Trabalho De Historia
Exames: Trabalho De Historia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carmo19081991 • 28/11/2014 • 1.304 Palavras (6 Páginas) • 221 Visualizações
Desde o século 9, já existiam, na região do alto rio Xingu, grandes aldeias indígenas em formato circular que abrigavam, cada uma, até 2 000 pessoas. Essas aldeias eram cercadas por fossos e paliçadas e eram interligadas entre si por estradas de até quarenta metros de largura, formando uma rede de aldeias que chegou a abrigar, no total, até 50 000 pessoas. Essa rede de aldeias atingiu seu auge no século 13, vindo a desaparecer antes da chegada dos primeiros europeus à região. A maior dessas aldeias recebeu o nome de Kuhikugu.2
Mapa do século XVIII da "Chapada das Minas" durante a corrida do ouro na região
No século 16, quando os primeiros europeus chegaram à região do atual estado de Mato Grosso, ela era habitada por uma grande diversidade de povos indígenas, pertencentes principalmente a quatro grupos linguísticos: tupi, macro-jê, aruaque e caribe.3
Expedições de origem europeia[editar | editar código-fonte]
O que hoje conhecemos como Mato Grosso já foi território espanhol, levando-se em conta os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas - pelo qual o Brasil teria menos que 30% de seu atual território. As primeiras incursões europeias no território do Mato Grosso datam de 1525, quando Pedro Aleixo Garcia foi em direção à Bolívia, seguindo as águas dos rios Paraná e Paraguai. Posteriormente, portugueses e espanhóis foram atraídos à região devido aos rumores de que haveria muita riqueza naquelas terras ainda não devidamente exploradas. Também vieram jesuítas espanhóis, que criaram missões entre os rios Paraná e Paraguai com o objetivo de assegurar a posse espanhola da região contra as possíveis tendências expansionistas dos portugueses.
Mapa português para colonização de Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital da Capitania de Mato Grosso
Foram feitas diversas expedições, entre elas as entradas e as bandeiras. As entradas eram financiadas por Portugal e partiam de qualquer lugar do Brasil, não ultrapassando o Tratado de Tordesilhas. As bandeiras foram financiadas pelos paulistas. Somente eles foram ao oeste, ultrapassando a linha de Tordesilhas.
Durante as bandeiras, em 1718 uma expedição de bandeirantes organizada por Pascoal Moreira Cabral Leme chegou ao Rio Coxipó em busca dos índios coxiponés e logo descobriu ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição. Em 8 de abril de 1719, foi fundado o Arraial da Forquilha às margens dos rios dos Peixes, Coxipó e Mutuca. O nome "forquilha" vem do fato de que, neste ponto de encontro dos rios, era formado o desenho de uma forquilha. Esse núcleo deu origem à atual cidade de Cuiabá. A região de Mato Grosso era subordinada à Capitania de São Paulo governada por Rodrigo César de Meneses para fiscalizar a exploração do ouro e da renda. O governador da capitania mudou-se para o Arraial de Cuiabá, que em 1726 foi elevado a categoria de vila, recebendo um novo nome: Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Em 1748, foi criada a capitania de Mato Grosso, concedendo, a coroa portuguesa, isenções e privilégios a quem ali quisesse se instalar.
Igreja Matriz, vestígio da colonização portuguesa no município de Vila Bela da Santíssima Trindade
Os motivos pelos quais ocorreram as expedições para o oeste do Brasil são diversos. A coroa portuguesa precisava ocupar as terras a oeste para se defender da ocupação espanhola de oeste para leste e preservar o Tratado de Tordesilhas. As expedições feitas pelos paulistas foram de caráter principalmente econômico: procura por mão de obra escrava indígena e exploração de ouro e pedras preciosas. As monções em 1722 foram realizadas com o fim de realizar trocas de mercadorias de consumo por ouro nas áreas de mineração. O atual território mato-grossense somente veio a ser reconhecido como português pelo Tratado de Madri, em 1751.
Governadores coloniais[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Lista de governadores de Mato Grosso
A partir de 1748, Mato Grosso e Goiás foram desmembradas da capitania de São Paulo, criando-se, então a capitania de Mato Grosso, com os seguintes governantes:
Antônio Rolim de Moura Tavares de 1751 a 1765, fundou a primeira capital Vila Bela da Santíssima Trindade.
João Pedro Câmara de 1765 a 1769,
Luís Pinto de Sousa Coutinho de 1769 a 1772, expulsou os jesuítas e fundou vários fortes e povoados.
Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1772 a 1789.
João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1789 a 1796.
Caetano Pinto de Miranda Montenegro de 1796 a 1802.
Manuel Carlos de Abreu e Meneses de 1802 a 1807.
João Carlos Augusto d'Oeynhausen e Gravembourg (Marquês de Aracati) de 1807 a 1819: iniciou a transferência da capital de Vila Bela para Cuiabá.
Francisco de Paula Magessi de Carvalho (Barão de Vila Bela) de 1819 e 1821.
A mudança da capital foi por motivos de distância e dificuldade de comunicação com os grandes centros do Brasil. O processo de transferência foi iniciada no governo de João Carlos Augusto d'Oeynhausen e Gravembourg e grande parte da administração foi transferida no governo de Francisco de Paula Magessi de Carvalho. Por dificuldades na administração, a capital retornou a Vila Bela. Somente em 1825, por um decreto de dom Pedro I, a capital ficou definitivamente em Cuiabá.
Quilombo do Piolho[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Quilombo do Piolho
Na segunda metade do século 18, existiu o quilombo do Piolho, entre a atual fronteira
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