MUNANGA, Kabengele. Políticas De ação Afirmativa Em Benefício Da População Negra No Brasil
Trabalho Escolar: MUNANGA, Kabengele. Políticas De ação Afirmativa Em Benefício Da População Negra No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 9/5/2013 • 456 Palavras (2 Páginas) • 2.414 Visualizações
CURSO DE PEDAGOGIA
Relações Étnico-Raciais
Gabriela Albuquerque Reinaldet Wielganczuk
MUNANGA, Kabengele. Políticas de ação afirmativa em benefício da população negra no Brasil: um ponto de vista em defesa de cotas. Sociedade e cultura, Vol. 4, Núm. 2, julio-diciembre, 2001, pp. 31-43.
As políticas de ação afirmativas inicialmente aplicadas no exterior em diversos países visam oferecer uma compensação aos grupos de discriminados e excluídos, que são os negros, de forma que seja possível sua ascendência socioeconômica.
Com base nas respostas positivas já alcançadas nos Estados Unidos e demais países, apesar das críticas contra a ação afirmativa, a experiência das últimas quatro décadas nos países que a implementarão não deixam dúvidas sobre as mudanças alcançadas, com base no que foi efetivado nos demais países e se adequando a realidade brasileira à implementação de políticas de ação afirmativa se afirmou como uma ferramenta veloz de transformação, sobretudo no campo da mobilidade socioeconômica.
No impasse da dificuldade de definir quem é negro no Brasil por causa da mestiçagem, um dos argumentos colocados é a possibilidade da fraude por parte dos alunos brancos, porem, ainda existe o pensamento da raça branca "supervalorizada", o que acaba por deflagrando este argumento. Outro fator colocado é que nos Estados Unidos apenas a classe media tem se beneficiado com as ações, mas fica claro que se não houvesse esta política de cotas a mobilidade socioeconômica não teria sido possível.
Argumenta-se ainda porque as cotas são destinadas apenas aos negros, excluindo assim os índios e demais (mulheres, homossexuais, portadores de necessidades especiais e semelhantes), mas o que há de ser refletido é o preconceito racial, que abrange indistintamente pobres, classe média, mulheres e etc., alem de ser a maioria dentro deste quadro de “vitimas”, sendo assim um problema mais complexo a ser resolvido.
Ao citar que "as cotas poderiam perigosamente estimular os preconceitos" ou ate mesmo prejudicar valores como o orgulho e dignidade da população negra, devemos recordar que não se trata de “um favor especial” ou ainda um donativo e sim uma reparação dos danos causados, uma indenização, por lesar o exercício de sua cidadania, e que o preconceito já esta presente na sociedade brasileira.
Os responsáveis pelas universidades públicas afirmam que os negros nas universidades vão diminuir o nível de ensino, porque eles não têm as mesmas aquisições culturais dos alunos brancos, contudo as universidades têm capacidade e recursos para suprir estas necessidades dos estudantes vindos das escolas públicas por meio de propostas de uma formação complementar através de projetos, de forma que se garanta a permanência dos negros nas universidades publicas, ressaltando que, da mesma forma que os demais candidatos serão avaliados com o risco de não aprovação, assim também serão avaliados os candidatos negros, de forma que o merecimento e a excelência das universidades públicas não serão depreciados.
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