forte e barata nas Américas. Ao passo que o Brasil recebeu uns 38% de todos estes escravos para labutar em suas minas e plantações e engenhos de açúcar, a América do Norte recebeu apenas 6% deles para labutar em suas plantações de Tobago e algodão. Parece que as condições em que os escravos viviam e laboraram eram mais favoráveis nos

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