Tombamento da Primeira Sede da Prefeitura Municipal de Lajedo
Por: luizpo11 • 18/10/2018 • Trabalho acadêmico • 660 Palavras (3 Páginas) • 168 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE- CAMPUS GARANHUNS
CURSO EM LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Andreza Ferreira da Silva
Daniel Fagundes
Licia Peregrino
Luiz Alceu dos Santos
Renato Silva
Rennan Caetano da Silva
Wedja Raianne
Tombamento da Primeira Sede da Prefeitura Municipal de Lajedo
GARANHUNS- PE
2017
Esse breve requerimento vem trazendo aspectos sociais e culturais e definidores de um bem físico na cidade de Lajedo-PE, onde tal se localiza no Bairro do Socorro, Centro. Tendo como principio ou causa para realizar o tombo, o tratamento com a primeira Prefeitura de Lajedo, a sua sede durante o inicio de sua emancipação em 1949, depois de pertencer ao município de Canhotinho por um período de tempo. De principio é valido afirmar que neste local já estão buscando o tombamento, e é visto que um grupo sempre busca a oficialização disso, tendo em vista ainda que é publicado através de uma placa colocada no imóvel: “primeira prefeitura municipal”.
Como é dito por Halbwachs em seu livro “A memória coletiva”, para algo ser e pertencer à memória coletiva tem que partir do principio que ela tem que ser construída através de lembranças individuais, ou seja, para que algo se torne memória coletiva é necessário primeiramente ser memória individual. Mas partindo ainda mais atrás do que foi dito, vale ressaltar, tendo em vista a legislação e a definição de patrimônio, promulgada também por ela, é necessário para um imóvel ser tombado ter algum valor para sociedade local, representar como está escrito na legislação: “a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”, que nesse caso são os moradores de Lajedo, e que esse imóvel represente algo de valor para os habitantes. É importante destacar ainda que conforme o livro de José Paulo Barbosa “Álbum Histórico de Lajedo”, este imóvel foi a primeira sede diante de tantos poucos prédios que haviam na recém formada cidade, antes sendo um depósito de cereais por assim dizer de um senhor envolvido na política, o prefeito, que por falta de locais para ter-se como sede, ali foi instituído o local para ser-la. Assim sendo vê-se tanto na História da cidade, a seriedade imposta ao patrimônio aqui descrito, que o local traz consigo e o seu valor embargado nele para a população, relembrando o que foi escrito, sendo lembrado com uma placa pelo dono do prédio nos dias atuais e sendo restaurado pelo próprio que reconhece o valor intrínseco aquele local, hoje é utilizado como café cultural para atividades culturais entre amigos.
O patrimônio tem em sua autenticação e definição: a preservação, para isso que ele foi criado, mas é necessário que se faça digno de ser chamado patrimônio pelos moradores que ali transitam e vivem próximos a ele. Segundo Maria Cecília Londres Fonseca em seu livro “O Patrimônio em processo: a trajetória da política federal de preservação do Brasil”, para reconhecer o tombo de determinado local se faz necessário ver diversas etapas como foi dito a legislação, o valor social e também a posição do Estado ou município a essa prática de levantamento de dados, pois se faz necessário o conselho municipal de patrimônio e ainda a seleção de bens é conduzido por alguém autorizado. Nota-se ainda o valor que é imputado naturalmente pela sua preservação e restauração do local, tendo ainda em sua estrutura basicamente idêntica ao que era no inicio dos anos 50. O processo de tombamento vai reconhecer o valor que aquele local tem, além de salvaguardar a memória coletiva, a “História Oficial” por assim dizer da cidade. É sabido que todos esses trâmites para ocorrência do tombo histórico é regado pela constituição que imputa os direitos e deveres para que tal ato aconteça. Assim fica evidente que o imóvel destacado tem seu valor histórico para o município, pelo valor imposto naturalmente pela História.
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