Toques Terapeuticos
Trabalho Escolar: Toques Terapeuticos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 20/5/2014 • 992 Palavras (4 Páginas) • 365 Visualizações
Toque terapeutico
Derivada de antigas práticas de cura, incluindo a imposição das mãos, o toque terapêutico é um processo consciente de troca de energia durante a qual o praticante usa as mãos como um foco para estimular e aumentar a capacidade de cura natural do paciente. Na sua forma contemporânea, o toque terapêutico foi desenvolvido por Dolores Krieger, Ph.D., R.N., (Professor Emerita da Universidade de Nova Iorque) e o seu mentor, Dora Kunz, nos anos 70.
O toque terapêutico é praticado por milhares de profissionais de saúde em todo o mundo. Popular entre enfermeiras de muitos hospitais canadenses, o toque terapêutico é ensinado em mais de 80 universidades e hospitais e foi incorporado no College of Nurses of Ontario 1990 Implementation Standards of Practice.
O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante a Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho: “os egípcios … empregavam, no alívio dos sofrimentos, os passes e a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais etc.
O médico Paracelso (1493-1541) coloca mais explicitamente a existência de uma força vital magnética e que essa substância sutil possuía notáveis qualidades curativas. Pode-se encontrar o principio de bases para o magnetismo que viria a ser descoberto alguns séculos depois.
Robert Fludd, médico e místico, atuante no século seguinte à morte de Paracelso, acreditava que os seres humanos possuíam as propriedades magnéticas semelhantes às dos imãs. Esta utilização terapêutica na cura de pessoas começa a ser didaticamente estudada após as descobertas de Franz Mesmer, com o detalhamento do magnetismo animal, em 1779.
No final da década de 60, Dora Kunz estudava a imposição de mãos praticada por Oskar Estebany, um coronel húngaro com a reputação de ter poderes de cura de bócio com seu toque terapêutico. Kunz convidou Krieger a conhecer o trabalho realizado por Estebany. Krieger observava cuidadosamente as sessões onde ele se aproximava do paciente e suavemente movia as mãos para o ponto em que sentia a necessidade de cura. Ao perceber que a prática aliviava e promovia a cura de grande variedade de doenças, Krieger passou a se dedicar a estudar a aplicabilidade deste fenômeno, introduzindo-o no cuidado com o paciente.
Em meados da década de 70, Dolores Krieger, enfermeira e professora na escola de Enfermagem da universidade de Nova Iorque e a terapeuta Dora Kunz, introduziram a prática que denominaram “toque terapêutico”, com a finalidade de promover a melhora da saúde física e emocional.
Com compaixão e motivação, o curador foca o desejo de ajudar e até mesmo curar o individuo. Esta vontade é parte importante do processo. Com este pensamento, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia faz-se real. As mãos podem agir como um instrumento onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do paciente possa apresentar algum bloqueio. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o curador começa a mover ou distribuir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão sem tanta energia.
Comprovações Científicas do Toque Terapêutico
Desde a década de 60, pesquisas acadêmicas mostram a eficácia da utilização do toque terapêutico, ou imposição de mãos. Inicialmente realizadas com animais, as pesquisas logo foram direcionadas a pessoas com diferentes tipos de patologias.
Em 1975, Dolores Krieger demonstrou os efeitos do toque terapêutico através da medição de índices fisiológicos em seres humanos após estudos laboratoriais. Comprovou que após a imposição de mãos ocorrem significativas alterações fisiológicas em doentes hospitalizados em diferenciados casos clínicos. Este estudo foi publicado na Revista Americana de Enfermagem, em 1979, sob o título de “Therapeutic touch: searching for evidence of physiological change” (Toque Terapêutico: busca por evidências de mudanças fisiológicas).
A maioria dos estudos foi realizada em ambiente hospitalar com grupos de controle. Procedeu a uma investigação com a colaboração de profissionais de saúde em que participaram vários doentes divididos em dois grupos, foram seguidos ao longo de três anos. Um grupo recebeu o tratamento convencional, o outro recebeu, além do tratamento instituído, a imposição de mãos.
Conforme a própria Dolores Krieger escreveu, após detalhado estudo dos benefícios desta prática em pacientes oncológicos, os níveis da hemoglobina nos doentes com neoplasia submetidos ao toque terapêutico aumentaram significativamente, apesar de estarem a ser submetidos à quimioterapia.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde de Washington (EUA), com base em cerca de trinta teses de doutoramento, foi atribuído ao Toque Terapêutico, em 1994, a comprovação da sua eficácia como terapia alternativa.
A maioria dos estudos da evidência científica relaciona-se com a diminuição da intensidade da dor e do estresse e aumenta a resposta em tratamentos, incluindo a cicatrização de cortes e feridas. A diminuição da ansiedade e indução de relaxamento também aparecem com significância em diversos estudos.
Em fevereiro de 2005, o “Australian Nursing Journal” traz um artigo acerca da aplicação do toque terapêutico em idosos com diversas patologias. Foram selecionados 121 doentes de acordo com os critérios de inclusão definidos pelas autoras (Sue Gregory e Julie Verdouw), tendo sido reagrupados conforme as diversas patologias.
Relativamente ao total de doentes que referiam dor (53), após a aplicação da imposição de mãos, os mesmos referiram que a intensidade da dor diminuiu em aproximadamente 40%.
O trabalho desenvolvido pela enfermeira Dolores Krieger tem crescido e angariou muitos adeptos em vários países. O toque terapêutico assumiu a condição de curso, e passou a ser ministrado para os alunos do Mestrado e Doutorado em Enfermagem, na Universidade de Nova Iorque e também pela ordem dos enfermeiros da província de Quebec, no Canadá e por muitos hospitais americanos, sendo incluído no currículo escolar como disciplina na oncologia, saúde materna e nos pacientes com transplante dos órgãos
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